O PT mente, os adversários omitem

Político mente mesmo. Candidato em campanha, então, mente, mente muito, mente demais. Há exceções honrosas, é claro, mas em geral é isso: eles mentem. É fato da vida, como os mais leves e os mais graves, o enfado, a fome, a dor de dente, o câncer.

As campanhas presidenciais mais mentirosas desde a redemocratização, os maiores estelionatos eleitorais até agora – lembrou Miriam Leitão em artigo no Globo nesta terça-feira, 18/9 – foram o de Fernando Collor de Mello em 1989 e o de Dilma Rousseff em 2014. Collor acusou seu adversário no segundo turno, Lula, de preparar um plano para confiscar a poupança dos brasileiros – e, uma vez eleito, fez exatamente o que acusava o outro de planejar fazer.

Já a campanha do Poste 1, elaborada pela dupla de marqueteiros honestos que nem Ali Babá, João Santana e Mônica Moura, mostrou na TV que, caso Marina Silva fosse eleita, os banqueiros iriam à casa dos pobres arrancar das mãos deles o prato de comida. Garantiu que o país vivia na maior prosperidade que já tinha havido na face da Terra, com leite e mel inundando todos os cantos em quantidades amazônicas – quando a combinação fatal de ignorância, pretensão, empáfia e incompetência do Poste 1 e sua equipe já haviam enfiado o Brasil na rota do que seria a pior recessão da História.

Collor em 1989, Poste 1 em 2010 e depois de novo em 2014: mentiras e mais mentiras na campanha eleitoral – e, em seguida, recessão, crise, desemprego, a economia no buraco.

Votar em gente de caráter duvidoso, que chega à cena nacional montado em mentira, em fraude, como Collor ou o Poste, seja o 1 ou o 2, dá nisso.

Nos casos de Collor e do Poste 1, além da recessão veio também o impeachment, como bem lembra Miriam Leitão em seu artigo, que tem a mais explícita verdade dos fatos já no título: “Mentira eleitoral tem preço alto”.

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Agora estamos diante do Poste 2. “o moço da ciclovia”, como o denominou, com propriedade e algum humor, Alberto Bombig, em artigo publicado também nesta terça-feira, 18/9, no Estadão. Quem mora em São Paulo sabe bem o que isso significa: sem planos, sem metas, sem planejamento algum, sem nada para marcar sua presença na Prefeitura da maior cidade do país, o agora Poste 2 mandou pintar de vermelho loooongos trechos de asfalto nos bairros centrais da cidade, trechos avermelhados aos quais deu o nome de ciclovias. Foi a única marca da sua administração.

Poderia ser chamado também de “o moço das merdas no Enen”, para lembrar outras das suas obras, estas na sua triste passagem pelo Ministério da Educação.

Diz Alberto Bombig no artigo:

“Desde que virou candidato a presidente, após ter beijado o anel de Lula, Haddad tem se rebaixado ao que há de pior no petismo: a recusa (patológica) em admitir erros, o populismo descarado, construção de narrativas fantasiosas e a velha tática do nós contra eles. Nessa toada, não hesitou em subverter o que disse Tasso Jereissati (PSDB) ao Estado.

“Ao admitir erros do PSDB, o tucano cearense jamais afirmou que o fracasso magnânimo do governo Dilma se deu por conta do PSDB. Haddad deveria era ter se espelhando na autocrítica de Tasso para responder a quem o pergunta sobre os erros de seu partido. Em vez disso, preferiu a desonestidade intelectual de usar a autocrítica e a clareza de Tasso para mascarar as mancadas de Dilma e do PT.”

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O Poste 2 provou ser um ministro da Educação lamentável e um prefeito de São Paulo ainda mais lamentável, se é que isso é possível. Tanto que, quando se candidatou à reeleição, foi derrotado de forma vergonhosa, de cara, logo no primeiro turno – algo até então inédito. Perdeu feio em praticamente todas as seções eleitorais da metrópoile gigantesca, dos mais ricos aos mais miseráveis.

Nesta campanha eleitoral, demonstrou não ter nada parecido com espinha dorsal. Vive a lamber as botas do caudilho preso por corrupção e lavagem de dinheiro.

Mente, mente descaradamente. O PT conseguiu a proeza de mentir até mesmo na biografia do sujeito, afirmando que ele sempre estudou em escola pública – mentira boba, idiota, logo desmentida. O “moço da ciclovia” frequentou boas escolas pagas – o que, evidentemente, não é crime nenhum, demérito algum, a não ser para os xiitas mais xiitas do partido.

Mente para agradar aos eleitores da esquerda, mente para agradar aos eleitores mais de centro.

Mas, no programa econômico, promete reeditar o voluntarismo do Poste 1 – o abandono dos fundamentos da boa gestão das finanças públicas. Promete voltar para as linhas mestras que enfiaram o país no fundo do fundo do fundo do poço.

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E aí é que está: o Poste 1 enfiou o país na maior recessão da História, mas as campanhas dos candidatos do centro democrático – Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles, Álvaro Dias, João Amoêdo – ignoram isso solenemente. Olimpicamente. Lamentavelmente. Pateticamente.

“É como se a tragédia Dilma jamais houvesse existido”, admira-se Carlos Andreazza, em artigo publicado no Globo também nesta terça-feira.

Como se não tivesse existido “o conjunto de crimes e incompetências que caracterizou sua presidência”.

Meu Deus do céu e também da terra, como é possível que as campanhas de Alckmin, Meirelles, Dias e Amoêdo tenham evitado lembrar a tragédia colossal que foi o governo Poste 1? Como é possível que não tenham feito esforço algum para comparar o absoluto despreparo do Poste 1 com o absoluto despreparo de Bolsonaro?

Meu Deus do céu e também da terra: estamos aqui caminhando celeremente para um erro gigantesco como a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, como a vitória do Brexit no plebiscito do Reino Unido.

Estamos caminhando para ter no segundo turno um autoritário machista homofóbico e um preposto do grupo sedento por transformar o Brasil numa imensa Venezuela.

Estamos caminhando para o abate. Para a escolha entre Mussolini e Stálin.

Aqui vão as íntegras dos três artigos citados acima.

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Mentira eleitoral tem preço alto

Por Míriam Leitão, O Globo, 18/9/2018.

Em época de eleição, a verdade sobre a economia é negada na maioria das campanhas. O Brasil enfrenta, como sabem todos os que seguem o noticiário, uma grave crise fiscal. Ela não será resolvida em um passe de mágica, ou em um ano. Ela não poderá ser superada com a repetição das mesmas decisões que nos levaram à crise. O discurso demagógico, o apelo ao sentimentalismo, o ataque a adversários são as armas mais usadas na propaganda política. E é exatamente no marketing eleitoral que morre a verdade sobre a economia.

Quando entrevistei os candidatos, seus vices e os economistas indicados pelas campanhas ficou claro para mim que há graus diferentes de ambiguidade quando se pergunta sobre como enfrentar a crise econômica. Alguns mentem, negam problemas que sabem que existem ou propõem caminhos inviáveis. Há os que são mais sinceros, e esses costumam perder voto.

Candidato sempre foge de assuntos incômodos. Fernando Henrique adiou o ajuste do câmbio para depois das eleições de 1998, e a Carta aos Brasileiros foi escrita em linguagem cifrada, que o mercado entendeu, mas os eleitores que acreditaram no programa econômico do partido em 2002 foram enganados. As duas eleições com taxa de mentira mais elevada foram as de 1989 e 2014. A ex-presidente Dilma, nas entrevistas, negou as evidências de que o país estava entrando em recessão e que as tarifas de energia estivessem defasadas. Ao ganhar a eleição, mudou totalmente a conversa. Admitiu que havia crise e aprovou um tarifaço que elevou a conta de luz em mais de 50%. A recessão que estava latente apareceu e, com ela, o desemprego disparou. Estava claro para quem cobria aquela campanha que isso aconteceria, mas a ex-presidente foi reeleita dizendo que faria o oposto do que fez. Na campanha de 1989, Collor de Mello acusou Lula de preparar um plano secreto para tomar a poupança dos brasileiros. E seu primeiro ato foi sequestrar todas as aplicações financeiras e contas bancárias dos brasileiros. Dilma e Collor ganharam, e isso parece indicar que mentir vale a pena. Os dois sofreram impeachment, isso deveria ser um alerta para os candidatos.

Os números mostram que não será possível superar esta crise sem a reforma da previdência, para ficar apenas em um ponto. Isso é admitido por Geraldo Alckmin, Marina Silva e Ciro Gomes. Mas a campanha de Ciro propõe uma mudança para o modelo de capitalização, em que cada pessoa passa a ter a sua própria conta. Afirmar que pode haver uma mudança de modelo, e não dizer quanto custa e como financiará a transição, é vender terreno na lua. A atual previdência continuará tendo custos crescentes. O PT diz que se o país voltar a crescer tudo será resolvido. Com crescimento fica mais fácil resolver qualquer problema, óbvio, mas negar o desequilíbrio da previdência é enganar. E o partido sabe disso porque já governou o país.

Na campanha de Bolsonaro não há relação entre o que diz o candidato e o que está no seu programa econômico. A afirmação de Bolsonaro, na entrevista que deu à Globonews, de que vai recuperar em valor do salário mínimo os benefícios previdenciários é uma bomba fiscal de vários megatons. E é o oposto do ajuste em um ano que o economista Paulo Guedes promete. O que Bolsonaro disse é inviável, porém em todos os seus votos como deputado ele demonstrou não ter qualquer preocupação com as contas públicas. E essa proposta é inviável. Isso porque desde o Plano Real houve uma recuperação do valor do salário mínimo. Nos governos Fernando Henrique, o salário mínimo subiu em termos reais 44%, nos governos Lula, 54%. O piso da previdência acompanhou, mas os outros benefícios, não. Se todos fossem agora corrigidos pelo múltiplo do salário mínimo da época em que foram concedidos, as despesas explodiriam. O economista de Bolsonaro sabe disso, mas Bolsonaro sequer entende do que está se falando. Só que ele é que tomará as decisões se vencer as eleições.

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Haddad beijou o anel de Lula e virou um político velho

Por Alberto Bombig, Estadão, 18/9/2018

Quem sonhava que Fernando Haddad iria conduzir a esquerda brasileira a novos tempos e a novos padrões políticos deve estar, no mínimo, constrangido ao assistir o mergulho cego dele rumo ao populismo, ao proselitismo e ao radicalismo. Como pagamento por ter sido sagrado candidato a presidente na vaga de Lula, o moço da ciclovia abandonou o apelido de que tanto se orgulhava reservadamente, o de ser o “mais tucano dos petistas” (por tirar dele a pecha de radical que acompanha alguns petistas), e passou a comungar em público de todos os dogmas do PT.

Em privado, Haddad gostava de celebrar sua amizade com Fernando Henrique Cardoso, com quem costumava ir à Sala São Paulo, e com Geraldo Alckmin, que o livrou de apanhar ainda mais durante a rebelião das ruas em 2013. Naquele tempo, então no cargo de prefeito de São Paulo, Haddad também cultivava, sempre reservadamente, uma distância crítica da presidente Dilma Rousseff.

Não são poucos os interlocutores que ouviram dele cobras e lagartos sobre ela e o governo dela. Um deles conta que, na eleição de 2014, Haddad chegou a especular com mais de um aliado que a vitória de Marina Silva poderia ser melhor para o País e para a cidade de São Paulo do que a reeleição de Dilma.

Mas eis que agora nos deparamos com um Haddad diferente daquele que, nos meios acadêmicos e nas pizzarias dos Jardins (bairro nobre de São Paulo), mantinha o tal distanciamento crítico em relação às práticas pouco ortodoxas do PT e se gabava de liderar a nova esquerda brasileira, uma esquerda “imaterial”, preocupada não apenas com a luta de classes, mas também com a mobilidade urbana, com a questão de gênero e com o ambientalismo.

Desde que virou candidato a presidente, após ter beijado o anel de Lula, Haddad tem se rebaixado ao que há de pior no petismo: a recusa (patológica) em admitir erros, o populismo descarado, construção de narrativas fantasiosas e a velha tática do nós contra eles. Nessa toada, não hesitou em subverter o que disse Tasso Jereissati (PSDB) ao Estado.

Ao admitir erros do PSDB, o tucano cearense jamais afirmou que o fracasso magnânimo do governo Dilma se deu por conta do PSDB. Haddad deveria era ter se espelhando na autocrítica de Tasso para responder a quem o pergunta sobre os erros de seu partido. Em vez disso, preferiu a desonestidade intelectual de usar a autocrítica e a clareza de Tasso para mascarar as mancadas de Dilma e do PT.

Para a militância petista, isto não tem a menor importância, pelo contrário, os que tinham alguma restrição a Haddad na igreja do PT agora deverão passar a venerá-lo também. Porém, para quem tem o desafio de ampliar apoios num eventual segundo turno, provavelmente contra Jair Bolsonaro (PSL), e diminuir a rejeição do campo antipetista, essa inflexão radical de Haddad pode se mostrar desastrosa. Sem falar no compromisso com a democracia e com outros valores essências, como a verdade e a transparência.

O único traço que, infelizmente, permanece autêntico no Haddad atual é o de um certo autoritarismo, aquele olhar de cima para baixo de quem pensa “eu sei o que é bom para vocês e pronto, acabou”. Em entrevista ao “Jornal Nacional” na sexta-feira passada, Haddad afirmou que não foi reeleito porque o povo foi induzido a um erro. Para Haddad, o povo é apenas uma massa de manobra que, ora é induzida ao acerto, quando vota nele e no PT, ora é induzida ao erro, quando não consegue reconhecer suas inegáveis qualidades.

O moço da ciclovia envelheceu 20 anos em menos de uma semana. Virou um político velho, fazendo uma política velha, sem autocrítica e sem transparência, desperdiçando uma grande chance de se contrapor de verdade ao radical Bolsonaro, aquele que nega a história e não admite o contraditório.

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Dilma tardia

Carlos Andreazza, O Globo, 18/9/2018

O eleitor está de saco cheio do poder estabelecido, com raiva da atividade política e dos políticos, mas também está desempregado

Nada me parecia mais exótico nesta excêntrica corrida eleitoral do que a absoluta ausência, do que a inexploração, do maior trauma político do Brasil recente: Dilma Rousseff — entre os mais doridos baques da história eleitoral brasileira. Uma obviedade. No entanto, até semana passada era como se Dilma — a tragédia Dilma, ativo potencial poderoso na mão dos adversários — jamais houvesse existido.

Por quê?

Para muitos, dirá em breve o povo de Minas Gerais, a ex-presidente teria sofrido suficientemente, pagado já sua conta, com o processo de impeachment; e então se tornado café com leite, poupada de ter exposto o conjunto de crimes e incompetências que caracterizou sua presidência, e aparentemente desejada até para o Senado. Eis uma hipótese. Essa, contudo, seria uma história relativa ao eleitorado. Mas: e os adversários?

O único cujo desdém por Dilma tem explicação político-eleitoral é Jair Bolsonaro. Sem dúvida, o receptáculo soberano da materialização eleitoral do desprezo ao lupetismo, ele sempre ignorou a ex-presidente, que só lhe foi alvo quando para atingir Lula. Sua mira sempre esteve no senhor do PT, com quem melhor interessaria polarizar — o que o deputado soube (sabe) fazer com maestria. Sobretudo por isso está onde está. Em matéria de antagonizar com o lulopetismo, está em outra categoria. Mas: e os outros adversários?

Para acrescentar cinismo à extravagância, e também para distinguir a linguagem política profissional, foi um correligionário, Fernando Haddad, ainda antes de ser oficializado candidato de Lula, o primeiro a jogar Dilma aos leões — tudo combinado. Ele sempre soube que precisaria estar longe de sua antecessora quando chegasse sua vez de ser luloposte. O discurso: ela fizera tudo errado, e seu governo representaria uma espécie de traição ao projeto lulista. Isso não sem que ele, Haddad, a tivesse advertido sobre os erros em que incorria — ele, Haddad, desde sempre sendo a incorporação, o defensor, de Lula. Método. O plebiscito ganha corpo.

Mas: e os adversários?

Eram reféns da estratégia de Lula — e esperavam o gatilho: o homem ser enfim declarado inelegível. Foi. Conforme o plano, Haddad imediatamente se plantou como cavalo, aquele designado para transportar o espírito do guia, corpo indicado à missão de encarnar o cavaleiro desde outra dimensão (no caso, a cadeia). E então Ciro Gomes, jogando a própria sobrevivência, correu para chamar a presidenta ao futuro: “O Brasil não aguenta outra Dilma” — disse. Sim, Haddad é o novo luloposte. E, se é Lula, é também Dilma — este, o ônus de aceitar o papel: ser aquilo que ela já foi. Poderia custar caro, se explorado.

Daí por que pergunto: terá, afinal, chegado a hora de os demais pararem de tratar Haddad como um candidato normal e lhe reclamarem o preço de ser integralmente aquilo de que quer se beneficiar? Se é Lula, o fenômeno eleitoral, é também um preso, condenado por corrupção — e assim deveria ser politicamente tratado, cobrado pela pilhagem do Estado. Se é Lula, é também Dilma; um incompetente, um despreparado — e assim deveria ser politicamente tratado, cobrado pela maior recessão da história do país.

Mas: e Alckmin?

Sua inabilidade em capitalizar para si o descalabro em que consistiu o governo de Dilma é a melhor expressão de um político que não se conhece politicamente. O que é Alckmin? Como presidente do PSDB, paga pela incapacidade histórica de seu partido se inscrever como oposição ao lulopetismo. Como candidato, pela própria incapacidade de se inscrever como o antibolsonarista. Resta-lhe o limbo — a condição de produto difícil. O que teria a vender nesta altura? Qual seria sua única possível qualidade eleitoral competitiva em 2018 senão a experiência? Senão aquilo — experiência — que, em política eleitoral, significa projeção de segurança para o eleitor? Sim, é experiente. Sim, Bolsonaro — adversário direto — não é. Isso está dito, mas desconectado. Seria preciso dar materialidade, memória, a esse antagonismo.

É onde Dilma entraria. Esvaziado de qualquer qualificação ideológica, o mais cirúrgico uso da ex-presidente por Alckmin estaria em associar Bolsonaro a ela — inexperiente e despreparada. Colar mesmo a imagem dos dois. Provocar a racionalidade a que enfim pisasse no tabuleiro. Mexer com a ideia de reincidente mergulho no escuro. Lembrar o colapso inevitável de quando se fazem escolhas sob efeito de mitologia — assim ainda batendo em Haddad. Uma pergunta se imporia: iremos nessa de novo?

O eleitor está de saco cheio do poder estabelecido, com raiva da atividade política e dos políticos, mas também está desempregado. Quando será lembrado de que não votará num plebiscito sobre se Lula é ou não injustiçado nem sobre se o establishment político deve ser morto à bala ou faca?

18/9/2018

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