Jornalistas deviam ser pessoas mais preparadas para o trato social. Um pouco de educação não faz mal a ninguém. Por que os fatos não podem se passar como refiro abaixo? Jair Bolsonaro chega a Roma, onde se dará o encontro do G20. Primeiro contato com a Imprensa. Continue lendo “Como não apanhar dos seguranças”
Vai demorar tanto assim na China!
Em uma hora dessas eu gostaria de ser um faquir. Teria minha cama de pregos… não vou dizer confortável, mas disponível. O que tenho hoje é um sofá velho, sempre suficiente para minhas necessidades. No entanto, com súbita crise de dor nas costas, tomei duas providências. Busquei os serviços de uma fisioterapeuta e tratei de comprar um sofá novo. Uma dessas empreitadas deu problema. Qual? A simples compra de um sofá.
Um amigo, que trabalha no ramo, logo veio com o book de fotos de sofás, e o mostruário de tecidos para o revestimento, para eu escolher. Tratei de escapar. “Não precisa disso, compro um ali nas casas…” Nem pensar. O episódio logo teve o apoio da família. A situação requer um bom sofá, foi o veredito.
Afinal, qual é o problema para a compra? A entrega demora 40 dias! A situação tem a ver com a importação dos tecidos à China. Estes, pelo que entendi, vêm em containers, e por complicações econômicas provocadas pela pandemia há embaraços.
Não me esmerei em apurar a situação toda, porque tudo o que quero é um sofá. Enquanto não chega, sou um sem assento. Não posso sentar no velho, tampouco em outro sofazão que temos, muito fofo, você senta e é engolido, ótimo para pessoas sãs. Temos duas poltronas, também inadequadas.
A opção que me restou foi uma singela cadeira, por sorte com um design que me é favorável. Mas a situação, em seu contexto, é ridícula. Precisa de um sofá? Espera sentado…
Outubro de 2021
No tempo do pós-moticiatas
Nova modalidade esportiva pode surgir no País, em 2023. Certo militar reformado do Exército, depois de alçar altos vôos, se vê no nível mais rasteiro do chão. O que fará? Ora, por que não aproveitar o caldo daquilo que foi chamado de motociata para instituir um rally? Continue lendo “No tempo do pós-moticiatas”
Leitura de susto e suspense
O que você anda lendo? A resposta deste idoso que vos escreve, é: jornais, uma ou outra literatura, e bula de remédio. A mais impactante dessas leituras é a terceira citada. Continue lendo “Leitura de susto e suspense”
Divagações sobre as tentações do poder
Nesta vida, a pessoa precisa se preparar para o longo prazo. Especialmente se tiver um cargo de destaque, como o de presidente da República. Veja o Evo Morales, na Bolívia. Venceu as eleições, fez um bom governo, foi reeleito. Muito justo. No entanto… terminado o segundo mandato, forçou a barra e conseguiu um terceiro, não previsto em lei. Acabou renunciando, para não ser apeado do cargo. Justíssimo. Continue lendo “Divagações sobre as tentações do poder”
Imaginem Bolsonaro fino, educado
Para a cúpula dos 20 Mais, os países com destacada expressão cultural, decidiu-se que o mandatário da terra de Guimarães Rosa e Machado de Assis teria um assessoramento especial no tocante ao comportamento. A exortação partiu de um grupo de embaixadores, preocupado com as reações deseducadas do presidente da República. Continue lendo “Imaginem Bolsonaro fino, educado”
Detector de mentiras no Brasil
A empresa Verdade Verdadeira lançou no mercado um revolucionário detector de mentiras. Aqui no País, a reação dos que mentem porque não podem falar a verdade (sob risco de serem presos) foi de deboche. “A mentira prevalecerá! Ah, ah”. Para provar a excelência do produto, o primeiro teste seria feito com o acusado da compra superfaturada do detector. Continue lendo “Detector de mentiras no Brasil”
Todos os escolhidos do presidente
Apiedado pela situação dos que ralam no pagamento do aluguel, Jair Bolsonaro tomou uma decisão: vai cuidar para que pelo menos tenham um teto garantido. É o que se lê no Estadão de hoje, 23. Continue lendo “Todos os escolhidos do presidente”
Depois da reunião de pauta…
Naqueles tempos sem pandemia…
Dia de trabalho começando nas redações dos jornais. Os pauteiros de cada editoria, da política aos esportes, se reúnem e “cantam”, cada um à sua vez, os fatos que serão notícia durante o dia. Decidem como se fará a cobertura deles. No entanto… Diz antigo jargão que notícia não tem hora para acontecer. Continue lendo “Depois da reunião de pauta…”
Uma bela obra no lugar errado
Ninguém negará que Paulo Mendes da Rocha foi um dos mais expressivos nomes de nossa arquitetura, com excelência reconhecida em todo o mundo. Seu falecimento, há poucos dias, representou sem dúvida uma grande perda. Diante disso, como um jornalista, um repórter, desses que correm atrás de notícias cotidianas, fará para apresentar um senão a uma das obras dele? Continue lendo “Uma bela obra no lugar errado”
O senhor dos labirintos
Ah, o Mario Vargas Llosa, romancista de prosa descomplicada, escreveu nesta quinta-feira, 20, no Estadão, sobre um autor que é o seu oposto. Quem já leu Willian Faulkner que o diga. O americano do Mississipi (1897-1962), Nobel de Literatura em 1949, conquistou este leitor pelo espanto. O título da obra já alertava: O Som e a Fúria. Continue lendo “O senhor dos labirintos”
Mafalda, um gauchão macanudo
Folheando a coleção Cem Anos de Fotografia, da Folha, dei com uma imagem assinada por Antonio Carlos Mafalda. Um gauchão que em seus anos de São Paulo chamava linguiça de salsichão, menino de piá e policiais militares de brigadianos (no Rio Grande do Sul equivalentes aos nossos PMs), Continue lendo “Mafalda, um gauchão macanudo”
As besteiras eram menos bestas
Achei que não faria nada mal ao amável leitor deste espaço revisitar o texto que publiquei aqui há uns bons pares de anos. Continue lendo “As besteiras eram menos bestas”
Pai Zuello
Em 1990, a vidente Mãe Dinah surpreendia o País com suas previsões. Estava na tevê, e tinha coluna em jornais. Previu que o Brasil não ganharia a Copa do Mundo, tampouco Ayrton Senna o Grande Prêmio de Interlagos – o que de fato aconteceu. Previu também a morte dos músicos do conjunto Mamonas Assassinas. Outras tantas previsões, no entanto, não se confirmaram. Continue lendo “Pai Zuello”
A lauda em branco
A maior angústia de um repórter, depois de um dia de trabalho na rua, desses que não dá nem para almoçar, era, antigamente, ficar olhando para a lauda de papel em branco, ou ter a sensação de que ela olhava para ele, sem que no meio de campo surgisse a bola a ser chutada; isto é, a inspiração para cravar a primeira linha. Continue lendo “A lauda em branco”