Nunca pensei que um dia escreveria isso, mas ante os montes de m do candidato que se autointitula o grande M em São Paulo, estou com saudades do Bozo. O tal cara faz montes ainda maiores que os de seu inspirador. Inicialmente, eu pensava que o verme era um só, mas com os eleitos em 2018 e reeleitos em 2022, vi que eram muitos e agora vejo que o brejo deu cria, com chances de elegerem nova espécie prefeito da maior cidade da América do Sul.
Quem o elegeria? Só pode ser gente do mesmo nível da espécie parida pelo verme maior, agora desafiado pelo verme menor, inclusive em futura eleição para presidente da República. Vi que um bilionário o apóia, o que me deixou sobressaltado.
Para que a riqueza, se o indivíduo quer semear a pobreza e não a grandeza?
Aliás, tem mais de um bilionário apoiando financeiramente essa assombração.
Mas o que mais me espanta é ver nas pesquisas que o eleitorado do novo verme é majoritariamente, maciçamente, evangélico. É isso que me deixa com saudades do Bozo, da Micheque e do Malafaia.
Porque tem evangélico muito pior do que os que apóiam esses!
Até quando essas igrejas vão com isso e até onde pretendem chegar? Ao que parece, a onda de m que ergueu o M do fundo do esgoto político deste país malcheiroso e enfumaçado não tem limite. O que significa que essas igrejas não têm limite para o Mal. Elas agora o querem para si! Nem que para isso espalhem merda por toda São Paulo e o país.
O tal M se sente ofendido quando, ao seu ver, adversários (poucos) tentam jogar seus fiéis apoiadores contra ele. Não mexam com meus irmãos — diz o verme. E nenhum irmão, pastor ou bispo aparece para dizer que não é irmão dele. Só o Malafaia!
E por isso essa minha saudade… extensiva a dona Micheque e seu dileto marido. Não porque os admire, mas porque são montes melhores de m, se é que se pode classificar emes entre melhores e piores…
Pobre deste Brasil, condenado a escolher o pior entre os piores. Já estou preparando as malas, mesmo que não vençam. Também nunca pensei que fosse seguir o conselho dos milicos de 64, mas estou pronto. Entre amar o putrefato e malcheiroso país, prefiro deixá-lo de vez e me vou feliz.
Nelson Merlin é jornalista aposentado e viajante.
20/9/2024