Advertência: Jo Nesbø causa dependência

O escritor norueguês Jo Nesbø inicia a narrativa de O Redentor, seu romance de 2005, usando elipses e, logo em seguida, um formidável entrelaçamento de três ações paralelas, envolvendo diferentes personagens em cada uma delas.

Para entrelaçar essas ações, Nesbo brinca com uma das formas mais tradicionais da montagem cinematográfica.

De uma maneira extremamente simplificada, a montagem (no inglês editing, no francês montage) é a forma como se cola cada fragmento filmado, cada plano ou tomada, com o que veio antes na história. No conjunto final, é todo o trabalho de escolha e junção dos diversos planos filmados. Há uma montanha de teorias e práticas sobre a montagem, mas me refiro aqui não ao todo, mas a cada junção de um plano com o anterior, e daquele com o seguinte.

O estudioso (e montador) inglês Ivor Montagu cita esta definição: “A tomada ou plano é a palavra; a cena ou seqüência é a frase, a sentença, a oração; a disposição das tomadas em sua ordem correta – a montagem – é a gramática e a sintaxe.”

Muita gente contesta essa forma de definir a montagem, e recusa a comparação com a linguagem escrita, mas ela se presta bem para que se compreendam esses elementos.

Uma das formas mais tradicionais, clássicas, de montagem, é a que une duas tomadas diferentes de forma a que o espectador sequer perceba que houve um corte, que está vendo dois pedaços que foram juntados. Um exemplo básico: numa tomada, vemos a antessala de um figurão, em que está sentada sua secretária; ela vai até a porta, à direita, e a abre para que o visitante entre na sala de seu chefe. Na tomada seguinte, já estamos dentro da sala do figurão; a porta está agora à nossa esquerda, e a secretária acabou de introduzir o visitante.

É como se o movimento tivesse sido contínuo. O espectador pode sequer perceber que aquilo foi a junção, a montagem de duas tomadas diferentes.

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Pois Jo Nesbø, nascido em 1960, em Oslo, e que portanto viu filmes desde sempre, e escreve muitas vezes como se o leitor estivesse vendo um filme, brinca com essa montagem tradicional, essa junção de duas imagens que mostram um movimento continuado.

Brinca. Subverte a montagem tradicional. Faz o contrário dela.

Ele monta as três histórias paralelas que conta no capítulo 2 de O Redentor de uma forma tal que o leitor é levado a crer que uma ação está prosseguindo a anterior – mas na verdade são duas ações completamente diferentes, cada uma acontecendo em um determinado lugar, com um determinado personagem.

Como em muitos filmes que anunciam em letreiros a data e o local em que se passa determinada sequência, Nesbø nomeia seus capítulos com datas. O capítulo 1, o que contém as elipses, se chama “Agosto de 1991. As estrelas”. O capítulo 2, esse que relata três ações distintas, cada uma com seus personagens, se chama “Domingo, 14 de dezembro de 2003. A visita”.

Uma ação: um personagem sem nome, mostrado apenas como “ele”, está no metrô em Paris. Veremos logo em seguida que é um assassino de aluguel.

Outra ação: Harry Hole, o inspetor de Homicídios da Polícia de Oslo, está no metrô de sua cidade.

A terceira ação: Jon Karlsen, capitão do Exército de Salvação da Noruega, está fazendo uma visita a uma família pobre em Oslo, levando para ela mantimentos.

As três diferentes ações são separadas umas das outras apenas por uma linha em branco no livro.

A linha em branco equivale ao momento da montagem entre uma tomada e outra.

Eis a montagem de uma ação para a outra:

“Ele (o personagem sem nome, o que saberemos em seguida que é um assassino de aluguel) se levantou e esperou em frente à porta. Os freios gemeram baixinho. (…) As portas se abriram.”

Uma linha em branco. A frase seguinte: “Harry desceu para a plataforma e ficou respirando o ar quente do subterrâneo”.

Eis outra montagem:

“Ele (Harry Hole, o policial) pressionou o polegar contra o botão de metal frio, e em algum lugar dentro da casa soou uma campainha.”

Uma linha em branco. A frase seguinte: “O capitão Jon Karlsen soltou o botão da campainha, colocou as sacolas pesadas na calçada e olhou para a fachada.”

Uma pérola. Uma delícia de abertura de um livro policial. Como não devorar as 400 páginas que virão a seguir?

No capítulo 32, chegando à página 380, chegando ao clímax da história, Jo Nesbø repetirá esse mesmo esquema.

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Me detive talvez longamente demais nesses pequenos detalhes da narrativa porque, apesar de serem detalhes, eles me parecem fascinantes – e são um bom exemplo de como o autor escreve. Seu estilo é muito obviamente influenciado pelo cinema.

E volta e meia ele fala de música e cinema, no meio das histórias que vão se entrelaçando. Harry Hole gosta, por exemplo, de Tom Waits. Volta e meia põe Tom Waits para ouvir em casa. Lá pelas tantas, Harry acha que uma figura que aparece na história é meio dark, e se parece com Robert Smith, o líder do The Cure.

Na página 251, está o seguinte: “Harry procurou leite para o café. Ultimamente havia começado com aquilo, sinal claro de que estava ficando velho. Algumas semanas antes, colocara para tocar a indiscutível obra-prima dos Beatles Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band e se decepcionou. O disco também tinha envelhecido.”

Bem antes disso, tínhamos ficado sabendo que Harry tinha comprado o DVD de “A Malvada, a obra-prima de Mankiewicz de 1950 com Bette Davis e George Sanders.”

Interessante: Nesbø cita George Sanders, que é importante no filme, mas não se refere a Anne Baxter, que é muito mais fundamental na trama. Afinal, ela é a malvada.

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Uma figura, esse Jo Nesbø. Curte música e cinema – mas não apenas curte, bota também a mão na massa. Compõe. Escreveu a música tema de um curta-metragem de 2010. Foi o cantor e compositor de um grupo de rock, Di Derre; o AllMusic traz a lista de faixas de dois CDs da banda, de 1995 e 1998. (http://www.allmusic.com/artist/di-derre-mn0001205005) Escreveu também roteiros para o cinema.

Mas sua principal atividade do sujeito multitalentos é mesmo a de autor de romances policiais. E um dos personagem que ele criou, esse inspetor Harry Hole, é absolutamente fascinante. É arriscado fazer essas afirmações, mas eu faço: Harry Hole já tem a importância de um Nero Wolf, um Philip Marlowe.

Rivaliza com seus vizinhos suecos e praticamente contemporâneos Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander.

Se eu dissesse que Harry Hole já é um personagem tão forte, tão marcante, tão apaixonante quanto o comissário Jules Maigret, atrairia o ódio figadal de todos os leitores de policiais que, como eu, têm mais de 50 anos. Mas a verdade é que é, sim.

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O primeiro livro com o inspetor de Homicídios Harry Hole surgiu em 1997. Este O Redentor (no original Frelseren, em inglês Savior), de 2005, foi o sexto da série, e depois dele já foram lançados mais três.

No Brasil, as obras de Nesbø estão sendo lançadas pela Editora Record. E saíram apenas quatro dos nove romances, pelo que mostra o site da Record: Garganta Vermelha (lançado na Noruega em 2000), A Casa da Dor (2002), A Estrela do Diabo (2003) e este O Redentor (2005). Não foram editados no Brasil, portanto, ao que parece – ou então já não estão mais disponíveis -, os dois primeiros romances da série Harry Hole, publicados originalmente em 1997 e 1998. Um fato que, por si só, já indica um desrespeito ao público brasileiro.

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Eu tinha lido o imediatamente anterior, A Estrela do Diabo, o quinto da série.

Pelo que se percebe pela leitura do quinto e do sexto livros, eles não são tão absolutamente independentes um do outro quanto são, por exemplo, as histórias originais sobre Sherlock Holmes, escritas por Sir Arthur Conan Doyle, perdão, pelo dr. John Watson e publicadas por Conan Doyle entre 1887 e 1927. Nem são tão interdependentes um do outro quanto os três romances da série Millennium, de Stieg Larsson, publicados entre 2005 e 2007.

Conan Doyle escreveu – perdão, sherlockistas – publicou 4 novelas e 56 contos escritos pelo dr. John Watson sobre as investigações de Sherlock Holmes. Cada uma das 60 histórias é independente das demais. Os casos começam e terminam em cada uma das histórias. Às vezes há referências a um ou outro caso anterior, mas é en passant. Uma história não se entrelaça na outra.

Já na Trilogia Millennium – que poderia ter sido um decálogo, se Stieg Larsson não tivesse morrido tão precocemente, aos 50 parcos anos de idade – há, sim, histórias diferentes, mas tudo está entrelaçado. É tudo uma gigantesca história abrangendo subtramas – longas, é verdade, e fortes. Não dá para o leitor começar do segundo livro sem ter lido o primeiro. É uma sequência, uma continuação. Um gigantesco Guerra e Paz, ou Anna Karênina, ou Crime e Castigo.

A série de romances com Harry Hole fica entre um exemplo e outro. Nem tanto as histórias são independentes quanto nas do detetive da Baker Street, nem tão sequenciais e entrelaçadas como as do jornalista Mikael Blonkvist e da hacker Lisbeth Salander.

Jo Nesbø faz uma pizza norueguesa mezzo a mezzo.

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Dá para começar a leitura por A Estrela do Diabo, como eu fiz. Dá para começar a leitura por O Redentor, imagino. Em O Redentor há diversas referências a fatos acontecidos no livro anterior, mas elas são bem feitas, encerram-se em si mesmas, não requerem necessariamente que se tenha lido o anterior. E não exatamente são spoilers do que aconteceu antes na vida de Harry Hole. Assim, quem começar por O Redentor, e depois quiser ler A Estrela do Diabo, terá também todo o suspense – acho. Obviamente, o melhor seria começar do começo. Mas, de qualquer forma, nós aqui da periferia, tão longe da Noruega, tanto em milhas náuticas quanto em IDH, não poderíamos começar pelo começo, já que a Record não nos oferece os dois primeiros tomos.

O trabalho das grandes editoras deveria ser um dos indicadores do IDH. Nesse caso, possivelmente o Brasil perderia algumas posições.

Se houver alguém eventual leitor que tenha chegado até aqui e não tenha ainda lido os livros da série Harry Hole, eu sugeriria que começasse por Garganta Vermelha. É o terceiro da série, mas é o que há disponível neste país de vocação terceiro-mundista cada vez maior.

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Harry Hole está muito mais para Philip Marlowe do que para Sherlock Holmes, ou Hercule Poirot.

Sherlock e Poirot são inteligências geniais. Mestres da dedução. Não são propriamente pessoas – são a mais pura ficção. E são uns sujeitinhos metidos a besta. Tá, têm motivos para isso. Mas são tão pretensiosos, tão cheios de si, com tanto rei na barriga, que chegam a irritar.

Harry Hole é inteligentíssimo. É um investigador brilhante. Mas ele não se orgulha do brilho de suas celulinhas cinzentas. O que de melhor ele tem é o faro, a intuição.

Acerta. Acerta quase sempre. Às vezes tropeça, até porque, ao contrário de Sherlock e Poirot, que são muito mais parecidos com fictícios super-homens do que com seres humanos, é gente, e gente tropeça.

Harry Hole é um personagem muito mais consistente, me parece, do que Sherlock e Poirot. Sherlock é feito de postura, metidez e inteligência. Poirot é feito de postura, extrema metidez e inteligência. Harry Hole é feito de vivência, dúvidas, questionamentos, angústia, solidão, sangue, suor, lágrimas – e inteligência.

E álcool.

Harry Hole é alcoólatra.

Os detetives durões, hard boiled, da Costa Oeste, criados pelo gênio de Dashiell Hammett (sujeito que gostava especialmente de uma garrafa) e Raymond Chandler, também enchiam a cara. Mas não admitiam a condição de alcoólatra.

Harry é alcoólatra mesmo. Suas células cinzentas – brilhantes, como as de Sherlock, de Poirot – volta e meia chafurdam no álcool como jacarés no pântano. Harry muitas vezes acorda sem saber direito o que aconteceu na noite anterior. Tem sede, a língua seca – e uma imensa vontade de começar a beber de novo.

Neste sexto livro, Harry Hole vai a sessões do AA e recita: “Meu nome é Harry Hole, e eu sou um alcoólatra” – e a assembléia o saúda com o tradicional “Olá, Harry!”

Harry tem uma grande paixão por Rakel, uma mulher bela, inteligente, forte, mãe de Oleg, garoto de uns nove, dez anos, que criou uma grande afeição pelo namorado da mãe. Agora ex-namorado. Lá pelo fim de A Estrela do Diabo, o relacionamento entre Harry e Rakel foi rompido – por ela.

Rakel tinha (talvez ainda tenha) imenso amor por Harry. Mas cansou-se, não aguentou mais a convivência difícil com aquele homem barra pesada, sempre oscilando entre um período de sobriedade e outro de entrega à garrafa, sempre instável, sempre engolfado até a raiz dos cabelos curtos na perseguição a criminosos,

A gota d’água tinha vindo quando uma das investigações de Harry acabou levando um sujeito armado a sequestrar o garoto Oleg – o que é narrado também no final de A Estrela do Diabo. Foi demais – e Rakel então rompeu o relacionamento.

Harry, que muitas vezes é descrito como um lobo solitário, sente uma falta absurda de Rakel em sua vida – e um ciúme grande do médico que agora parece estar namorando a bela mulher. Ao longo da narrativa de O Redentor, Rakel procura Harry, para dizer que Oleg sente muito a falta dele, e seria bom se os dois pudessem sair, passar algum tempo juntos.

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Gosto dos detetives e inspetores de ficção. Dos chatos, emproados, metidos, como os criados pelos escritores ingleses, e dos que se envolvem em brigas, apanham, levam porrada, como os dos autores americanos. Gosto do Espinosa, o do Bairro Peixoto, nas entranhas de Copacabana.

Mas acho que meu policial predileto é Harry Hole.

Mais que todos os outros, Harry parece gente.

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É muito impressionante como imagens e temas religiosos percorrem praticamente todos os capítulos de O Redentor. Os nórdicos, pelo que se percebe, inclusive pelos filmes de Ingmar Bergman, ele próprio filho de um pastor luterano, têm relações profundas com o cristianismo. Mesmo os incréus, como Harry.

O assassino de aluguel dessa história, o homem sem nome, tinha recebido, quando ainda adolescente, quase garoto, o epíteto de “o pequeno redentor”.

Uma ironia nórdica: um assassino de aluguel que é conhecido como redentor.

Os títulos das quatro partes em que Jo Nesbø divide seu livro fazem referência a religião: Primeira Parte, O Advento; Segunda Parte, O Redentor; Terceira Parte, Crucificação; Quarta Parte, Misericórdia.

Como mostra o segundo capítulo do livro, trata-se aqui de três histórias entrelaçadas, três grupos de personagens, três universos. Um é o mundo de Harry Hole, seus medos, pavores, solidão, sua saudade de Rakel, seus amigos e inimigos na Polícia, o velho chefe compreensivo, amigo, Bjarne Møller, que, por respeitar o talento e dedicação do inspetor, sempre perdoou suas falhas, seus períodos de bebedeira. No começo do livro, Bjarne Møller está deixando a Delegacia de Homicídios, após pedir transferência para uma cidade menor, mais calma; Harry ficará sem seu protetor.

O outro é o mundo do assassino de aluguel, o pequeno redentor.

O terceiro é o universo dos personagens do Exército de Salvação – cristãos abnegados que dedicam suas vidas a ajudar os miseráveis, os necessitados, os drogados. Mais referências, e muitas, muitas, a religião.

O primeiro capítulo do livro, aquele que contém elipses, retrata exatamente pessoas que pertencem ao Exército de Salvação.

(Pequeno detalhe: sempre ouvi falar em Exército da Salvação – da, com o artigo definido feminino singular. O livro usa de Salvação. Fui checar, e vi que eu sempre falei errado. O certo é mesmo Exército de Salvação.)

A ação do primeiro capítulo se passa, como foi dito bem lá acima, em 1991. A personagem central do primeiro capítulo é uma garota de 14 anos de idade, que está, junto com os pais e diversas outras famílias, todas dos quadros do Exército de Salvação, num acampamento de verão no campo.

A primeira grande elipse é que Nesbø não diz o nome da garota.

Como é o primeiro capítulo, não preciso ter medo de estar fazendo um spoiler, um entrega fatos, estraga prazer, ao revelar que a garota cujo nome Nesbø não entrega é violentada, numa noite, no acampamento.

Um estupro num acampamento de cristãos abnegados do Exército de Salvação, um assassino de aluguel que é chamado de redentor. Esses nórdicos são barra-pesada.

De 1991 salta-se, já no capítulo 2, para 2003. Toda ação a partir daí se dará em 2003, em dezembro, num rigoroso inverno nórdico.

A identidade do estuprador é o primeiro mistério que a narrativa propõe. A identidade da vítima é outro pequeno mistério, porque, a partir do capítulo 3, vão aparecer duas jovens do Exército de Salvação, agora aí na faixa dos 25, 26 anos, e Nesbø não está nada interessado em apontar para o leitor qual delas foi a vítima do crime. Muito ao contrário.

As histórias desses três universos distintos – o de Harry, o do assassino de aluguel, o do Exército de Salvação – passam a se entrelaçar.

Algumas cartas, até que Nesbø expõe, bota na mesa, à vista do leitor. Toda a história do assassino, e seus movimentos, vão sendo contados. Mas muitas outras cartas, o autor esconde como bom jogador de pôquer. Surgem pistas, mas diversas perguntas novas serão colocadas na cabeça do leitor. Diversos mistérios. Haverá um novo crime. Depois outro. Aumenta o número de perguntas, de mistérios, cartas não mostradas.

Não dá para parar de ler.

Como os livros de Stieg Larsson, este daqui deveria ter um aviso: Este produto causa dependência psíquica.

Outubro de 2012

 

7 Comentários para “Advertência: Jo Nesbø causa dependência”

  1. Sérgio, pô! Levei um tempão te lendo, mas valeu. Vou ler esse cara.
    Bj
    Vivina

  2. Para os aficionados em Nesbo, chegou mais um na praça: “Boneco de Neve”. E como os demais, começa bem….

  3. Muito bom esse Jo Nesbo. Vc tem razão, causa dependência psíquica mesmo. Quero imediatamente adquirir tudo o que for possível dele!

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