Robson Costa era um excelente copy, português perfeitíssimo; era mais um produto do bom jornalismo e das boas escolas de Minas importado pelo JT no início dos anos 70. Era também um sujeito tremendamente tímido – pessoa extraordinária, do bem, mas tímido. Continue lendo “Historinhas de redação (13): a Olivetti do Robson”
No tempo de Dick Tracy na Sala de Imprensa
Dick Tracy entrando na chefatura de polícia? Bem, o personagem usava capa de chuva e chapéu, como o detetive das tiras dos jornais americanos da década de 1930. Mas não era um detetive, era um repórter policial. Continue lendo “No tempo de Dick Tracy na Sala de Imprensa”
Denise
Denise poderia ser personagem de um filme de Claude Sautet. Claude Sautet criava personagens que “mascaravam em grupo sua solidão” – e a frase vai entre aspas porque é uma citação; eu não seria capaz de criá-la. Continue lendo “Denise”
Historinhas de redação (12): o demitido continua trabalhando
Engana-se quem achar que nunca antes na história deste país aconteceu um caso como o desse afável Luiz Antônio Pagot, o diretor do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), que, pego com a boca na botija, foi afastado do cargo mas continuou nele. Continue lendo “Historinhas de redação (12): o demitido continua trabalhando”
A greve dos jornalistas, assunto muito sério
A greve dos jornalistas de São Paulo teve episódios cômicos, alguns absolutamente hilariantes – como, por exemplo, o diálogo entre o dr. Ruy Mesquita e Nicodemus Pessoa, os dois chacoalhando o gelo em seus copos de uísque, ou o refrão berrado pelos piqueteiros diante do prédio do Estadão para Luiz Fernando Emediato, lá na redação, no sexto andar: “Luiz Fernando Emediato / Desça Emediatamente!” Continue lendo “A greve dos jornalistas, assunto muito sério”
Historinhas de redação (11): o capital e o trabalho
Pessoinha chacoalhou o gelo do copo de uísque, na sala da casa do dr. Ruy Mesquita, olhou nos olhos do patrão, apontou contra ele o indicador, e disse:
– ‘Ruy, você é o capital. Eu sou o trabalho.” Continue lendo “Historinhas de redação (11): o capital e o trabalho”
Historinhas de redação (10): Bill e a enchente
Num daqueles dias de enchente, Marginal do Tietê alagada, Bill Duncan, editor de Economia do Jornal da Tarde, chega ao trabalho com água pingando dos cabelos, descalço, carregando ostensivamente sapatos e meias encharcados. Continue lendo “Historinhas de redação (10): Bill e a enchente”
Revolta
Sempre trabalhei fora e nunca senti por parte dos meus colegas homens ser considerada diferente no quesito capacidade pelo fato de ser mulher. Continue lendo “Revolta”
Ulysses Alves de Souza
O jornalismo brasileiro perdeu esta semana Ulysses Alves de Souza, que participou das equipes que criaram o Jornal da Tarde, em 1966, e da revista Veja, em 1968. Continue lendo “Ulysses Alves de Souza”
Reconheceram o roubo do meu texto
Tiraram do ar o meu texto que havia sido roubado e publicado sem qualquer crédito num fórum de leitores abrigado no UOL, o Fórum do UOL Jogos. Continue lendo “Reconheceram o roubo do meu texto”
Roubaram meu texto
Roubaram um texto meu. Pegaram um texto meu e republicaram – numa página dentro do UOL, da Folha de S. Paulo – sem qualquer tipo de menção da autoria. Continue lendo “Roubaram meu texto”
As tragédias de Realengo
Os explicadores de tragédia e consertadores das portas arrombadas viveram intensos momentos de glória nas TVs, nas rádios, nos jornais e na internet depois da tragédia da escola do Realengo. Continue lendo “As tragédias de Realengo”
Historinhas de redação (9): João Werneck e o foca
– Serginho, Vivaldi escreveu mais de 500 concertos. Ainda não ouvi todos, e muitos deles ainda não ouvi tantas vezes quanto gostaria. Continue lendo “Historinhas de redação (9): João Werneck e o foca”
Historinhas de redação (8): “Vai torcer com nós!”
Era um sábado à tarde e o Toninho Boa Morte, sempre com seu terno cinza, sorriso de quem está bem com a vida, passava pelo estádio do Pacaembu. Viu a grande movimentação e perguntou quem estava jogando: Continue lendo “Historinhas de redação (8): “Vai torcer com nós!””
Antônio Carvalho Mendes, RIP
Antônio Carvalho Mendes adorava o que fazia. Só essa característica já bastaria para torná-lo um jornalista diferente da imensa maioria: em geral, os jornalistas gostariam de estar fazendo outra coisa, cobrindo outro tipo de assunto, trabalhando em alguma outra função, numa outra empresa, num outro veículo de preferência com salário melhor que o seu, é claro – ou simplesmente prefeririam não estar trabalhando. Continue lendo “Antônio Carvalho Mendes, RIP”