Bolsonaro, o novo Zorro. Será?

Bolsonaro poderia ser um herói como o notável espadachim que ganhou as telas dos cinemas há exatamente um século? Aquele que se passava por pessoa refinada (só aí já ferrou a comparação), mas era na verdade um incansável defensor dos pobres e injustiçados contra os poderosos e corruptos?

Zorro levando ao desespero aqueles que tentavam eliminá-lo no enfrentamento das espadas. Sim, porque se lançava a eles não só com bravura, mas dava cambalhotas, fazia acrobacias para confundi-los (nada a ver com as estripulias de Bolsonaro na Praia Grande, no fim do ano).

O texto de Michael Sragov no Caderno 2 do Estadão, no dia 8, fala de um defensor que tinha por lema “Justiça para todos”. Aí já poderia complicar para Bolsonaro, pois teria que haver rigor na aplicação dessa Justiça. Outro detalhe conflitante é que Zorro usava a espada, e Bolsonaro dá tiro, nem que seja esportivamente.

Desculpo-me com o leitor por tomar tempo com essas divagações. Bolsonaro nunca poderia ser Zorro. Ele tem aversão a máscara.

Janeiro de 2021

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