Faz 30 anos que o Rock in Rio mexe comigo. Bem, isso é uma frase meio boba, porque faz 30 anos que o Rock in Rio mexe com o Brasil, não é?
Felizmente Mary prestou atenção ao horário, e não perdemos nada, nadinda, do show de Elton John.
Que coisa absolutamente maravilhosa. Não apenas Elton John, mas também o Rock in Rio. O Rio de Janeiro. O Brasil.
Há 13 anos uma quadrilha tomou de assalto o Estado brasileiro, e nunca antes na história deste país – abençoado pela natureza, amaldiçoado pelos demônios que puseram aqui o pior tipo de político que existe – estivemos em uma situação tão absolutamente grave e sem saída quanto agora.
Este texto pode talvez estar parecendo tão confuso quanto uma frase de Dilma Rousseff, mas na verdade não é, não. Ele só mistura muitos elementos.
Eu olhava no Multishow o show de Elton John que acontecia naquele mesmo momento, e uma quantidade imensa de sensações me invadia.
A beleza absurda da Cidade do Rock contrastava violentamente com a imagem que a gente faz de que o Brasil vai demorar muitos anos para se recuperar depois de ter sido devastado por esse número impressionante de anos da incompetência e irresponsabilidade dos governos lulo-petistas.
E então enquanto Elton John cantava me ocorreu que incompetente, irresponsável, é apenas o lulo-petismo – não o Brasil.
O Brasil é belo – basta ver as imagens do Rock in Rio.
Há uma verdade irretorquível, inalienável: não há público mais belo no mundo que o do Rio de Janeiro.
Os cinegrafistas mostravam close-ups das pessoas na Cidade do Rock: meu Deus do céu, quanta mulher linda!
E aí, enquanto Elton John continuava a cantar, me lembrei do depoimento de outro inglês, Michael Caine, dado às câmaras de Lúcia Murat, para o documentário Olhar Estrangeiro:
“O Brasil é um clichê por um ótimo motivo: eu acho que o Brasil produz mais gente bonita do que qualquer outro país. Se vocês quiserem ser tratados mais seriamente, acho que vocês deveriam dançar menos e ficar mais feios. Aí todo mundo vai tratá-los mais seriamente. Nós (os ingleses) não conseguimos dançar daquele jeito, e somos muito feios, e todo mundo nos trata muito seriamente.”
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Claro que o depoimento de Michael Caine deve ser visto como uma boutade, uma provocação, uma brincadeira.
Óbvio: queremos ser um país sério. Queremos ser olhados pelo mundo como um país sério. Faremos imenso esforço, assim que nos livramos do lulo-petismo, para mostrar que – apesar de termos essa quantidade absurda de belas mulheres – queremos ser olhados e entendidos como um país sério.
Depois que nos livrarmos do lulo-petismo. Antes disso, não adianta: aos olhos do mundo que importa, seremos apenas uma Venezuela grande. Um triste país que procura canhestramente chegar a 1917, sem perceber que 1990 já ficou para trás.
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Confesso que sou um dos fãs de Elton John que menos conhecem sua obra.
Depois de ver seu maravilhoso show no Rock in Rio 2015, juntei os CDs que tenho dele. São muito poucos – apenas seis. Não passei para CD o emblemático Yellow Brick Road, o álbum duplo lançado em 1973, exatamente o ano em que casei com Suely.
No Rock in Rio 2015, Sir Elton cantou três músicas desse disco de 1973: a faixa que dá título ao álbum, mais “Candle in the Wind”, mais “Bennie and the Jets”.
Lembrei demais de Suely. Meu, como a gente era jovem…
Mary e eu nos perguntamos o que Sir Elton John reservaria para o bis. Claro que uma das apostas era “Your Song” – mas a gente não poderia imaginar, ninguém poderia imaginar, que ele voltasse ao palco apenas para cantar “Your song”, e em seguida se retirar definitivamente.
Quando Elton John cantou “Your Song”, diante de algumas dezenas de milhares de brasileiros que cantavam junto com ele, senti a mesma emoção que havia sentido, 30 anos atrás, quando James Taylor cantou diante de dezenas de milhares de brasileiros que cantavam junto com ele.
Pouco tempo depois, James Taylor escreveria uma canção contando que, naquela noite no Rio, ele começou a viver de novo.
Sir Elton não precisava disso: ao contrário do Sweet Baby James de 1985, ele não está lutando contra dependência de droga, e parece que está bem casado.
De qualquer forma, os milhares de brasileiros do Rock in Rio de 2015 cantaram com Sir Elton da mesma maneira com que haviam cantado com nosso Sweet Baby James.
E aí, olhando para aquilo ali na TV, eu pensei que este país é bonito demais, é forte demais, é poderoso demais, para que 13 anos de lulo-petralha-roubalhismo o destruam.
Nós vamos sair desta. Ah, nós vamos sair desta.
21/9/2015
È ROCK?
Ativistas em Woodsstock de 1969.
Arrivistas em Rock in Rio de 2015!
Quanto mais fazem para se transformar em algo diferente do que são, mais são aquilo que não querem ser. Nesta luta ficam “animais ferozes” e não olham a meios para atingirem os seus fins! Tornam-se perigosos.
Possidônios em Rock in Rio de 2018?
Talvez aqueles políticos tacanhos, que vêm na redução drástica das despesas públicas, o único meio para a salvação do país.
So goodbye yellow brick road
Where the dogs of society howl
You can’t plant me in your penthouse
I’m going back to my plough
YES, SIR!
Yes, Sir! Vamos sair destas como saímos de outras, por baixo, golpeados, enganados, copiando e invejando os gringos.
UM, v. sempre fazendo belos gols.
Há um cheiro de renúncia no ar. O pacote não deve passar no Congresso e as provas de que Dilma foi eleita com dinheiro roubado estão aparecendo de todo lado. Ministério Público, PF e Receita estão indicando que o esquema de corrupção atinge não só a Petrobrás, mas todas as estatais. E deixam vazar que estão reunindo provas de que mensalão, petrolão e toda a tramóia foi montada na Casa Civil, por Lula e Dirceu.
As condenações de hoje foram pesadíssimas para Vaccari e Duque. E são apenas as primeiras. Eles vão ser condenados ainda por outros crimes. Dirceu, Vaccari e Duque vão mofar na cadeia, ou entregar Lula e Dilma?
Meu vizinho é otimista: está estocando fogos de artifício.
Não tenho mais cruzado com caciques petistas no meu bairro, Sérgio Vaz. Antes era fácil encontrá-los em Brasília nos bares e restaurantes, ou caminhando parque da cidade. Aqui no meu bairro eu avistava alguns espécimens na padaria, no Shoppping e nos supermercados. Acho que não andam apreciando muito o cheiro de povo. Nem vou perguntar o motivo ao nosso amigo Miltinho. Ele certamente vai explicar que os petistas descobriram, depois de anos, que o meu bairro é habitado por uma imensidão de coxinhas. E preferem não se misturar com essa gentalha.
Foram condenados João Vaccari Neto, Renato Duque e mais 8 acusados na operação Lava Jato.
O delator Pedro Barusco pela DELAÇÃO e devolução de 98 milhões de dólares foi premiado com 2 anos em regime aberto e obrigado ao uso de tornozeleira eletrônica.
Já Paulo Roberto Costa foi ABSOLVIDO por falta de PROVAS.
Pelo jeito a operação ZELOTES não dar em nada.
Coxinha não é gentalha LUIZ, é gente que odeia petista.
Os petistas estão com medo dos coxinhas.
Tipos como Fábio Júnior que puxa coro para mandar a presidenta tomar no cú.
Este exemplo não aconteceu no seu bairro, foi em Nova York. Aqui no meu bairro, na minha cidade, no meu estado o ódio coxinha é extravasado pelos em de Copacabana, na praia aos domingos, ou no estádio majestoso do Maracanã ou ainda, no Rock in Rio pelo módico preço de 80 pratas.
Dilma que não se meta a ir lá, se não vai tomar.
Já os petistas caro LUIZ não são tão corajosos. Estão em extinção.
Não estariam em extinção por ser difícil defender o crime organizado? E também defender o populismo econômico depois que a a conta chega? Mas eu sou um orgulhoso coxinha que não odeia nada. Muitos dos meus amigos eram petistas. E encontrei vários deles nas manifestações contra Dilma. Outros ainda estão meio acanhados, mudando as penas. Não odeio, mas não perco a piada: esqueci de dizer,no comentário anterior, que não encontro políticos petistas na livraria do shopping. Não porque eles não a frequentem. Eu é que não costumo passar pela seção de auto-ajuda.
Porque os coxinhas se calam em relação a ZELOTES? O que diriam os ex-amigos petistas sobre a ZELOTES? Certamente leram alguns livros de auto ajuda e viraram ardorosos neoliberais. Sonham com Miami, ou férias na Jatiúca ou em Varadero. Enquanto isto os imbecis úteis eleitores da Dona Dilma sonham em comer uma buchada nas feiras de Caxias ou São Cristóvão, praia no piscinão de Ramos ou São Gonçalo, e o supra sumo, goiabada cascão com muito queijo no Rock in Rio.
Falando em auto ajuda indico a leitura do livro: A miséria da política de FHC.
Servaz, considerando a abrangência temática do seu artigo, digo-lhe o seguinte: isso é que é rock pauleira!
Ainda dentro do tema, caros Servaz e Valdir, lembro ao Miltinho que escândalo sem petista não tem graça. Os blogs financiados pelo PT com o dinheiro dos meus impostos já tentaram, sem nenhum sucesso, emplacar escândalos da CBF, do HSBC, Zelotes e vários outros, pra ver se desviam a atenção da roubalheira dos companheiros.Ou para argumentar que, sendo todo mundo corrupto, a ladroagem dos petistas estaria justificada. Esse tipo de escândalo mequetrefe, sem figurões do governo, não chama tanto a nossa atenção por ser daquele tipo rotineiro, coisa de amadores, existente desde a descoberta do Brasil. Uma gente boboca, que nem sabe alegar que não sabia de nada ou colocar a culpa em FHC. Coxinha gosta mesmo é de escândalo do PT, o partido que acabou com o amadorismo na corrupção brasileira. Corrupção do PT é sistêmica, organizada, tem planilha, rígido comprimento dos percentuais estabelecidos, operadores experientes e punho levantado na hora da prisão. Também é o único governo corrupto do mundo que tenta, exaustivamente, na internet, envolver a oposição na culpa pelo assalto ao dinheiro público administrado exclusivamente por ele. Outro aspecto impagável é que os corruptos do PT são os únicos da história da humanidade que contam como apoio de um apaixonado fã clube.
Valdir tem razão é mesmo uma pauleira a banda poderia ser chamada de Coxinhas Heavy Beats. Luiz quer ser nosso band leader a entoar velhos rocks brasilienses tipo: “Que país é este?” ou o cafona do Élton John.
Então, adeus estrada dos tijolos amarelos
Onde os cães da sociedade uivam
Você não pode me plantar na sua cobertura
Vou voltar para o meu arado
Escrever rígido “comprimento” de percentuais, em vez de cumprimento, não parece digno de um coxinha e sim de um discurso da Dilma. Sorte que agora a gente pode colocar a culpa no corretor do smartphone, que mais parece um dumbfhone.
Luiz Carlos, a qualidade do seu texto, a clareza com que expõe suas idéias, a qualidade das suas opiniões – tudo isso dá a você mil anos de perdão quando comete um pequeno equívoco de grafia.
Um abraço!
Sérgio
Sérgio, o sarcasmo refinado de Luiz Carlos, sempre bem vindo, mereceu um post meu no Facebook citando o seu comentário que termina com “…os corruptos do PT são os únicos da história da humanidade que contam como apoio de um apaixonado fã clube.” Eu acrescentaria: fã clube do tipo sócio torcedor, que ainda contribui com vaquinhas para manter esses heróis que vivem na miséria, tipo Genoíno e Zé Dirceu!