“Mas a senhora veio pedir asilo? Não pode voltar ao Brasil? É isso?”

Escrevo este artigo na quinta-feira, 21 de abril, dia em que dona Dilma embarcou para Nova York determinada a fazer um pronunciamento bomba no plenário da ONU e, também, se puder, repeti-lo em entrevistas a jornalistas que estão cobrindo a Conferência. Continue lendo ““Mas a senhora veio pedir asilo? Não pode voltar ao Brasil? É isso?””

Do ABC aos grotões

O mapa da votação na Câmara Federal aponta uma dessas ironias da História. No seu nascedouro, no ABC paulista, o lulo-petismo pintou como produto da modernidade do desenvolvimento capitalista – a exemplo de outros partidos operários que se erigiram em poder em países capitalistas e, de fato, criaram um ordenamento social mais justo. Continue lendo “Do ABC aos grotões”

É o fim

Entre 130 e 135 votos declarados em um colégio de 513 deputados. Isso é o máximo que a presidente Dilma Rousseff, o ex Lula, o PT e companhia conseguiram arregimentar em meses de despudoradas barganhas para evitar o impeachment. Um fiasco que, independentemente do resultado da votação deste domingo, sepulta o governo. Continue lendo “É o fim”

Ética?

Coitadinho do Brasil! Foi tomado por algum mosquito que além de dengue, chicungunha, zika, febre amarela, mexe com a sanidade mental de quem deveria ser firme e claro em suas decisões e posturas. Continue lendo “Ética?”

Beijou a lona

A presidente Dilma Rousseff pode não admitir. Pode fazer leitura cor-de-rosa da votação na Comissão Especial da Câmara, mas não conseguirá empanar a nua e crua realidade. O governo beijou a lona no primeiro round do impeachment. Continue lendo “Beijou a lona”

Olho gordo

Tema único na agenda, na cabeça e no discurso da presidente Dilma Rousseff, o impeachment tem acentuado o distúrbio bipolar que desde sempre acomete o seu governo. Nesta última semana, os altos e baixos que até pouco tempo a psiquiatria classificava como maníaco-depressivos oscilaram com velocidade estonteante. Como espasmos, Dilma, Lula e os seus cantaram vitórias e amargaram derrotas sucessivas. E não conseguiram debelar os surtos. Continue lendo “Olho gordo”

Há as mentiras, os slogans. E há os argumentos

Dilma Rousseff e os que ainda a defendem repetem palavras de ordem, slogans, cânticos, mantras. Não vai ter golpe, não vai ter golpe, não vai ter golpe. Acostumaram-se a crer na velha máxima: se uma mentira for repetida à exaustão, as pessoas passam a acreditar que é verdade. Continue lendo “Há as mentiras, os slogans. E há os argumentos”

Vivandeiras e provocadores

Em momento tão conturbado da vida política nacional é importante registrar um fato: a crise, ao menos por enquanto, passa ao largo dos quartéis. É irrelevante aqui discutir se isto acontece porque os militares já não têm a mesma força política de 1964, ou porque a comunidade internacional e os brasileiros não aceitam mais soluções fora do escopo do Estado de Direito Democrático. Continue lendo “Vivandeiras e provocadores”

Democracia não tem cor

Intolerância, baixaria de todos os lados, muito fígado e nenhum cérebro. Assim tem sido o cotidiano da crise. Um clima de litígio aguçado cotidianamente na sede do Poder Executivo da República. Ali, a presidente Dilma Rousseff promove comícios travestidos de cerimônias oficiais em que a plateia – e ela própria – aplaude a incitação ao ódio, embora finja pregar o diálogo. Continue lendo “Democracia não tem cor”