Vai melhorar (3)

Desmontar as bases de uma política econômica que vinha sendo seguida ao longo de cerca de dez anos não é tarefa fácil.

Há uns dez anos os governos lulo-petistas vinham direcionando a política econômica para o fundo do poço. Tiveram, com cinco anos, 4 meses e 12 dias de desatino, de alucinação sob o comando de Dilma Rousseff, absoluto sucesso: enfiaram o Brasil na sua mais grave crise econômica (para não falar das crises política e moral). Continue lendo “Vai melhorar (3)”

Tempos de ira

Viramos o século 20 com uma chama de esperança. A queda do muro de Berlim, o fim do apartheid, o colapso da ditaduras latino-americanas e o advento da globalização justificavam tais sentimentos. A Primavera Árabe reforçou mais ainda a impressão de que os valores da democracia ocidental se afirmavam em escala planetária. Continue lendo “Tempos de ira”

A ameaça de Lula

Hábil na escolha das frases e na mixagem dos tons — do sério ao indignado, do didático ao malandro –, o ex-presidente Lula ainda tem domínio de palco. Mas, definitivamente, já não é o mesmo. Se consegue empolgar a torcida, o faz com uma fórmula gasta e repetitiva, incapaz de ultrapassar os limites da fé cega de seus fãs. E, como sempre, excede na torção dos fatos a seu bel prazer e conveniência, nos impropérios ou na simples mentira. Continue lendo “A ameaça de Lula”

Será que isso não basta?

O procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira, e o auditor fiscal da mesma instituição, Antonio Carlos Costa D’Ávila, testemunhas, e os senadores Lindbergh Farias, Gleisi Hoffmann e Vanessa Grazziotin, que atuaram ontem na sessão da Comissão do Senado Federal que analisa o impeachment de Dilma Rousseff, pareciam pessoas de épocas e mundos distintos; ninguém diria, ao vê-los e ouvi-los, que são cidadãos do mesmo nível social e, imagino eu, com escolaridade semelhante. Continue lendo “Será que isso não basta?”

Vai melhorar

Vai melhorar. Não há dúvida, é certeza: vai melhorar. Já começam a aparecer os primeiros sinais.

São “vários sinais de melhora nas expectativas”, escreveu Míriam Leitão no Globo na terça, dia 7. Continue lendo “Vai melhorar”

Apocalypse Now?

O mundo da política vive o seu Apocalypse Now sem que se vislumbre como será o Day After, ou quem sobreviverá dos seus escombros. O pedido de prisão do ex-presidente José Sarney, do presidente do Senado, Renan Calheiros, do presidente em exercício do PMDB, Romero Jucá, e do presidente da Câmara com mandato suspenso, Eduardo Cunha, pode não ser ainda o fim do sistema político-partidário do país, mas muito provavelmente é o princípio do seu fim. Continue lendo “Apocalypse Now?”

De volta ao passado

Satanizar o capital privado, o mal em si, e santificar a economia de Estado, que reúne os puros e bem-aventurados. Não importa se isso remete o país ao século passado ou ao anterior. Na cabeça dos profetas do atraso vale tudo para espicaçar o governo do interino Michel Temer e seus apoiadores. Esse é o intuito da campanha “Se é público é de todos”, a ser lançada amanhã, no Rio, tendo o ex-presidente Lula como convidado de honra. Continue lendo “De volta ao passado”

Nem sempre a pressa é inimiga da perfeição

Como escrevo para este Blog há quase 11 anos, imagino que alguns leitores já me conheçam e saibam o quanto sou apaixonada pela imprensa. Um dia sem ler o jornal é impensável. Ler pelo menos um jornal e ler todo o Blog do Noblat, inclusive o twitter do Blog, são, para mim, a melhor maneira de começar o dia. Continue lendo “Nem sempre a pressa é inimiga da perfeição”

Um olho no peixe, outro no gato

Um governo sitiado: assim podemos definir a situação do presidente interino Michel Temer, três semanas após a sua posse. Não tanto pela ação do adversário, embora esta venha acontecendo em escala crescente, mas principalmente pelas contradições inerentes ao modelo que adotou. Continue lendo “Um olho no peixe, outro no gato”

Contrato de risco

Michel Temer fez um contrato de risco na composição de seu governo. Sabia que estava sujeito a trovoadas e tempestades ao ceder espaços a políticos e parlamentares arrolados – e enrolados – nas investigações da Lava-Jato. Continue lendo “Contrato de risco”

A 133 dias das eleições

Daqui a exatos 133 dias os brasileiros vão às urnas escolher prefeitos e vereadores das 5.570 cidades do país. Mas, ainda que seja o pleito de maior proximidade entre o eleitor e o eleito, a disputa municipal está bem longe de despertar emoções. Perde feio para a crise econômica, política e moral, para o desemprego e a corrupção. E seu calendário mistura-se ao de votação, pelo Senado, do destino da presidente afastada Dilma Rousseff. Continue lendo “A 133 dias das eleições”