Conhecia-a porque o João Bénard a conhecia. O João, meu director, falava dela e, sem a vermos, já a víamos. Deliciava-nos com as excentricidades dela, assustava-nos com as fúrias dela. Eram os anos 80, estava eu na Cinemateca Portuguesa, que era como se fosse irmã gémea da Cinemateca Francesa. Continue lendo “Deitada na cama, um telefone ao lado”
Não é que Lula tem razão?
“O Sarney tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum.”
Mais uma definição do gênio da raça, o atual ex-presidente em exercício Luiz Inácio da Silva, o Lula. Continue lendo “Não é que Lula tem razão?”
Fortes emoções
Abaixa que aí vem lama.
Mal os reis magos terminaram a sua tarefa de entregar ouro, incenso e mirra ao menino recém-nascido, o que marca para o calendário gregoriano de nossas atribulações o início efetivo de um longo ano de trabalho, futebol e eleições, a pax natalina dá lugar às primeiras escaramuças de guerra. Continue lendo “Fortes emoções”
O Trem das Onze em Israel
Tenho dupla naturalidade: sou paulistano-carioca. Nasci em São Paulo, em 1937, mas vivo no Rio desde 1940. Nem sempre nos damos conta das diferenças entre as duas cidades, na linguagem, na alimentação, no modo de ser e encarar as coisas. Mas elas existem. Continue lendo “O Trem das Onze em Israel”
As Más Notícias voltam semana que vem
Depois de um rápido intervalo durante o período de Natal e das festas de fim de ano, a compilação semanal de notícias e análises que comprovam os malefícios e a incompetência do lulo-petismo como um todo e do governo Dilma Rousseff em especial volta na próxima quinta-feira, 16, no final da noite, como sempre. Continue lendo “As Más Notícias voltam semana que vem”
Dá-lhe Maracugina
Era para ser o ano do Brasil. De o País ir além de suas belezas naturais e da ginga da bola. De se exibir ao mundo como gente grande, maduro. Mas a chance disso já foi perdida. Continue lendo “Dá-lhe Maracugina”
A grande bolada
A única grande bolada que eu recebi, foi com bola mesmo. Chutada por um profissional amigo, a redonda bateu em cheio em meu rosto e me abalou um dente. A que todos nós gostaríamos de receber nunca vem, mesmo que façamos de vez em quando uma aposta na loteria do governo. Continue lendo “A grande bolada”
Bye, bye, Phil Everly
Quando, em setembro de 1981, Paul Simon e Art Garfunkel fizeram seu monumental show de reencontro no Central Park de Nova York, diante de meio milhão de pessoas, 11 anos após terem se separado, cantaram, ainda no início do espetáculo, logo após “April come she will”, a música “Wake up, Little Susie”, para alegria da multidão. Continue lendo “Bye, bye, Phil Everly”
Deus nos dê valentes inimigos
Deus nos dê valentes inimigos e já explico porquê.
Em 1939, Lubitsch e Billy Wilder pediram a Cary Grant que fosse o par de Greta Garbo em Ninotchka. Levaram sopa e temos todos pena. Continue lendo “Deus nos dê valentes inimigos”
Guerra fantasma
Para um político no poder não existe nada mais aprazível do que um inimigo. Ele dá conforto, segurança e aconchego. Por isso, muitas vezes, quando ele não existe de verdade, trata-se de inventá-lo. Continue lendo “Guerra fantasma”
Bolsa enchente
Entra ano, sai ano, seja no final de um ou no início do outro, as chuvas de verão matam gente e impõem o desabrigo a milhares. Em 2010, o País contabilizou 473 mortos em enchentes. No ano seguinte, 918 só na região serrana do Rio de Janeiro. Continue lendo “Bolsa enchente”
Árvore, água e bola
O índio subiu na árvore e lá ficou por vinte e sete horas. De lá foi retirado pelos bombeiros. Não sei se ele cantou a marchinha “daqui não saio, daqui ninguém me tira”, mas não teve jeito e seu protesto esfumou-se sem cachimbo da paz. Continue lendo “Árvore, água e bola”
Capuchinho Vermelho não sabe andar
Não tentem desmentir-me, nem me venham com paleio de coincidências. Se é a 1 de Junho que se comemora o Dia da Criança é por ser, digo eu, o dia em que nasceu Marilyn Monroe, a criança mais criança que o mundo já conheceu. Continue lendo “Capuchinho Vermelho não sabe andar”
Preâmbulo ao balanço de 2013
2013 foi o ano da chegada de Marina.
Se eu fosse fazer um balanço do ano, como já fiz tantas vezes no passado, o lead não seria um problema, de forma alguma. Seria esse aí: 2013 foi o ano da chegada de Marina. Continue lendo “Preâmbulo ao balanço de 2013”
2013
Todo fim de ano é a mesma coisa. Tenho por hábito fazer um balancete do ano que se vai. Lembranças tristes, alegres, tem de tudo nos 365 dias que formam cada ano. Continue lendo “2013”