Lincoln, de Steven Spielberg, é um superlativo elogio da prática da democracia, ou melhor, da sua “praxis”, como grita o recalcado marxista de 20 anos que, clandestino e bilioso, rumina nas profundas do meu fígado.
Desordem e Retrocesso
Ô, Brasil, por quem foi que te trocaram? Não és mais o meu país. Esse clima de ódio, de hostilidade, de raiva, de desamor, isso não é nosso. Quem foi o infeliz que te injetou esses sentimentos negativos? Quem fez questão de imitar quem não devia? Continue lendo “Desordem e Retrocesso”
Democracia: agite antes de usar
Alguma outra vez neste país a democracia foi usada para defender uma ditadura? Continue lendo “Democracia: agite antes de usar”
Pergunte ao eleitor
A tão propalada e sempre adiada reforma política, citada e recitada como a mãe de todas, ganhou novo alento na semana que passou. Foi estrela no lançamento da Campanha da Fraternidade 2013 da CNBB e aglutinadora de 35 entidades civis, capitaneadas pela Ordem dos Advogados do Brasil, que pretendem vê-la transformada em emenda popular. Continue lendo “Pergunte ao eleitor”
A mulher que não viveu nenhuma vez
Se o Jimmy Stewart (Scottie) de Vertigo é Orfeu, Orfeu somos todos nós ou é qualquer um. Orfeu amava tanto Eurídice que, desesperado com a morte dela, desceu aos infernos para a resgatar, tocando a sua doce lira. Correu mal, claro. Continue lendo “A mulher que não viveu nenhuma vez”
A Luz e a Treva
A Igreja Católica é composta por seres humanos. Não é uma entidade abstrata, uma parte do éter que se materializa ali na Cidade do Vaticano. Foi fundada por homens e desde seus primórdios passou pela Luz e pela Treva, ora foi dominada pelo Bem, ora pelo Mal. Continue lendo “A Luz e a Treva”
De quem é o petróleo?
Tudo o que a Petrobrás podia fazer de errado, fez. Usada como massa de manobra política nos governos anteriores do PT, paga agora o preço que a presidente Maria das Graças Foster tem que carregar nas costas. Continue lendo “De quem é o petróleo?”
Alegoria dilmesca
Um Ministério para selar a cooptação do PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab, um a mais para o PMDB, e outro de volta para o PR. O mesmo PR, sufocado por denúncias de corrupção, que a presidente Dilma Rousseff, fantasiada de faxineira, espanou do Ministério dos Transportes. Continue lendo “Alegoria dilmesca”
Pedagogia e lagosta fria
Toda a pedagogia é amoral. Penso nos heróis hedonistas de um certo filme, eu que já estou mais para Maurice Chevalier (Honoré) do que para Louis Jourdan (Gaston). Recomendo o filme a Nuno Crato, talvez o único consensual galã do governo, que não desmereceria no papel de Gaston ao lado da juvenil Leslie Caron (Gigi).
O mensalão e a zarzuela
Nem o mensalão espanhol de Mariano Rajoy conseguirá ser tão divertido quanto o nosso. Continue lendo “O mensalão e a zarzuela”
Aprendiz de Sarney
Olhos mareados, voz embargada, choro. Não fosse um rol de deslavadas mentiras, o discurso de José Sarney na última sessão em que presidiu o Senado seria de fazer orgulho. A ele, ao Parlamento, ao País. Continue lendo “Aprendiz de Sarney”
Noites de ponta e mola
A ponta e mola brilhou numa noite dos meus 14 anos. Voltei a vê-la em The Outsiders e Rumble Fish de Francis Coppola, filmes que depois me mostraram o espectáculo da morte a que aos 14 anos não assisti. Mas conto.
Quantas palavras são necessárias para um bom entendimento?
Se o ouvinte ou leitor for inteligente e de boa fé, basta meia palavra ou até somente uma sílaba.
Se ele for pouco inteligente, mas de boa fé, com paciência e calma um bom amigo ou um professor dedicado conseguirá que ele compreenda o que lê ou ouve. Continue lendo “Quantas palavras são necessárias para um bom entendimento?”
O espírito do tempo
Assombrados, vemos um senador que foi obrigado a deixar a presidência do Senado por ligações suspeitas com empreiteiras e por uso de notas fiscais falsas voltando à presidência do Senado. Continue lendo “O espírito do tempo”
Supremo forte
Os Poderes são três, mas só um tem a força das armas e o controle efetivo da execução orçamentária. Será esta a origem da surpresa pública ao um deles se pronunciar de forma independente nos dias de hoje? Continue lendo “Supremo forte”