É esquisito, mas, ás vezes, tenho a sensação de que já fui feliz. Completamente. Continue lendo “Mal rompe a manhã”
Viajando no Padre Antonio Vieira
Viajei com meus amigos para Bilbao, para enfrentar um desafio e buscar uma vitória. Enfrentamos os obstáculos e conquistamos o que queríamos, ao final de três longos dias de muita conversa e chuva. Continue lendo “Viajando no Padre Antonio Vieira”
Concerto para clarineta
Sempre que chove à noite como hoje aqui em Campinas, uma chuva mítica e de lentos espantos, lembro de Lars Bjenikold. Imagine uma pequena cidade perdida no litoral do Pará, onde a estação das águas provoca dias de umidade tão intensa que as gotas de vapor chegam a escorrer em nossa própria alma. Pois ali eu tinha uma casinha, franciscana e simpática, há tempos. Continue lendo “Concerto para clarineta”
O repórter vai atrás do diamante puro
Falo por mim, mas sei que repórteres adoram quando acham (ou lhes cai no colo) um personagem sob medida para sua matéria. Agora, esse personagem é como diamante. A menor imperfeição compromete a qualidade. Continue lendo “O repórter vai atrás do diamante puro”
Culpa de quem?
Mesmo tendo sido criada em fazenda, custei a conviver com tratores.
Meu pai, mineiro, antigo, cauteloso, incapaz de um passo maior que as pernas, pelejava com arados e carros de bois. Continue lendo “Culpa de quem?”
Os órfãos e os roedores do Estado
Existe gente que, diante de qualquer problema, clama pela bênção do Estado ou do governo do momento. Muitas são as tarefas que o poder, representante dos eleitores e cidadãos, arrecadador voraz de impostos, deve assumir. Continue lendo “Os órfãos e os roedores do Estado”
A moça da tarde
Foi então que, meio na fossa, resolvi, naquele verão, ir para uma cidadezinha na região de Serra Negra para procurar, como se dizia antigamente, meu eixo. Instalei-me numa pousadinha barata e, em poucos dias, estava relativamente bem inserido num pequeno grupo que, todo fim de tarde, ia tomar seus drinques no Ponto Chic. Continue lendo “A moça da tarde”
O avô e o neto
Mandei mensagem à minha filha, que estava fora de casa: “Não conte para o César, mas estou usando a caneca do Batman”. Não vejo problema em um avô usar a caneca do neto, às escondidas. Continue lendo “O avô e o neto”
Reticências, vírgulas, parágrafos
Um dia, vendo um de meus filhos extasiados diante do aparelho preferido, não resisti:
— Até parece que você nasceu vendo televisão, filho. Continue lendo “Reticências, vírgulas, parágrafos”
Josino, nosso pai
Os dois tomaram o ônibus na rodoviária de Belo Horizonte. Seu destino era Três Pontas mas, naquele horário, só havia condução até Varginha. Continue lendo “Josino, nosso pai”
A estátua
A rigor, a cidadezinha de Corumbebatêua, no litoral maranhense quase divisa com o Pará, ainda é um lugar paradisíaco. Praias lindas, poupadas e limpas, rodeadas por mangues absolutamente íntegros, vive dias de ventos constantes e noites de estrelas indesmentíveis. Continue lendo “A estátua”
Pouco, quase nada
De vez em quando, por e-mail ou pelo correio, alguns estudantes pedem minha biografia. Capas e contracapas de livros dizem pouco, quase nada, garantem. Continue lendo “Pouco, quase nada”
Com medo de ser infeliz
Tenho medo, nojo e ódio de qualquer ditadura. Era um menino, nos idos de 1964, e passei mais de 20 anos sofrendo com a convivência diária com a ignorância e a violência do regime militar. Eu o combati com as armas que tinha e me pareciam justas: idéias e canções. Continue lendo “Com medo de ser infeliz”
Pescador de livros
Uma vez, uma só, sonhei ser repórter em Berlim. Continue lendo “Pescador de livros”
Os poetas no meu caminho
Uma centena de pessoas se reúnem para homenagear Wander Piroli, pessoa, jornalista e escritor de primeiríssima qualidade. Ele se foi, mas sua imagem fica. Falando nele, é como se o víssemos retornar ao nosso convívio. Continue lendo “Os poetas no meu caminho”