Resta cristalino que a CPMI denominada “Carlinhos Cachoeira” apenas confirma o que era consabido: a corrupção no Brasil é endêmica, sendo irrelevante a origem e/ou posição dos envolvidos/leia-se ‘indiciados’ ou a sigla partidária …
Enquanto isso, o Colendo Supremo Tribunal Federal se esmera para mostrar ao Brasil que o julgamento dos mensaleiros vai para a chamada ‘vala-comum’ dos casos que não são julgados [o Supremo é especialista nisso, ou seja, deixar de julgar processos relevantes, sob as mais espúrias razões : faltou um carimbo, faltou um clips, a cópia não estava legível etc etc].
Seria o “Carlinhos Cachoeira” um novo PCFarias? Ou seria um novo Delfim? Talvez um novo Sergio Motta? Ou mais um Roberto Jefferson? “Carlinhos Cachoeira” mostra à nação não tão estupefata seus tentáculos e mais tentáculos, a perder de vista …
Mas o mais impressionante é a sensação de impotência de todos nós, principalmente porque o principal político envolvido, aliás um pomposo senador da República, tinha excepcional capacidade de humilhar e tripudiar sobre todos e quaisquer indivíduos que se colocassem sob sua mira.
Hora da caça , hora do caçador.
Já vimos senador considerado à prova de qualquer suspeita se calar diante de ameaça velada de senador mais sujo que pau-de-galinheiro [caso em questão : Alagoas vs. Rio Grande do Sul]. Como se costuma dizer no interior das Minas Gerais, ‘não tem virgem na zona’ … Ou Como o sambista cantarolava : “se gritar ‘pega ladrão'” …’
Enfim, as eleições municipais estão chegando , prá todo lado temos o ´roto reclamando do rasgado´ , a coisa tá difícil mesmo … e eu ainda acredito que a solução, ainda que seja global, começa no local … a verdadeira mudança, aquele ‘turning point’, vai começar nos municípios.
Deus nos ajude!!
3 de maio de 2012