Admirável mundo doido

Ora, minhas amigas e meus amigos, estou pensando em me dar menos trabalho para escrever os textos deste nosso blog. Na verdade, já me sinto bem ultrapassado pelas maravilhas correntes nos dias de hoje. Vou dar as iniciais do que estou falando: IA.

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Harmonização!

O tititi da semana ficou por conta da harmonização facial feita pelo ator Stenio Garcia.

Tem uma enxurrada de comentários nas redes sociais sobre o pega, estica e puxa que fizeram na cara dele. Continue lendo “Harmonização!”

Fórmula 1

Como escreveu nossa querida Rita Lee: “um belo dia decidi mudar”.

Suponho que irei me arrepender, mas hoje, como exercício, não ficarei descendo a lenha nas coisas. Não vou salvar o mundo, nem quero que concordem comigo. Seria pedir demais. Afinal, não estou aqui para esclarecer, eu quero é confundir. Continue lendo “Fórmula 1”

Mágoas e mentiras

     É de ladrãozinho sem vergonha para baixo, até chegar a rato de esgoto, que o ex-aliado figadal Abraham Weintraub trata, em declaração recente, seu ex-chefe, por quem daria os próprios dentes nos tempos em que o bolsonarismo — o que quer que esse palavrão signifique — era a ilusão de muita gente descabeçada e o pesadelo dos que tinham a cabeça no lugar.

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Resistir além da vacina

Ora, o idoso vai ter que exercer a arte do transformismo para garantir o seu direito de ir e vir. Terá que vencer a repressão dos filhos, adoráveis, mas com excesso de zelo. Veja só. Até poucos anos atrás, tendo abandonado (compulsoriamente) o volante de um carro, pegava seu ônibus, depois o metrô, e atendia a seus compromissos.
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Lendas marcianas

Estava pensando sobre os futuros julgamentos dos golpistas de 8/1 quando me lembrei (velho sempre se lembra das coisas muito tempo depois) que meu amigo marciano prometera em dezembro passado levar para Marte os acampados aloprados e, de quebra, os respectivos QGs do Exército em frente aos quais se aglomeravam país afora. 

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Valeu, Xandão (2)

Uma pilha de repórteres se amontoava dentro e fora da delegacia. O delegado tentava dar respostas objetivas, mas abusava das metáforas. O leite azedou, dizia ele, e o amontoado de repórteres queria saber a marca do leite para informar à população, de modo a não comprar coisa que não presta.  Continue lendo “Valeu, Xandão (2)”

Tomou?

Tomou?

Repetindo aqui a pergunta dos bichinhos da Parmalat pro Bolsonaro: tomou?
Se não tomou a vacina, como ele próprio afirmou, por que então tem um cartão de vacinas atualizado como se tivesse recebido o imunizante? Não só ele. Até a filha menor de idade recebeu o “diploma” de vacinada pra poder viajar com o pai aos Estados Unidos. Continue lendo “Tomou?”

Mário de Andrade caminha

Mário de Andrade caminhava pela Rua Barão de Itapetininga. Sem pressa. O centro da cidade o atraia. Espiou a vitrine de uma livraria, cogitou tomar um café. Mas foi em frente. Na mesma toada branda chegou à Praça da República. Cumprimentou mentalmente o prédio do Colégio Caetano de Campos, deu mais alguns passos e… entrou na estação do metrô.

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Valeu, Xandão!

O gado está quieto. Tudo de orelha em pé. Mas quieto. Nem latidos dos cães mais fiéis se ouvem. No curral, um forte cheiro de estrume exala. Fracos mugidos nos cantos escuros ressoam.                             Continue lendo “Valeu, Xandão!”