Marina sabe fotografar.
Marina tem 5 anos e nem sequer um mês, e já sabe fotografar.
Muito provavelmente todas as crianças de 5 anos e nem sequer um mês de hoje em dia já fizeram fotos. Minha questão jamais é que Marina é precoce, que Marina é mais rápida, mais esperta, mais inteligente. Marina apenas é da geração que caiu no caldeirão de informação assim que nasceu, assim como o Obelix caiu no caldeirão de poção mágica.
De fato o que menos pesa pra mim é essa coisa competitiva.
Só acho que é cedo demais, meu Deus do céu e também da terra!
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A mãe da pequena mandou para nós algumas fotos dela com duas das maiores amigas, colegas ainda do colegial, do Equipe – e contou: fotos by Marina.
Fiquei chocado, confesso.
Mas minha filha brincou: Marina tinha cortado o cocuruto da Ana, a mais alta das três amigas. Ainda não é assim propriamente uma Richard Avedon, uma Annie Leibovitz, uma Olivian Moioli, uma Eliana Lourenço Rodrigues…
Tinham se encontrado as três grandes amigas, Fê, Ana e Yna, numa padaria, na manhã da Sexta-feira Santa. Tiago da Ana não tinha ido: estava gripado, nos informaria, de tarde, a própria Marina. Soube por minha filha que ela não se importou nada de ficar um tempo ali com as três adultas: ficou feliz em fazer companhia para a mãe. Marina não apenas está crescendo depressa demais como sabe ser uma perfeita lady. (Quando quer, é claro.)
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Acabamos inesperadamente ganhando, na tarde da Sexta-feira Santa, umas duas horas e meia com a pequena aqui em casa, enquanto a mãe produzia coisas. Foram duas horas e meia absolutamente deliciosas, como sempre é ficar com ela – mas o que quero contar é que, depois de a mãe chegar para buscar a pequena, tipo 6 da tarde, ficamos conversando um pouco, os 4, na cozinha, e eu comecei a falar da coisa de a pequena tirar fotos, e coisa e tal, e brincamos que ela tirava fora os cocurutos das pessoas, e ela se divertiu à beça, delicinha de pessoa, com a coisa de tirar fora os cocurutos. E, quando eu pedi para ela fazer fotos nossas, pra eu ver se ela sabia mesmo, brincou que queria fazer fotos da vovó sem o cocuruto.
E fez!
E aí a vovó fez fotos dela sem o cocuruto, e ela morria de rir.
Depois fez fotos nossas – eu entre minha filha e minha mulher, fotografado pela minha neta. Minhas três mulheres reunidas. Ah, meu, é felicidade demais…
E não é que ela quis fazer selfies?
Fez – divertindo-se demais, feliz da vida.
Coisa mais absolutamente preciosa.
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A mãe não perdeu a oportunidade: disse que ela já fotografa bem porque puxou o pai.
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Fui um garoto precoce, uma montanha de anos atrás, muito, mas muito antes da era do caldeirão da informação. Fiz meu primeiro caderno de filmes a partir dos 12 anos, e minhas primeiras fotos com uns 14. In illo tempore…
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A anotação aí acima é de 30 de março. Absorto, entretido com tantas outras coisas que aconteceram nestes últimos dias, acabei não postando esta agenda do vô, que é especialmente preciosa não pelo texto, de forma alguma, mas pelos fatos, pela carinha de alegria com que Marina brincou com a coisa de fazer fotos com cocuruto e sem cocuruto.
Vai aí o post. Vale o antes tarde do que nunca.
30/3 – 11/4/2018
Todas as fotos por Marina.
Olá Sérgio!
Que fotos! Fiquei feliz em conhecer, através das fotos, a sua querida família! Como vc e a Mary são amorosos! Parabéns a sua querida netinha pelas belas fotos! Sou fã sua e de sua família! Abraços!
As fotos ficaram ótimas, e a selfie divertida!
Sempre achei a Fernanda super parecida com você, e nessas fotos isso ficou ainda mais nítido para mim. A Marina vai pelo mesmo caminho. =)