Vinte e um anos depois de se sentar no banco dos réus acusado de ter assassinado Carolyn Polhemus, sua colega e amante, Rusty Sabich, ex-promotor, agora juiz-presidente do Tribunal de Recursos Estadual, torna-se suspeito de assassinar sua própria mulher, Barbara.
Essa é a base, a premissa de O Inocente, o livro que o grande Scott Turow terminou de escrever novembro de 2009, foi lançado nos Estados Unidos em 2010 como Innocent (sem o artigo que a tradução brasileira acrescentou) e publicado no Brasil pela Editora Record em 2011.
Uma maravilha, uma beleza de livro.
A capa da edição brasileira traz o aviso, o chamariz: “Continuação de Acima de Qualquer Suspeita”.
Acima de Qualquer Suspeita, Presumed Innocent, foi lançado em 1987. Era o primeiro romance publicado por Turow, e foi um tremendo, estupendo, merecidíssimo sucesso.
Fazia com brilho a junção do romance policial com o romance, ponto, sem adjetivo. Ou romance sério, literário – caso se queira admitir frontalmente que sempre houve a oposição entre o romance policial com a chamada literatura séria, profunda, inteligente.
Não que Turow – então um jovem de 38 anos, formado em Direito, tendo já experiência como advogado – estivesse reinventando a roda, criando um novo gênero. Já havia, antes dele, é claro, muitos exemplos de que o romance policial podia ser bom, e sério, e de boa qualidade literária. Só os pernósticos, os acadêmicos, os babacas, se recusavam, em 1987, a reconhecer que os bons thrillers eram boa literatura.
Mas Turow deve realmente ter surpreendido os críticos literários mais conservadores, obtusos. Porque seu texto é bom, profundo, sério, magnífico. Não é uma Agatha Christie, aquela velhinha inglesa que soube criar brilhantes mais de cem tramas, histórias agradabilíssimas de se ler, mas que, no quesito literatura, no quesito criar personagens dotados de estatura humana, era no máximo, no máximo, nota 5 em 10. É muito mais profundo do que um Georges Simenon, ele também autor de belas tramas e, ao contrário da velhinha inglesa louca, capaz de criar um comissário de polícia, Maigret, que parece gente, como você ou eu.
Turow deixava no chinelo Agatha Christie, Georges Simenon, Rex Stout, e tantos outros.
Turow injetava, talvez como poucos antes dele, literatura grande no romance policial.
Depois do sucesso do livro, um grande filme, também um imenso sucesso
Ao sucesso retumbante do livro Acima de Qualquer Suspeita, seguiu-se o filme, lançado em 1990, três anos, portanto, após a publicação do livro. O filme, dirigido pelo ótimo Alan J. Pakula, é espetacular. Harrison Ford, que tanta gente diz não saber atuar, está perfeito como o promotor-assistente Rusty Sabich, sujeito sério, compenetrado, que acontece de conhecer uma mulher fatal, absurdamente linda, absurdamente sensual – sua colega de trabalho Carolyn Polhemus, que, além de dar para ele, dá também para o chefe de ambos, o promotor de Justiça Ray Horgan.
Pakula, produtor de uma dúzia de boas obras, inclusive O Sol é Para Todos/To Kill a Mockingbird, diretor dos belos Todos os Homens do Presidente e Klute – O Passado Condena, um cineasta fascinado pelas paixões despertadas pelas regiões abaixo da cintura, sem passar pelas que ficam acima, teve a sorte grande, imensa, lotérica, de dar vida a Carolyn Polhemus com Greta Scacchi (na foto), no topo, no máximo da beleza fenomenal. Nunca esteve tão escandalosamente bela, essa inglesa nascida na Itália, filha de um pintor italiano e uma dançarina inglesa. A Carolyn Polhemus que ela cria é de fato uma mulher capaz de virar a cabeça irresistivelmente, fatalmente, de qualquer pessoa que cruzasse seu caminho.
Turow criou um condado – e personagens que passam de uma obra para outra
Em Acima de Qualquer Suspeita, Turow criou não apenas personagens sólidos, bem construídos, psicologicamente complexos, atraentes, interessantes, e uma trama fenomenal, envolvente, que faz o leitor querer devorar o livro o mais rapidamente possível. Criou também um universo: o Kindle County, o condado onde se passa a ação, em que há três grandes cidades, é um local fictício, uma invenção do autor – mas que parece absolutamente real.
Mais ainda que um universo geográfico, ele criou uma galeria de personagens duradoura, que voltaria a aparecer nos seus livros seguintes. Assim, por exemplo, Sandy Stern, o advogado brilhante que faz a defesa do promotor-assistente Rusty Sabich no julgamento em que ele é acusado do assassinato de Carolyn Polhemus em Acima de Qualquer Suspeita, será o protagonista de O Ônus da Prova/The Burden of Proof, de 1990.
Sonia Klonsky, outro personagem fascinante, era uma promotora assistente abnegada, séria, sisuda, em O Ônus da Prova. Reapareceria como a protagonista em As Leis de Nossos Pais/The Laws of our Fathers, publicado em 1996. Ali ela já havia conquistado um lugar como juíza da Suprema Corte do Condado de Kindle.
Personagens maiores que uma única obra
Sou fascinado por essa coisa de personagens que são maiores do que uma única obra – seja livro, ou filme –, que passam de uma para outra.
Claro, há os personagens tipo Sherlock Holmes e Watson, e todos os que vieram depois, de alguma maneira influenciados pelas figuras criadas por Arthur Conan Doyle – Poirot, Miss Marple, Sam Spade, Philip Marlowe, Nero Wolfe, Columbo. Ou então Carlitos, ou Dexter, ou as moças do Sex and the City. Mas isso é diferente – eles são personagens imutáveis, ou quase, que aparecem em diversos episódios.
O que me atrai são personagens que atravessam diversas histórias diferentes – não meros episódios –, personagens que vão mudando com o passar do tempo, que se envolvem em situações completamente diferentes das mostradas anteriormente. Como, por exemplo, o Roland Casssard criado por Jacques Demy no filme Lola, de 1961, que se apaixona perdidamente pela personagem do título. Jovem entediado, sem saber o que quer da vida em Lola, Cassard reapareceria como um bem sucedido comerciante de jóias em Os Guarda-Chuvas do Amor/Les Parapluies de Cherbourg, a maravilha que Demy faria em 1964. Assim como a Lola por quem Cassard babava no filme de 1961 reapareceria nos Estados Unidos em O Segredo Íntimo de Lola/Model Shop, que Demy filmou na América em 1969, na pele da mesma atriz, Anouk Aimée.
Adolescente, babei com essa coisa que Demy conseguiu criar com brilhantismo, os personagens que são maiores que cada obra, que atravessam as histórias, que vão de uma a outra situação bastante diferente, que evoluem, mudam ao longo dos anos.
Nunca vou saber, é claro, se Scott Turow, americano de Chicago, se fascinou como eu pelos personagens de Jacques Demy naqueles belos filmes dos anos 1960. Teoricamente, é possível que ele tenha visto os filmes, sim, já que é da mesma geração que eu – nasceu em 1949 –, e viveu numa metrópole, com fácil acesso aos filmes europeus. Mas o fato é que ele, mais que qualquer outro autor de que me lembre, seguiu as pegadas de Jacques Demy nessa coisa de criar um universo de personagens acima de cada história.
O único outro autor que se rivaliza, nesse aspecto, com Turow, de que eu me lembre, é Stieg Larsson, o sueco da genial trilogia Millennium. Larsson, infelizmente para nós, morreu cedíssimo, deixando apenas os três primeiros livros – e apenas esboços de vários outros.
O promotor é rival de Rusty, tem ódio dele – fará de tudo para condená-lo
E então, agora há pouco, recentemente, Turow partiu para o grande, imenso desafio de fazer exatamente a continuação de seu primeiro livro, de seu primeiro grande sucesso. Lembrando: Acima de Qualquer Suspeita é de 1987. O Inocente é de final de 2009, copyright 2010, no Brasil em 2011.
O intervalo de tempo decorrido entre o lançamento de um livro e outro é bem próximo do decorrido na história de O Inocente.
Fazia 21 anos que Rusty Sabich fora acusado de assassinar Carolyn Polhemus. No dia 29 de setembro de 2008, Barbara, sua mulher, morre. Amanhece morta na cama do casal. Rusty, agora juiz-presidente do Tribunal de Recursos Estadual e candidato a uma vaga na Suprema Corte do Estado, fica ao lado dela, dentro de sua casa, por 24 horas, antes de avisar a Polícia.
Não vai aí spoiler algum – sempre tomo o cuidado para não adiantar nada do que acontecerá na trama a partir dos 15 minutos de um filme, das 30 primeiras páginas de um livro. Isso aí que relatei está tudo claramente colocado bem no início de O Inocente.
Há indicações de que foi morte natural. Mas…
Tommy Molto, que 21 anos atrás atuara como assistente da Promotoria no julgamento de Rusty, eterno rival dele, desde aquela época – quando os dois trabalhavam lado a lado como assistentes do promotor de Justiça Raymond Horgan –, agora exercendo interinamente o cargo que havia sido de Horgan, vai encontrar indícios de que Barbara foi morta pela próprio marido.
Há mais do que uma grande rivalidade de décadas entre Molto e Rusty. No julgamento de 21 anos atrás, a Promotoria perdeu – Rusty foi inocentado. Pior: a defesa, feita por Sandy Stern, havia mostrado que a Promotoria mexeu nas provas, forçou a barra, extrapolou os limites da legalidade. Molto teve punição disciplinar. Com o tempo, retomou a carreira na Promotoria – mas ficou marcado pelas ilegalidades cometidas durante a investigação do assassinato de Carolyn Polhemus.
Tem todos os motivos pessoais para escarafunchar tudo o que for possível para montar uma acusação sólida contra Rusty. E, além deles, ainda tem a obstinação ferrenha de seu braço-direito, Jim Brand, um promotor-assistente ambicioso, persistente, incansável, obstinado em provar a culpa do juiz-presidente.
Não que Turow seja o primeiro a fazer uma continuação 20 anos depois
Claro: Turow não foi o primeiro autor a pegar personagens e mostrá-los dez, vinte anos depois. Ninguém reinventa a roda (embora sempre haja alguém disposto a dizer que Quentin Tarantino reinventou a narrativa cinematográfica). Alexandre Dumas publicou 20 Anos Depois em 1845, um ano depois de Os Três Mosqueteiros. E em 1847 lançou O Visconde de Bragelone, em que a ação se passava dez anos depois dos acontecimentos narrados em Os Três Mosqueteiros e, portanto, dez anos antes dos mostrados em 20 Anos Depois.
A trilogia de Dumas Pai sobre os Três Mosqueteiros – o segundo livro se passando 20 anos depois do primeiro, e o terceiro, dez anos antes do segundo – mostra que a aventura de George Lucas, de primeiro fazer uma trilogia Star Wars a partir do capítulo IV, e só décadas mais tarde criar os capítulos I, II e II não foi também uma invenção da roda. Até porque a roda não se reinventa mesmo.
Não vai aqui qualquer tipo de crítica às duas trilogias de Lucas – que considero deliciosas. A intenção é apenas lembrar que tudo, todo tipo de invenção, já foi feito antes.
Francis Ford Coppola também criou uma saga que atravessava décadas, com O Poderoso Chefão I, II e III, aquela maravilha esplendorosa.
A parte III de The Godfather foi, na minha opinião, subestimada. Por um lado, é compreensível que, depois das duas primeiras partes extraordinárias, sensacionais, e passado um intervalo de tempo grande, houvesse críticas negativas ao filme de 1990.
Acho, no entanto, que a ousadia de Coppola de transportar seus personagens para 1990 foi um êxito artístico. É um belo filme, O Poderoso Chefão III.
Uma experiência única, especial, maravilhosa
Antes da terceira parte de The Godfather, no entanto, houve uma continuação brilhante de um filme, com intervalo longo, de 20 anos. Acho que, de alguma maneira, Um Homem, uma Mulher 20 Anos Depois é um marco – entre outros motivos, por ter sido lançado em 1986, quatro anos antes de O Poderoso Chefão III. Foi um brilho Claude Lelouch ter retomado, exatos 20 anos depois da estréia de Um Homem, Uma Mulher, em 1966, seus personagens, Jean-Louis Duroc e Anne Gauthier, interpretados, é claro, pelos mesmos atores do primeiro, Jean-Louis Trintignant e Anouk Aimée (ela de novo!), e reuni-los de novo.
É uma experiência única, especial, maravilhosa.
Claro, Lelouch é um cineasta amadíssimo por uns poucos e odiado pela imensa maioria, e seu Um Homem, uma Mulher 20 Anos Depois não fez qualquer sucesso.
Para mim, o que Turow fez com seus personagens foi algo semelhante ao que Lelouch fez com Jean-Louis e Anne. É brilhante – e emocionante.
Quatro diferentes narradores, e, na Parte Um, idas e vindas no tempo
Turow escolheu um estilo narrativo fascinante, inventivo, saboroso.
Repito: não vou apresentar spoilers, entregar informações sobre a trama. Só quero anotar a sacada que ele escolheu para a narração.
Há um prólogo, uma abertura curta, de apenas três páginas. O narrador é Nat, o filho já adulto de Rusty e Barbara Sabich. Ele fala da morte da mãe.
Em seguida, haverá quatro narradores diferentes, um em cada capítulo: o próprio Rusty, seu filho Nat, Anna, assistente de Rusty no Tribunal – e um narrador externo. Rusty, Nat e Anna descrevem os fatos, naturalmente, de acordo com sua própria visão. O narrador externo à história descreve os fatos envolvendo o promotor Tony Molto.
Só isso já seria uma característica fantástica, interessante, fascinante. Mas Turow vai além: os 22 capítulos da Parte Um não seguem a ordem cronológica. Passam-se entre março de 2007 e novembro de 2008 – e aparecem fora da ordem cronológica.
Isso dá à narrativa uma agilidade imensa, produz um impacto grande na leitura. E não há qualquer intenção de dificultar o entendimento. Ao contrário: para deixar tudo absolutamente claro, cada capítulo da Parte Um traz no título o nome do personagem em foco e a data – e uma pequena linha do tempo esclarece definitivamente de que época se está falando.
A linha do tempo some na Parte II, porque aí já não é mais necessária: a partir daí a narrativa é na ordem cronológica, começando com os acontecimentos de junho de 2009.
É um brilho.
Um bando de frases que qualquer escritor gostaria de ter escrito
É tudo um brilho. No capítulo 5, narrado por Rusty, por exemplo, aparece isto:
“A Declaração de Independência diz que temos o direito de procurar a felicidade – mas não de encontrá-la. Crianças morrem em Darfur. Nos Estados Unidos, homens cavam valas. Tenho poder, um trabalho de destaque, um filho que me ama, três refeições por dia e uma casa com ar-condicionado. Por que teria direito a mais?”
Ou então esta, no capítulo 10, em que o narrador neutro, em terceira pessoa, mostra as ações e os pensamentos de Tommy Molto:
“(Fulano de tal) estava na cadeia municipal havia apenas algumas horas, mas já se habituara a ficar de olho para se proteger do que pudesse vir por trás. Sem essa de torturar um preso jogando água em seu rosto ou de prisão no exterior, pensou Tommy. Eles deveriam simplesmente jogar a al-Qaeda na Cadeia Municipal de Kindle para um pernoite. De manhã, eles diriam onde estava Osama.”
Ou esta, no capítulo 13, em que a narradora é Anna:
“Dennis, meu terapeuta, chama o amor de a única forma legalmente aceita de psicose. Mas acho que é por isso que o amor é maravilhoso, assim como perigoso, porque pode tornar você diferente. Alguns dos livros que li dizem que o amor, no fim das contas, é transformador. Continua sem ter certeza disso.”
Cacete: o amor é “a única forma legalmente aceita de psicose”! Que maravilha de imagem!
As 430 páginas de O Inocente são permeadas de trechos assim. Grande literatura – romance policial.
Errinhos, falhas na revisão da edição brasileira
Só não é um brilho a desatenção da Record na preparação final do texto da tradução. Diabo, a Record é uma das maiores, mais importantes editoras do país. O livro é caro, o autor é importante – como é possível deixar passar as bobagens que eles deixaram passar?
Por exemplo: na página 29, há uma troca de nomes. Aparece Tommy – mas é óbvio que deveria ser Jimmy. Há erros de pontuação em uma frase na página 30. Na página 394 há um “Quem sem importa”, com um m sobrando depois do pronome se.
Na 51 há uma menção a “uma esposa sob controle de drogas na cidade de Stepford”; uma edição bem cuidada poderia perfeitamente informar, em nota de pé de página, que se trata de uma referência ao filme The Stepford Wives, no Brasil Esposas em Conflito, feito em 1975. Nem seria preciso informar que o filme foi refeito em 2004, com o mesmo título original, no Brasil Mulheres Perfeitas – mas, pô, uma menção ao original.
Há até mesmo um erro em título de capítulo que altera demais o sentido: o capítulo 40 aparece como “Nat, 26 de julho de 2009”; isso é absurdo, é 26 de junho, o que faz grande diferença.
Mas, claro, são erros que a editora poderá corrigir nas próximas tiragens. Porque imagino que haverá, sim, novas tiragens. Quem leu Acima de Qualquer Suspeita vai querer ler O Inocente. Quem não leu o primeiro deveria ler os dois.
Juquehy e São Paulo, outubro de 2011.
Engraçado, sempre tive implicância com continuação, achava q o primeiro era melhor, tanto em livro como, especialmente em filme. Vai dizer q o Poderoso Chefão I não é o melhor? Geralmente os autores ou cineastas, pelo menos era a minha opinião, se aproveitavam do sucesso do original p continuar colhendo os louros, em termos de lucros, audiência, vendagem etc. Mas como vc, Sérgio, recomenda com tanta ênfase a continuação do Acima de qq suspeita, q vi apenas em filme(duas vezes), vou me animar a ler o novo livro de Scott Turow e vou até questionar minha posição, pelo menos em algumas situações.
Guenia Bunchaft
http://www.sospesquisaerorschach.com.br
Sérgio, acabei de ler o Inocente e adorei! Ótima recomendação a sua, bem q eu disse q ia dar um crédito de confiança, apesar de ser continuação de Acima de Qualquer Suspeita, que se passou 21 anos antes. É claro q eu,como psicóloga, tenho o viés profissional e focalizo sempre os relacionamentos e a personalidade dos personagens, mas achei o livro ainda mais rico do q o o q o antecedeu. Nele deu p entender muito bem as carências e dificuldades de um dos personagens principais, o Rusty, novamente acusado injustamente de assassinato e seu filho Nat, agora um adulto complicado e tão ingênuo, acreditando q Anna, a “mocinha” da história teve um romance com Ray e não com o seu pai. E que final surpreendente, meu Deus, será q eu vou fazer como a Jussara e dar um monte de spoiler?Só uma dica, p quem ler e não entender de cara ficar esperto: é como diz o Tommy, arquirival do Rusty e novamente tentando incriminá-lo e condená-lo, tem coisas q só se faz por filho e neto.
Acabei de ler e já estou com vontade de relê-lo como fiz com o Precisamos Falar sobre Kevin,Um soco no estômago, q também adorei
Guenia Bunchaft
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corrigindo
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