Eu só queria entender

Dizem que nas décadas de 20 e 30 do século passado a moral das classes altas e a da classe artística era muito elástica, ou melhor, era muito frouxa. As aparências enganavam, a hipocrisia campeava. O uso da droga era muito difundido, o álcool era livre, o adultério era quase obrigatório, os casamentos eram um contrato comercial e patrimonial, mais do que tudo. Continue lendo “Eu só queria entender”

Adriana de babar

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Adriana Calcanhotto é mulher de mil caras. Se fosse atriz, seria do tipo Meryl Streep, Bridget Fonda, Carey Mulligan, que em cada filme têm uma cara – nunca, por exemplo, do tipo Meg Ryan ou Keira Knightley, duas gracinhas, mas que têm a mesma cara em todos os filmes, sejam comedinhas ou dramas pesados. Continue lendo “Adriana de babar”

Zeladoria Gramatical

O grito da sirene morre em uma freada brusca. A equipe desce do carro e invade o restaurante, com a autoridade da fiscalização. “Aqui está tudo certo, casa limpa, alimentos frescos, higiene absoluta” – defende-se o dono. “Sim”, diz o fiscal. “Mas o senhor está preso e vamos enforcá-lo.” Continue lendo “Zeladoria Gramatical”

Dirceu, fiscal de Sarney

José Dirceu é mesmo o máximo. Ministro-chefe da Casa Civil e homem de confiança do presidente Lula, foi desapeado do Planalto em junho de 2005 quando as denúncias do mensalão começaram a esbarrar no chefe-maior, que o tinha como capitão do time. No fim do mesmo ano teve seu mandato de deputado federal cassado. Continue lendo “Dirceu, fiscal de Sarney”

Quase não houve show

Eu tinha um show com o Geraldo Vianna e o Trio Amaranto, no Sesc Palladium, às 8 da noite do último domingo. Depois de uma tarde calma e alegre com filhos e netos, saí de casa com uma hora e meia de antecedência. Com o trânsito normal não demoraria 15 minutos para chegar ao destino. Continue lendo “Quase não houve show”

Na solidão fria do armário

Por maior que seja, o armário é sempre apertado, escuro. Sufoca, oprime, fere de morte. Dentro dele falta o ar que alimenta, a visão do horizonte. Falta espaço pra sorrir, gritar, só não falta para o choro e o ranger de dentes. Viver no armário machuca a gente e quem nos espera de braços abertos lá fora: a vida, o mundo, o amor.
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O apartador de brigas

Ironias do destino: precisamos dos préstimos do moralíssimo e pragmático PMBD (“um ajuntamento de assaltantes”, na definição do mercurial fraseologista Ciro Gomes) para evitar – ou pelo menos amenizar – os ataques compulsivos do petismo contra a institucionalidade. Continue lendo “O apartador de brigas”

Más notícias do país de Dilma (97)

Em seu 13ª pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, em apenas dois anos e quatro meses, a presidente da República mais uma vez pintou aquele quadro cor-de-rosa sobre a situação do Brasil que Lula e ela criaram: “enquanto lá foram cresciam o desemprego e as perdas salariais, aqui ocorria exatamente o contrário”. Continue lendo “Más notícias do país de Dilma (97)”

Um homem de moral

Dr. Vanzolini foi uma figura especial. Além de se um cientista de renome internacional, a quem o Brasil deve muito sobretudo por suas pesquisas que dão importância ao Instituto Butantã, de São Paulo, era um grande compositor, autor de letras imortais, boêmio por natureza e grande amante da cidade de São Paulo. Continue lendo “Um homem de moral”

Construir, destruir

Semear, plantar, colher. Muita gente no mundo se esmera em construir, para si ou para outros. Formar uma família é um prazer e quase um dever para os que amam a vida e querem que ela prossiga de um jeito amoroso, pacífico e sempre renovador. Se existem tristezas em nossa existência, que ao menos não sejamos responsáveis por elas. Continue lendo “Construir, destruir”