O muro e a grade

Em frente à nossa casa havia um muro, com cerca de um metro de altura e mais de vinte centímetros de largura. Baixo e largo, acabou virando um imenso banco onde os estudantes se assentavam à espera do ônibus que os levaria ao Colégio Estadual. Continue lendo “O muro e a grade”

Uma formiguinha

Era uma vez uma formiguinha que saiu pra passear, andou, andou, andou, despencou. Isso é cantado enquanto um dedo matreiro vai fazendo cócegas na criança, que quase se desmancha e rola de rir. Pode ser assim, simples, o jeito de levar a vida. Não é mania atual, sempre houve, mas como está ocorrendo agora, no presente, fico alarmado com o excesso de complicação no falar, no agir e no pensar de tanta gente. Continue lendo “Uma formiguinha”

O nome de Thor

O nome de Thor, filho de Eike Batista, envolvido no acidente com o ciclista na Baixada Fluminense, remete automaticamente ao personagem principal da mitologia nórdica. Lá, o deus Thor é uma espécie de Zeus, cuja contrapartida ao Olimpo é Asgard. Continue lendo “O nome de Thor”

O direito de ir e vir

A moça síria e o moço druso se amam e querem viver juntos. Eles se conheceram em Damasco, estudantes. Entre o gostar e o viver juntos, porém, existe uma barreira desumana. Um muro, uma fronteira canalha como tudo o que existe para impedir que homens e mulheres convivam normalmente. Continue lendo “O direito de ir e vir”

Eu, Polidoro

“Eu, Polidoro.” Essas eram as primeiras palavras de um texto curto que eu teria de dizer. Depois eu morria. Acho que minha magreza naqueles tempos inspirou meus colegas a me indicarem para o papel na peça dirigida pelo professor Ítalo Mudado. Continue lendo “Eu, Polidoro”