A OCDE fará bem ao Brasil

Recentemente o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, disse em uma palestra na Fiesp que o Brasil está na agenda do passado. Nem concluiu ainda as reformas da Previdência e tributária, enquanto o mundo está em outra estação, em busca de respostas aos desafios da Quarta Revolução Industrial. Continue lendo “A OCDE fará bem ao Brasil”

A loucura não é normal

A canção “Paciência”, de Lenine, explica bem o momento em que vivemos. O Brasil não tem tempo a perder, mas Bolsonaro finge que é normal um presidente atentar contra a harmonia entre os três poderes ao divulgar em seu twitter mensagem com ataques ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal. Não satisfeito, repetiu a dose três dias depois, culpando a classe política pelos males do Brasil. Continue lendo “A loucura não é normal”

Meia-volta volver?

Vozes respeitáveis pregam a saída dos militares do governo. Em artigo, o sociólogo Demétrio Magnoli rememora batalhas épicas, nas quais a vitória veio depois do recuo tático, para aconselhar nossos militares a se retirar do governo “antes que seja tarde”. Continue lendo “Meia-volta volver?”

Os militares contra-atacam

Na noite de 3 de abril de 2018 o Brasil vivia momentos de grande tensão. O  Supremo Tribunal Federal poderia soltar Lula no dia seguinte, caso aceitasse um habeas corpus impetrado por sua defesa. Sentindo o pulso dos quartéis, o então comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, resolveu se antecipar com  uma contundente declaração: “Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar os anseios de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e a democracia, bem como se mantém atento às suas missões constitucionais”. Continue lendo “Os militares contra-atacam”

A Blitzkrieg dos ideológicos

Os tanques da ala ideológica do governo Bolsonaro avançam em todas as áreas a uma velocidade que faria inveja às divisões panzer do general Heinz Guderian. O movimento de pinça é comandado diretamente pelo presidente ou por seus filhos interpostos. Continue lendo “A Blitzkrieg dos ideológicos”

Para não ser a Argentina amanhã

No momento em que o céu anuviou na economia, convém ao governo olhar atentamente para a Argentina. Para não cometer os mesmos erros de Maurício Macri. No início de seu mandato o presidente argentino adotou uma estratégia de reformas a conta-gotas. Com isso, não debelou a inflação e interveio no câmbio por meio de uma maxidesvalorização.  Teve de pedir socorro ao FMI, inclusive para fazer frente a despesas correntes. Continue lendo “Para não ser a Argentina amanhã”

Erro Supremo

A Suprema Corte do país tem um longo histórico em defesa da liberdade de imprensa. Bastaria citar sua decisão de 2009 que revogou a Lei de Imprensa de 1967, criada durante a ditadura militar. Com base nesse parecer e em dispositivos constitucionais, a primeira turma do STF cassou, em 2017, uma liminar que mandava retirar do ar duas reportagens do blog do jornalista Marcelo Auler. Quinze dias depois, o ministro Dias Toffoli cassou uma decisão da Justiça do Mato Grosso do Sul que determinava a retirada do ar do blog do jornalista Nélio Brandão. Continue lendo “Erro Supremo”

Os ideológicos venceram

Uma leitura apressada pode nos induzir ao erro de considerar a nomeação do novo ministro da Educação, o economista Abraham Weintraub, como uma troca de seis por meia dúzia. Se o seu antecessor Ricardo Vélez oscilava entre pragmáticos e ideológicos conforme os ventos sopravam, o novo titular da pasta é um puro-sangue. Ascendeu ao cargo porque o presidente arbitrou a briga visceral no MEC em favor dos ideológicos.  Continue lendo “Os ideológicos venceram”

O papel das Forças Armadas

Numa espécie de desabafo, o general de divisão Richard Nunes, chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, manifestou seu desconforto com o fato de os militares estarem sendo arrastados para a polarização política, como aconteceu em relação ao 31 de março. O incômodo do general faz todo sentido. Continue lendo “O papel das Forças Armadas”

O presidente do dissenso

Chama a atenção a infinita capacidade de Jair Bolsonaro em criar conflitos desnecessários. O mais estridente deles, com o presidente da Câmara Rodrigo Maia, sem o qual é quimera pensar na aprovação da Reforma da Previdência. Não é apenas com Maia que o presidente da República está em pé de guerra, é com todo o mundo real da política, que ele, de forma messiânica, acredita poder varrer do mapa. Continue lendo “O presidente do dissenso”

Rasputins

Grígori Iefimovritch Rasputin, um camponês rústico da província siberiana de Tobolsk, mandava muito na Rússia dos czares Nicolau e Alessandra Romanov. Não tinha cargo algum no governo, mas fazia e desfazia ministros. Seu fanatismo religioso e seu discurso fundamentalista em defesa da monarquia eram música para os ouvidos da família imperial. Sabia como ninguém usar intriga, bajulação, ignorância, mentira e fraqueza humana para a expansão de sua influência na Casa dos Romanov. Continue lendo “Rasputins”

Faça sua aposta: pragmáticos ou ideológicos?

Toda vez que a disputa entre pragmáticos e ideológicos se estabeleceu em um governo, a balança pendeu para os primeiros. O exemplo mais clássico foi a China de Deng XiaoPing, com a derrota da “Gang de Xangai”. Continue lendo “Faça sua aposta: pragmáticos ou ideológicos?”

Sobre pombos e falcões

Os falcões, loucos para fazer a Guerra, saíram enfraquecidos da reunião do Grupo de Lima. Ao menos por enquanto, a opção por uma intervenção militar na Venezuela foi descartada pelos países participantes. A voz que se ouviu foi a dos pombos. Entre eles o vice-presidente Hamilton Mourão. Continue lendo “Sobre pombos e falcões”