Richard Dreyfuss foi um dos rapazes do meu bairro. O pornógrafo de Inserts, o jovial Dreyfuss de Jaws, o obcecado Dreyfuss de Close Encounters foram meus vizinhos. Mais do que esses, saído da minha rua colonial de Luanda, seria ou foi o Dreyfuss de American Graffitti.
Genoino, condenado por desobedecer leis, apto a escrever leis
“Tenho a consciência serena dos inocentes”.
José Genoino é um homem de palavras e sentenças cortantes. Continue lendo “Genoino, condenado por desobedecer leis, apto a escrever leis”
Avacalharam a língua portuguesa
Avacalharam a língua portuguesa. Com esse acordo ortográfico mal ajambrado, porco, criaram um desacordo fenomenal entre os países de língua portuguesa – em especial entre Brasil e Portugal. Continue lendo “Avacalharam a língua portuguesa”
O cadáver adiado
No Brasil, tratava-se fundamentalmente de sacrificar o trema e o acento agudo em meia dúzia de casos. E ninguém se resignava às regras absurdas de emprego do hífen… Com isso, bastou o abaixo-assinado de uns 20 mil cidadãos para se adiar a aplicação de uma coisa trapalhona denominada Acordo Ortográfico (AO). Os políticos ouviram a reclamação, estudaram-na e assumiram-na, e a sr.ª Rousseff decidiu. Continue lendo “O cadáver adiado”
As últimas sandices de 2012
Com a genial ideia de confeccionar mais de 500 cédulas com 463 páginas para votar de uma só vez 3.060 vetos, vários encalhados há mais de 12 anos, o senador José Sarney (PMDB-AP) atingiu o ápice nas trapalhadas que assolaram o país nas últimas semanas. Continue lendo “As últimas sandices de 2012”
Heróis do mundo, heróis de mim
São heróis. Voltei a pensar neles enquanto via o último filme de Clint Eastwood, pai e filha. Temos a cabeça e o coração cheios deles. Sabemos bem que não são só nossos, que são heróis do mundo todo, de todo o mundo. Mas acreditamos que é mesmo a “mim” que eles querem e tratam de forma especial. Continue lendo “Heróis do mundo, heróis de mim”
Um ato pró-impunidade
Ficou tudo para o ano que vem. Os mensaleiros não foram presos em 2012 por causa do “trânsito em julgado” e dos “embargos infringentes”. Continue lendo “Um ato pró-impunidade”
O pecado da gula
Na última quinta-feira, na mesma cerimônia em que a presidente Dilma Rousseff anunciou a concessão dos aeroportos do Galeão e de Confins para a iniciativa privada, o País ganhou mais uma empresa estatal, a Infraero Serviços. Continue lendo “O pecado da gula”
O Natal vem de bicicleta
O Natal é uma bicicleta e um par de patins. Foi assim que, pela primeira vez, fomos ver os “malucos”. Um bando de putos de bicicleta e um deles, mania da originalidade, com um belo par de patins. Continue lendo “O Natal vem de bicicleta”
Revel passou por aqui
Entre o fim do mundo e o Natal (se este acontecer é sinal que o primeiro falhou) há um bom tempo para dedicar um pouco de atenção a reflexões que não perdem a validade nunca e às vezes parecem mais atuais quanto mais o tempo passa. Continue lendo “Revel passou por aqui”
Lula e o fim do mundo
Garante o calendário maia que o mundo vai acabar na próxima sexta-feira, dia 21. Era para ser em 2011, mas houve erros nos cálculos. Agora, asseguram: desta semana não passa. Continue lendo “Lula e o fim do mundo”
Inventores de escândalos
Ficamos sabendo pelo jornal francês Le Monde que a presidente Dilma, que está de viagem por aquelas paragens, não tolera a corrupção. Continue lendo “Inventores de escândalos”
Hard lessons in economics
It is a free country and it is a free market. So why is it that suddenly things got so uncomfortable for some Brazilian businesses in Framingham? Continue lendo “Hard lessons in economics”
Chapéu alheio
O tempo dirá do acerto ou não da revista inglesa The Economist ao sugerir que Dilma Rousseff mude sua equipe econômica se quiser encarar um novo mandato. Mas tudo leva a crer que a despropositada reação da presidente ao artigo seja mais do que uma corriqueira irritação. Continue lendo “Chapéu alheio”
Uma solidão de Vitor Gaspar
Há filmes que gosto de ostentar, há filmes que gosto de esconder. Exibo Playtime, do francês Jacques Tati, como um dos meus emblemas de bom gosto, comédia saturada de inteligência e invenção, coberta, se olharmos bem, por um imaculado lençol de lírica tristeza.