Textinho genérico

Os melhores amigos dos idosos são o cachorro e o remédio para a pressão alta. É verdade que este último pode sair caro. O “remedinho” chega a mais de R$  100,00, como acontecia com o usado por este que dedilha as teclas do laptop. No entanto, citando o número do CPF e do plano de saúde, baixava para R$ 91 ,00. Foram anos com valores altos.

Eis se não quando surge perto de casa uma farmácia focada em remédios genéricos. Nela aquele para pressão saiu dos R$ 91,00 para R$ 68,00. Na última compra, estava em oferta: R$ 50,00. Ora, e os outros, este para prevenir a gota, aquele para um probleminha corriqueiro, e vai se tomando remédio? Tudo genérico, o que resultou em boa economia.

Resta a pergunta: o genérico é eficiente? Em texto no Google, a Anvisa diz: “O medicamento genérico é aquele que contém os mesmos princípios ativos, na mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência, apresentando eficácia e segurança equivalentes à do medicamento de referência e podendo com ele ser intercambiável”.

Detalha que a troca do medicamento de referência por seu genérico é assegurada por testes de equivalência terapêutica, que incluem comparação in vitro através de estudos de equivalência farmacêutica, e in vivo com os estudos de bioequivalência apresentados à Anvisa.

Por que, afinal, são mais baratos? Porque, detalha a Anvisa, os fabricantes de genéricos não precisam fazer todas as pesquisas que são feitas quando se desenvolve um medicamento inovador, visto que suas características são as mesmas do medicamento de referência com o qual são comparados.
A Anvisa recomenda que a compra do genérico seja feita diretamente do farmacêutico, e não dos balconistas.

A criação dos genéricos no País, em 2000 segue as normas adotadas pela Organização Mundial de Saúde, países da Europa, Estados Unidos e Canadá.
Ufa! Parada para respirar. E vamos…

De resto, para nos mantermos saudáveis e dispostos, vão bem caminhadas por ruas ou em parques. Ou frequentar academia de ginástica. Para esta, há genéricos. Exercícios que podem ser feitos em casa, com farta divulgação pela internet.
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Este texto já estava escrito, quando fui a consulta médica e o doutor disse, sem detalhar mais, que só prescrevia medicamentos de marca. No entanto, com o texto já publicado, estive em outro médico que fez a mesma afirmação, mas acrescentou um comentário. Disse que os de marca eram aprimorados ao longo do tempo, enquanto os genéricos permaneciam em sua fórmula original.
Tentei esclarecimentos da Anvisa, mas não consegui. Sigo com meus genéricos, por não acreditar que a Anvisa permitiria a venda de produtos não adequados.

Recebi de Carlos Moura, da Assessoria de Imprensa da Anvisa, longa e detalhada mensagem na qual explica como e porque que o medicamento genérico tem as mesmíssimas qualidades dos de marca.

Esta crônica foi originalmente publicada no blog Vivendo e Escrevendo, em 6/8/2023.

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