Palmas para a Imprensa!

Somos afortunados: nossa imprensa não desiste. O assunto é horroroso, a repetição ad nausean dos conselhos e dos casos, as estatísticas angustiantes são massacrantes, mas sem ela onde estaríamos?

Assim como a população de tantas cidades brasileiras bateu e bate palmas para os médicos e demais profissionais da Saúde, deveríamos nos unir e bater palmas, muitas palmas, para nossa Imprensa.

Se não fosse a Imprensa, já estaríamos quebrando todos os recordes de morte pelo Covid-19, pois é aos jornalistas que se sacrificam e vão às ruas buscar notícias verídicas e depois repetir diariamente as palavras da Ciência que devemos o sucesso do isolamento que vem impedindo que o vírus se espalhe exponencialmente.

Temos um mistério em Brasília. E esse é um mistério maior que a origem e cura do Covid-19: um presidente da República que sabe que não nasceu para o cargo, que sabe que nada sabe e que odeia os idosos, grupo do qual faz parte. Se não os odiasse, não aconselharia as famílias a deixá-los num canto. Ao contrário, pediria que cumprissem o isolamento recomendado pela OMS para salvar pais e avós.

O que o indigitado BolsoNero esquece é que há sempre um dia atrás do outro e que o castigo divino vem com a rapidez de um foguete espacial e que com ele, assim nos ajude Deus, não será diferente.

Há quem acredite que BolsoNero sentiu que errou e se assustou, por isso mudou o tom de suas falas. Ledo engano. BolsoNero, estimulado pelos inacreditáveis filhos que gerou, é o mesmo de anteontem e seguirá sendo o mesmo amanhã, até que o canto escuro para onde seus ex-eleitores o levarão, mostre que seu caminho era triste, desolado e cruel para com todos os brasileiros, crianças, jovens, adultos e idosos.

A Imprensa cumpre o papel que deveria ser o dele e lembra a todos que ficar em casa é o melhor caminho para evitar que corramos todos o risco de sermos contaminados por esse vírus maligno.

BolsoNero não sabe educar filhos, não sabe governar, não sabe escolher amigos. Dedicou seu coração a Trump e lhe deu vários e excelentes presentes brasileiros. O que recebeu em troca? Um pontapé estrondoso: Trump usou o dinheiro que tem de sobra para enviar 23 aviões à China e assim impedir que o Brasil recebesse máscaras e equipamentos que ajudariam a salvar vidas por aqui.

Aos dois amiguinhos desejo ardentemente que as próximas eleições lhes sejam aziagas.

Este artigo foi originalmente publicado no Blog do Noblat, na Veja, em 3/4/2020. 

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