Não posso imaginar por que a GloboNews me ligaria pedindo entrevista. Quem sabe pela cobertura que fiz (ao lado de uma penca de coleguinhas) da visita de um presidente da República brasileiro e militar a Portugal, o general Garrastazu Médici. Afinal, é data redonda. Faz 50 anos. Meio século! Continue lendo “Sem estante de livros atrás não há entrevista”
Primavera!
A primavera chegou nesta terça-feira, dia 22, no Hemisfério Sul. Não houve explosão de flores, pássaros cantando, borboletas esvoaçantes, a natureza em festa, porque isso só acontece em desenho animado. Continue lendo “Primavera!”
Fogaréu
Acho que tem a ver com muito tempo de confinamento, sob o noticiário da tevê e do celular, o fato de minha coerência estar indo para o espaço, junto com a lucidez e o senso crítico. Cheguei ao ponto de misturar realidade com o absurdo despejado por bárbaros nos meios de comunicação. Continue lendo “Fogaréu”
Alice no mundo do celular
Alice fazia questão de qualificar-se como “do lar”. Era sua marca, quando preenchia questionários para o crediário em loja de eletrodomésticos. A expressão correspondia inteiramente a sua faina. Continue lendo “Alice no mundo do celular”
A nova arte do confinado
Nestes tempos estranhos, acontecem fatos mais do que estranhos. Quando eu poderia imaginar que viria a ser um pianista, admirado por todos na família? E mais isto: que me destacaria em consertos, com performances das quais eu próprio me admiro? Continue lendo “A nova arte do confinado”
Garçons sinceros
Na noite em que conheci o garçom mais sincero da minha vida, estávamos recém-chegados a Passos, no sul de Minas, para matéria sobre a Hidrelétrica de Furnas. Este da caneta, e Hélvio Romero, das câmeras e objetivas (mas pode chamar de texto e fotos). A hidrelétrica estava muito mal, com água pelas canelas. Continue lendo “Garçons sinceros”
Eta juiz porreta
O que faz um confinado para evitar o canto da sereia – a Melô do Bolsô – quando se dispõe a escrever um texto? Abre o baú de antigas reportagens. Continue lendo “Eta juiz porreta”
Que falta fez o analista em Bagé
Alguém aí tem uma dica para um coroa cair na balada? Esse sou eu, um trouxa que há três meses não põe o pé fora de casa (um apartamento), com medo de que o corona esteja espreitando para me pegar. Já pensei em tomar um simples cafezinho na padaria, mas me assustei com o obituário. No vacilo, deu bacilo. Continue lendo “Que falta fez o analista em Bagé”
Dize-me o que dizes e te direi quem és
Graham Bell – Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz somente até onde os outros já foram.
Bernard Shaw – A vida é uma pedra de amolar: desgasta-nos ou afia-nos, conforme o metal de que somos feitos. Continue lendo “Dize-me o que dizes e te direi quem és”
Bilhetes digitais
Quem não se comunica se trumbica, dizia o Velho Guerreiro. Chacrinha estava certo quando apregoava o bordão. Mas no que dependesse dos meios de comunicação daqueles tempos não era fácil. Pegava-se folha de papel e caneta. Lançava-se a escrita e levava-se ao correio. Ou redigia na máquina de escrever… e depois, correio. Continue lendo “Bilhetes digitais”
A quadratura dos dois círculos
Nonsense.
Cheguei a pensar em uma bicicleta com rodas quadradas, para não fazer feio diante das inovações do condomínio onde moro. A vida nesses amontoados de moradias feitas em série, empilhadas umas sobre as outras, é cheia de surpresas. Principalmente se tiver na gerência pessoa muito ativa. Ora, direis – mas isso é ótimo! Continue lendo “A quadratura dos dois círculos”
A noite em que o Alemão fechou cedo
Pirou! É o que certamente diriam deste profissional se o vissem descendo a Sumaré diretamente para o Bar do Alemão mas entrando no restaurante ao lado! Imagino um colega de passagem parando o carro e me chamando, ô cara, você está louco, o Alemão é o do lado. No entanto… buscava exatamente o Não Lembro o Nome, de comida regional. Continue lendo “A noite em que o Alemão fechou cedo”
A PEC do reitor da UERJ estava em caixa alta
Nos velhos e bons tempos, quando se usava essa expressão, e não se supunha a existência da informática e do Google, os jornais eram escritos para entendimento “do engenheiro ao lixeiro (hoje coletor)”. Não usavam linguagem técnica como o economês ou o juridiquês, sem “traduzi-las” para o leitor. Tão pouco o deixavam sucumbir à hermética das siglas. Isto, se bem lembro, valia também para o noticiário da tevê. Continue lendo “A PEC do reitor da UERJ estava em caixa alta”
Um personagem liberto do autor
O autor não responde por gestos e palavras do personagem desta história. Esse tipo tem hábitos de trato social e costumes muito diferentes daqueles de seu criador – minha modesta pessoa. Tenho-me por cidadão equilibrado, razoável, sobretudo educado. Aquele… tire suas conclusões, pelo episódio que segue. Continue lendo “Um personagem liberto do autor”
Namoro na quarentena
O amor nos tempos do corona não tem nada a ver com aqueles do cólera, mas também não é fácil. Em uma família conservadora, como a de Evelyn, menos ainda. Ela também não facilitou nada. Deu um gole no café da manhã e disse: “O Robertinho é uma pessoa muito bacana”. “Quem?”, pergunta a mãe. “Meu namorado.” Continue lendo “Namoro na quarentena”