Está melhorando (12)

Na semana em que se completou um ano do afastamento definitivo de Dilma Rousseff da presidência da República, houve várias boas notícias para a economia brasileira – a economia que aquela senhora, com sua incompetência, sua ignorância, sua soberba, e com o aval de seu partido, o PT, enfiou na maior crise da História, na maior recessão que o Brasil já enfrentou.

Não poderia haver melhor maneira de comemorar o fim do desgoverno do lulo-petismo.

* O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,2% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano e 0,3% ante o mesmo período do ano passado, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Isso confirma a trajetória ascendente da atividade econômica, como afirmou a coordenadora de Contas Nacionais do instituto, Rebeca Palis. “Olhando o ciclo, a partir do segundo semestre do ano passado, estamos em trajetória ascendente”, disse ela a Daniela Amorim, de O Estado de S. Paulo.

* A venda de veículos em agosto foi a maior em 20 meses, segundo resultado anunciado pela Fenabrave, a associação dos revendedores. Foram vendidos 216,5 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O melhor resultado anterior foi registrado em dezembro de 2015, com 227,8 mil unidades, segundo dados antecipados pelo mercado.

Também foi a primeira vez neste ano que as vendas, medidas por licenciamentos no Renavan (Registro Nacional de Veículos), ultrapassaram a marca de 200 mil unidades. O desempenho de agosto é 17,7% superior ao de igual mês do ano passado e 17,1% melhor que o de julho, informou Cleide Silva, do Estadão.

* Após a divulgação do PIB brasileiro e dos dados de emprego dos Estados Unidos, a Bovespa fechou em alta de 1,54% aos 71.923 pontos na sexta-feira, 1º/9, o melhor resultado desde o dia 5 de novembro de 2010, quando marcou 72.606 pontos no fechamento do pregão. A  cotação do dólar recuou 0,13%, e encerrou o pregão valendo R$ 3,14, informaram Karla Spotorno e Paula Dias, do Estadão.

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“Dados confirmam a saída da recessão”. Este foi o título do post colocado no blog da jornalista Míriam Leitão em O Globo às 10h20 da manhã desta sexta-feira. Míriam Leitão – não custa repetir mais uma vez, embora isso seja chover no molhado – é uma das jornalistas da área de economia mais bem preparadas da imprensa brasileira, e jamais poderia ser acusada de qualquer coisa parecida com otimista diante da situação econômica do país.

Eis o post da jornalista:

“A alta do PIB é boa notícia no contexto. Os dados confirmam a saída da recessão. Esta crise, mais longa que todas as outras que vivemos, vai saindo muito devagar, por isso o quadro geral tem pontos em vermelho e em azul. O país está ainda em ambiente recessivo; a sensação da crise permanece. Porém, as projeções para o PIB do segundo trimestre eram, semanas atrás, quase todas de queda. Aos poucos foram saindo indicadores setoriais positivos e isso levou a várias revisões. Os departamentos econômicos dos bancos e consultorias refizeram seus números do negativo para o zero, outros foram um pouco além. Confirmou-se o ligeiramente positivo.

“Dentro dos indicadores, algumas boas notícias: o consumo cresceu, os serviços avançaram e a agricultura, que tirou o ano para dar boas notícias de safra ao Brasil, teve alta no segundo trimestre comparado ao mesmo período do ano passado. O acumulado de quatro trimestres é negativo (-1,4%), mas essa queda está ficando menor. A pior notícia é que o investimento não reage, pelo contrário, caiu novamente. A indústria ainda encolheu apesar de alguns meses positivos.”

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As notícias reproduzidas aí acima são, repito, da sexta-feira, dia 1º/9. No dia anterior, haviam sido divulgadas duas outras ótimas notícias – a rigor, duas faces da mesma moeda. A primeira é de que a taxa de desemprego caiu de 13,6% no trimestre de março a abril para 12,8% no trimestre até julho. Naquele período, foram criados 1 milhão e 439 mil postos de trabalho.

A segunda ótima notícia relacionada ao trabalho: a soma da renda dos trabalhadores cresceu 1,3% de maio a julho na comparação com o trimestre anterior. Foi a primeira alta significativa da renda dos trabalhadores brasileiros desde o trimestre encerrado em outubro de 2014, como mostrou reportagem de Daniela Amorim no Estadão.

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O desemprego finalmente parou de crescer, e começou a diminuir. O PIB cresceu no trimestre, de tal maneira que, como disse a técnica do IBGE Rebeca Palis, “olhando o ciclo, a partir do segundo semestre do ano passado, estamos em trajetória ascendente”.

Com seu estilo bem humorado, satírico, feroz contra a “narrativa” do lulo-petismo, o jornalista Guilherme Fiúza diria que o governo branco, velho, recatado, do lar, mordomista e golpista avança com as mudanças necessárias para a economia. Se der tudo certo, vai ficar uma chatice inigualável, um tédio horroroso. Aí vai ser preciso chamar de volta a turma do Poste para bagunçar as coisas de novo.

Tóc, tóc, tóc. É brincadeira, tá?

1º/9/2017

Da mesma série:

Está melhorando (11): Apesar da Globo, boas notícias insistem em acontecer. 

Está melhorando (10): “O quadro geral é tentador para um estraga-prazeres”. 

Está melhorando (9): No espaço de uma semana, dez ótimas notícias da economia.

5 Comentários para “Está melhorando (12)”

  1. Não sinto nem um pouquinho de saudades daquela quase interminável série chamada Más notícias do país de Dilma.

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