Roupa suja

Eu não gostaria de ser chamado de porcaria pelo Malafaia. Nem por ninguém. Mas tem quem gosta. E o dito-cujo alvo da ofensa ainda diz que só mulher feia não gosta de crítica. Ele se acha linda.
Ah, o amor! 

Aí vem o adevogado da belezura jogando água fria na fervura do forrobodó. Disse que roupa suja se lava em casa. E o filho 03 assina embaixo. 

De fato, também acho que essas coisas deveriam ser resolvidas debaixo dos lençóis. Mas depois que o dono da casa, o traído pastor, bateu com o pau na mesa em entrevista à grande imprensa, o conselho chegou tarde e teve o efeito contrário. Escancarou a desavença, em vez de camuflar as vias de fato. 

Não sei o que o traído Malafaia vai dizer agora, após o traíra anunciar que vai se jogar de cabeça na campanha do Nunes. Estou curioso. Se o Malafaia desdenhar esse apoio, de que agora não precisa mais, sou capaz de pagar um dízimo à igreja dele. Mas se der pra trás, se depois vier com sorrisos e tapinhas nas costas, vou querer meu dinheiro de volta.  

Acho que esse é o melhor momento da rinha de galo que se instaurou dentro da direita tupiniquim. As partes estão se arrancando os pedaços. Isso é muito bom. Não que o Boulos tenha chances, acho que não tem nenhuma, mas é curioso, senão divertido, ver o Lamaçal pedindo voto para ele só pra fazer desfeita contra aquele que ficou o tempo todo em cima do muro. Do tal Marçal pode-se esperar de tudo. 

O que não vou aceitar é que o Malafaia afrouxe as pernas depois de chamar o traíra de covarde, omisso e uma porcaria de líder. Só faltou chamar de brocha o Imbrochável, talvez de morto o Imorrível e de pesteado o Incomível. 

Dá-lhe, Malafaia! 

Nelson Merlin é jornalista aposentado e risonho.

11/10/2024

 

 

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