As Forças Armadas na era Bolsonaro

Não são poucos os analistas a considerar a eleição de Jair Bolsonaro como o retorno dos militares ao poder. A esquerda que não se reciclou e nem fez o seu acerto de contas com a história vai mais longe. Alardeia que o fantasma de 1964 ronda o país, como se estivéssemos em marcha batida para uma “ditadura fascista”, de cunho militar. Continue lendo “As Forças Armadas na era Bolsonaro”

Acertos e tropeços

É muito cedo para fazer grandes avaliações sobre os rumos de um governo que sequer começou. Mas, com pouco mais de uma semana da eleição, é possível concluir que Jair Bolsonaro marcou alguns tentos em determinadas áreas e pisou na bola em outras. Embora demonstre desconhecimento do tamanho do campo e de várias regras do jogo, até aqui o placar lhe é favorável. Continue lendo “Acertos e tropeços”

Por uma nova oposição

Mais do que nunca o Brasil vai precisar de uma oposição capaz de cumprir a missão delegada pelas urnas de fiscalizar o governo e cobrar a execução do seu programa e promessas eleitorais. Essa responsabilidade aumenta diante das incógnitas sobre como se comportará o presidente eleito, que emite sinais em direções diferentes. Continue lendo “Por uma nova oposição”

O cavalo de Esopo

Em seu indispensável Como morrem as democracias, Steven Levitsky e Daniel Ziblatt recorrem à fabula do cavalo e o caçador do escritor grego Esopo. Com ela explicam o que aconteceu com quem aplainou o terreno para a assunção de tiranos como Adolf Hitler, Benito Mussolini, Hugo Chávez e outros. Continue lendo “O cavalo de Esopo”

Navegar é preciso

Nas três últimas décadas os brasileiros conquistaram dois bens inestimáveis: a estabilização da economia, em 1994, com o fim da inflação que penalizava em especial os mais pobres, e o retorno da democracia, consagrada na Constituição de 1988. Continue lendo “Navegar é preciso”

Maioria barulhenta reformou a política

Partidos e políticos tradicionais tinham concebido o modelo perfeito para se perpetuarem no poder, com o engessamento da eleição por meio de regras que inviabilizavam qualquer renovação política. Campanha mais curta, recursos do financiamento público concentrados nas mãos dos caciques partidários e tempo televisivo assegurariam a reeleição dos atuais parlamentares, bem como a continuidade do presidencialismo de coalizão. Continue lendo “Maioria barulhenta reformou a política”

O Assalto ao Palácio do Planalto

A tomada do poder é um conceito do marxismo clássico associado a um ato por meio do qual uma força política destrói o velho Estado burguês e constrói um novo.  Exemplos disso foram o assalto ao Palácio de Inverno da Revolução Russa, a tomada do poder por Mao Tsé-Tung na China e por Fidel Castro em Cuba. Continue lendo “O Assalto ao Palácio do Planalto”

A síndrome de Maluf

Presença constante nas disputas eleitorais de São Paulo, Paulo Maluf era imbatível no primeiro turno, mas sempre perdia no segundo. Numa de suas derrotas não se conteve: “nadei, nadei e morri na praia”. Maluf era vítima de um mal, a sua rejeição estratosférica. A derrota na segunda rodada eleitoral era líquida e certa, pois naturalmente o eleitorado dos outros candidatos caia nos braços do seu adversário. Continue lendo “A síndrome de Maluf”

Prisioneiros de Lula

Desde o início o ex-presidente Lula, hoje preso em Curitiba, teve estratégia clara. Construiu uma narrativa para apagar da memória dos brasileiros o desastre econômico e social criado pelos governos petistas e para despertar nos eleitores a ilusão de que viveram anos dourados em seu governo. Paralelamente, se fez de perseguido pela Justiça, eludindo sua condição de presidiário por crime comum. Continue lendo “Prisioneiros de Lula”

Assim não, general!

O general Eduardo Villas Boas, comandante do Exército, muito tem contribuído para as Forças Armadas ficarem adstritas às suas funções constitucionais. Em diversos momentos foi a voz do bom senso para apagar incêndios nos quartéis que poderiam se alastrar em ações que no passado causaram tantos danos ao país. Continue lendo “Assim não, general!”

A segunda morte de Luzia

Nas labaredas do Museu Nacional desapareceu o crânio de Luzia, um fóssil de 12 mil anos, o habitante mais antigo da América. Mesmo se for encontrada, Luzia morreu pela segunda vez e com ela o mais rico patrimônio histórico e arqueológico do país. Mais: morreu parcela importante da memória nacional e parte da autoestima dos brasileiros. Continue lendo “A segunda morte de Luzia”

Réquiem para o socialismo do século XXI

A Venezuela foi a pátria-mãe do “socialismo do século 21”, assim como a União Soviética foi para o chamado “socialismo real”. Na primeira década deste século o teórico alemão Heinz Dieterich viu no governo de Hugo Chávez a confirmação do modelo que concebeu, pautado na “economia de equivalência”, na “democracia de massas” e “na democracia de base”; em contraposição à economia de mercado e à democracia representativa.  Continue lendo “Réquiem para o socialismo do século XXI”