O belo disco de uma Nara alegre e segura

Nasci para Bailar, 16º LP solo de Nara Leão em 18 anos de carreira, é uma perfeita seqüência do excelente Romance Popular, seu disco do ano passado (1981). Já naquele disco, Nara havia perseguido (e alcançado) um clima alegre, jovial, forte, cheio de energia e vitalidade. Continue lendo “O belo disco de uma Nara alegre e segura”

O tempo em que Fagner era superstar na gravadora

Raimundo Fagner ainda não conseguiu vender mais discos do que Roberto Carlos – uma das muitas ambições do ambicioso cantor. Ainda não conseguiu chegar à marca de um milhão de cópias vendidas por disco – objetivo que ele pretendia alcançar já com o LP de 1980. Continue lendo “O tempo em que Fagner era superstar na gravadora”

Tom e Edu juntos, sem nenhum supérfluo

A característica mais impressionante de Edu & Tom, LP gravado em novembro do ano passado (1981) e lançado este mês (fevereiro de 1982) pela PolyGram, é a simplicidade dos acompanhamentos. Antônio Carlos Jobim e Edu Lobo são, além de compositores brilhantes, irrepreensíveis, dois dos nossos mais competentes arranjadores e regentes. Continue lendo “Tom e Edu juntos, sem nenhum supérfluo”

A estréia do Premê, num disco alegre e competente

Entre uma música e outra, no show de sexta-feira da semana passada, no Teatro Bandeirantes, e que o Canal 13 mostra hoje (dia 26 de dezembro de 1981) às 17h30, um dos músicos do Premeditando o Breque pediu aos programadores das emissoras de rádio que dessem uma chance aos novos: “As rádios ficam tocando só o Premeditando, o dia inteirinho; assim não dá, temos que deixar espaço para o pessoal novo aparecer…” Continue lendo “A estréia do Premê, num disco alegre e competente”

Uma certeza em 1981: Gal é a voz mais bonita da MPB

O gaúcho Vitor Ramil, 19 anos de idade, irmão mais novo de Kleiton e Kledir, gravou sua música “Estrela, Estrela” com um sofisticado, quase erudito acompanhamento de instrumentos de corda e de sopro, pouco comum na música popular, para valorizar a melodia bonita. Continue lendo “Uma certeza em 1981: Gal é a voz mais bonita da MPB”

No tempo em que o Rumo era um grupo novo

Os ouvidos que preferem repetição e a redundância (ouvidos que se chocaram com as guitarras elétricas e a colagem de imagens de “Alegria, Alegria”, ou com a justaposição concretista de vozes de ou não, o primeiro LP de Walter Franco, por exemplo), esses ficariam igualmente chocados ao ouvir o grupo Rumo interpretar músicas como “Canção Bonita”. Continue lendo “No tempo em que o Rumo era um grupo novo”

Do forte ao sutil, na soma de Fagner

Os fanáticos com a arte irremediavelmente presa às raízes, os que não aceitam mistura ou evolução, as pessoas que acham que lugar de músico crioulo é (só) na quadra da escola de samba, ou na Marquês de Sapucaí, e que lugar de músico nordestino é (só) nos forrós, puxando xote e baião, esses devem passar bem ao largo de Traduzir-se, 8º LP de Raimundo Fagner. Continue lendo “Do forte ao sutil, na soma de Fagner”