Considerações a respeito de um encontro com hora marcada

Lula ainda está se recuperando do tratamento contra o câncer, que lhe abateu muito. Mal anda sozinho. Mal fala sem sentir dor na laringe. Está enfraquecido, é visível.

Nota-se, em todas as suas aparições públicas, a preocupação de dona Marisa em conter sua verborragia e em protegê-lo. Confesso minha admiração por ela: mulher vaidosa, deixou de lado vaidade e frescuras para cuidar do marido.

De repente Lula ficou curadíssimo de todos os males que preocupam sua mulher e deita falação à toa, tipo papo furado, faz visitinhas sociais com dia e hora marcados por Clara Ant?

Essa visita não pode ser, portanto, considerada como “eu estava passando e me deu vontade de entrar e ver o amigo Jobim e por acaso lá estava o Gilmar Mendes”.

A chegada do Lula e sua comitiva de seguranças deve estar filmada.

Jobim deve ter em seu escritório alguém que faça as compras de frutas, limpe a área de serviço, que note cascas de frutas na lixeira. Ou é o Jobim que faz isso tudo?

Gilmar Mendes tem filha que mora em Berlim. Ganha bem. É homem livre e pode ir visitar sua filha quantas vezes lhe der na telha.

Demóstenes Torres era, até pouco tempo, um senador como outro qualquer: viajava muito e deve ter se encontrado com pilhas de brasileiros lá fora. Serão todos esses encontros suspeitos?

Uma leitora pergunta se o Blog do Noblat não vai publicar o desmentido.

Desmentido de quem? Do Lula? Ele nega o encontro e a conversa?

Do Jobim?

Dos jornalistas que assinam a matéria da VEJA?

Ou dos animadíssimos blogueiros que em convescote na Bahia falam para o mundo?

Como dizem os americanos, give me a break!

Não sei se há palavras a mais ou a menos na reprodução do diálogo entre Lula e Gilmar Mendes. Mas que houve esse diálogo e que foi a pedido de Lula, disso eu não tenho dúvidas.

E ele só teria um motivo para pedir ao Jobim essa reunião: o julgamento que se aproxima.

E, que eu saiba, Gilmar Mendes não dorme de touca…

27 de maio de 2012

 

 

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