Pela primeira vez pisarei no palco da casa do amigo e lá ele não estará. A vida nos deu a pessoa extraordinária, o amigo de todas as horas, o amigo de todos, e de repente, traiçoeiramente, nos levou a figura amada. Continue lendo “Jorge e o feitiço mineiro”
Um autor, dois ladrões
É um livro, Taxi Driver, e começa exactamente onde o filme começou. Começa na cabeça de Paul Schrader. Da página 12 à 24, numa entrevista catártica, o livro mostra os miolos do seu criador. Continue lendo “Um autor, dois ladrões”
De conversa em conversa
Lula, 1º e Único Coração do Brasil, ganhou meu aplauso quando declarou que no Congresso Nacional, do qual ele fazia parte, havia 300 picaretas. Isso foi há muitos anos. Desde então, de conversa em conversa, ele veio se chegando até se tornar a Suprema Distinção entre os picaretas. Que já dobraram de número, tal qual coelho… Continue lendo “De conversa em conversa”
“Desde o surgimento da internet todo mundo é fascista”
A observação foi feita em tom irônico pelo professor norte-americano Douglas Harper em seu dicionário etimológico, e convenientemente lembrada esta semana pelo crítico literário Sérgio Rodrigues em seu blog. Esse passou a ser o xingamento campeão nas redes sociais. Continue lendo ““Desde o surgimento da internet todo mundo é fascista””
Más notícias do país de Dilma (121)
Este é um governo que acredita em Papai Noel, Saci Pererê, Eike Batista, fadas e duendes. Continue lendo “Más notícias do país de Dilma (121)”
Suportes físicos: o cerco se fecha
Hoje eu vi, com estes olhos que a terra há de comer depois de virar cinza, a Compact Blue começar a fechar sua última porta. Continue lendo “Suportes físicos: o cerco se fecha”
Go home, petroleiras
Existe alguma coisa mais inútil, ociosa ou ridícula do que a discussão semântica sobre privatização ou concessão? Pode ser, mas vai ser difícil encontrá-la. Continue lendo “Go home, petroleiras”
Más notícias do país de Dilma (120)
Seria apenas ridículo, risível, se não fosse sério, grave, absurdo: na mesma semana em que a presidente Dilma Roussef se tornou recordista em pronunciamentos em rede nacional de rádio e televisão, a TV estatal criada pelo governo Lula, e por isso muitas vezes chamada de TV Lula, deixou, pela primeira vez em sua existência, de transmitir ao vivo o Roda Viva, o tradicional programa de entrevistas da TV Cultura de São Paulo. Continue lendo “Más notícias do país de Dilma (120)”
O exemplo de “O Globo”
Há quase 50 anos, acontecia o fatídico 31 de março de 1964. Meio século depois, é muito bem-vindo o editorial em que o jornal O Globo reconhece, sem meias palavras, que “apoiar a ditadura foi um erro”. Continue lendo “O exemplo de “O Globo””
Invento o cais
Quando a vida lá fora se faz quase insuportável, quando o mundo pesa nos ombros, a primeira coisa que faço é abrir a tela do computador e me envolver na imagem da Clara e do Lucas no colo do avô. É um oásis, uma vereda no grande sertão de minha vida. Faço como Ronaldo Bastos e Milton: invento o cais. Continue lendo “Invento o cais”
Só mesmo no Pirandello
Se um dia se escrever a história do “Baixo Augusta”, será indispensável registrar também a pré-história desse fervedouro da noite paulistana – e, nela, abrir vasto capítulo para o inesquecível pioneiro que foi, ao longo dos anos 80, o Spazio Pirandello, no 311 da Rua Augusta. Continue lendo “Só mesmo no Pirandello”
Canibais
A presidente Dilma Rousseff não é mais a mesma. E não será até outubro de 2014. Os berros e a permanente irritação deram lugar a brincadeirinhas pretensamente bem-humoradas. Descontração ao invés da ira, sorrisos e beijocas e não mais a cara fechada, o rosto sisudo. Continue lendo “Canibais”
Ele chega a morder-lhe, sim
O que é preciso para que uma rua se encha de gente? Francis Coppola, no Godfather, part I, enche uma rua de alegria e vizinhos quando Sonny, um dos filhos de Don Corleone, dá uma lição ao cunhado. Continue lendo “Ele chega a morder-lhe, sim”
A bebida amarga
Como beber dessa bebida amarga? Tragar a dor, engolir a labuta?
Eram maus tempos aqueles em que as pessoas se dedicavam ao delicado quebra-cabeça de ressignificar as metáforas que vinham semeadas com inteligência, escondidas entre as dobraduras dos textos de jornal e das letras de música. Continue lendo “A bebida amarga”
Más notícias do país de Dilma (119)
A presidente Dilma Rousseff tem um grave problema com as palavras. Ela não sabe falar em português. Usa um idioma estranhíssimo, muitas vezes absolutamente, rigorosamente incompreensível, indecifrável. Continue lendo “Más notícias do país de Dilma (119)”