Existe aqui — e deve existir em quase todo o mundo, em maior ou menor escala — uma certa dificuldade para lidar com conceitos abstratos. Continue lendo “Pontapé institucional”
Más notícias do país de Dilma (130)
Nos últimos sete dias, os jornais noticiaram que a balança comercial brasileira registrou, em janeiro, déficit de US$ 4,057 bilhões, o pior saldo mensal já contabilizado desde o início da série histórica, em 1994. Continue lendo “Más notícias do país de Dilma (130)”
Matrimônio à brasileira
Casamento por conveniência não é novidade na política. Tampouco o divórcio. Um e outro sempre se multiplicam nos meses que antecedem eleições. Não raro, vêem-se parceiros inimagináveis correndo atrás da bênção do eleitor para juntar gente que se odeia. Continue lendo “Matrimônio à brasileira”
É fogo
O fogo é belo e fascina. Mas ele bem longe de nós. O fogo é medonho, aterrorizante, tudo a ver com o inferno. Houve um tempo, em minha juventude em Belo Horizonte, em que não era incomum grandes prédios da avenida principal se consumirem em chamas. Continue lendo “É fogo”
Nossa Senhora salvou o Citizen Kane
Deixem lá agora Orson Welles e prestem atenção a Joe Breen. Filho de catolicíssimos irlandeses, educado numa boa escola católica de Filadélfia, chegou a ser um inócuo repórter, funcionário público até. Mas não foi isso, nem ter-se casado com a namoradinha da escola, a quem fez seis lindos filhos, que o fez passar à história. Continue lendo “Nossa Senhora salvou o Citizen Kane”
Mistérios (e ministérios) insondáveis
Não é à toa que dona Dilma está com olheiras profundas. Deve ser complicado montar e administrar um governo com 39 ministros. E o que fazer quando essas 39 figuras pertencem a 10 partidos diferentes? Todos ambicionando a mesma coisa: mais poder? Continue lendo “Mistérios (e ministérios) insondáveis”
Não gostamos do final da novela e resolvemos queimar um ônibus
Aqui em casa não gostamos do final da novela e resolvemos ir à avenida queimar um ônibus. Depois, achamos mais prático jogar o lixo na rua e pôr fogo. Convoquei primeiro o Jorge, meu vizinho à direita. Foi muito malcriado, escreveu que já estava de pijama e pronto para a cama, e não tinha nenhuma bossa para vândalo, o bundão. Continue lendo “Não gostamos do final da novela e resolvemos queimar um ônibus”
Além de bacalhau e vinho
Então ficamos assim: a presidente come o que quiser, no restaurante que quiser, porque ela paga a conta. E pronto.
A comitiva dela pode sair da Suíça e ir para Cuba com uma ligeira paradinha em Lisboa porque o avião não tem autonomia de vôo e precisava abastecer. Continue lendo “Além de bacalhau e vinho”
Sorte de fotógrafo amador
Há quem diga que sou um bom fotógrafo. Outro dia alguém disse isso. Acho que foi o Bado. Até perguntou se eu tenho uma puta máquina. Continue lendo “Sorte de fotógrafo amador”
Más notícias do país de Dilma (129)
Se, no seu discurso no Fórum Econômico Mundial em Davos, a presidente Dilma Rousseff pintou um Brasil cor-de-rosa muito diferente da realidade, e portanto, a rigor, faltou com a verdade, no episódio seguinte, a passagem por Lisboa, o governo mentiu. Continue lendo “Más notícias do país de Dilma (129)”
Pete Seeger, o imprescindível
Não é muita gente no Brasil que sabe, mas Pete Seeger é uma das figuras mais fundamentais da música popular americana, e portanto do mundo. Sua estatura, importância e influência só podem ser comparadas às de monstros como Louis Armstrong no jazz, George e Ira Gershwin na grande canção, Elvis Presley no rock ou Bob Dylan no conjunto de quase todos os gêneros da música feita nos Estados Unidos. Continue lendo “Pete Seeger, o imprescindível”
Simplesmente Dilma
Dilma Rousseff se rendeu ao Fórum Econômico Mundial que até então seu governo preferia esnobar. Lendo um discurso bem escrito, ainda que de lastro duvidoso, a presidente jogou fichas que devem ter arrepiado seus colegas da América bolivariana: definiu o Brasil como o País das oportunidades e convidou os investidores do mundo inteiro para participar dos lucros desta terra prometida. Continue lendo “Simplesmente Dilma”
O poeta e sua dor
Meu aniversário naquele ano eu passei dentro de um avião, indo de Belo Horizonte para a Cidade do México. Ia para um encontro de poetas, “Poetas do Mundo Latino.” Tenho uma desconfiança boa de que, no convite que recebi de Eduardo Langagne para participar do evento, houve um empurrãozinho de Affonso Romano de Sant’Anna. Continue lendo “O poeta e sua dor”
Um rugido de fim de império
Há um filme sobre o rugido dos anos 20. James Cagney e Humphrey Bogart vivem-no no Roaring Twenties, de Raoul Walsh. O rugido, primeiro rugido imperial da América, que acabara de ganhar essa Grande Guerra que agora faz cem anos, traz a Lei Seca e contrabando, jazz, coristas e avidez, a proliferação do automóvel e da urbana morte a tiro. Continue lendo “Um rugido de fim de império”
A Ciranda dos Incomuns
Confesso que sou uma das que caíram no conto do incomum. Não que eu tenha por um segundo sequer aceitado a tese defendida por Lula de que a Sarney, por ser um brasileiro incomum, tudo seria permitido. Continue lendo “A Ciranda dos Incomuns”