Os últimos dias foram especialmente repletos de boas notícias para o Brasil – e de más notícias para o lulo-petismo que enfiou o país na pior crise econômica, na mais profunda crise política e na mais avassaladora crise moral da História. Continue lendo “Está melhorando (9)”
Dalí era virgem
Com excepção da mão que num sonho se lhe enxameou de formigas, Salvador Dalí era virgem. Já o ateu Luis Buñuel, que num sonho desatou a cortar olhos humanos com uma lâmina, nem dos dedos do pé era casto, como bem se vê em L’Age d’Or. Continue lendo “Dalí era virgem”
Saudades do triplex
Quando os 78 executivos da Odebrecht — incluindo Emílio, dono da empreiteira, e seu filho Marcelo – fecharam acordo de delação com a Lava-Jato, acreditava-se no fim do mundo. Tratava-se do desbaratamento de um sistema organizado e sólido de corrupção em obras públicas — moldado no Brasil e com braços e pernas em outros 12 países – que existia há décadas, mas que se vitaminou e ganhou músculos nos governos petistas. Continue lendo “Saudades do triplex”
Lula e o vaso chinês
O juiz Sergio Moro abriu a sessão do depoimento do Lula afirmando que não é inimigo do depoente, que essa é uma visão distorcida dos fatos. Continue lendo “Lula e o vaso chinês”
Mestre Antonio Candido
Em 1975, o ano em que nasceu minha filha, Antonio Candido escreveu:
“Adoniran Barbosa é um grande compositor e poeta popular, expressivo como poucos, mas não é Adoniran nem Barbosa, e sim João Rubinato, que adotou o nome de um amigo funcionário do Correio e o sobrenome de um compositor admirado. A idéia foi excelente, porque um artista inventa antes de mais nada a sua própria personalidade; e porque, ao fazer isto, ele exprimiu a realidade tão paulista do italiano recoberto pela terra e do brasileiro das raízes européias. Adoniran Barbosa é um paulista de cerne que exprime a sua terra com a força da imaginação alimentada pelas heranças necessárias de fora.”
O país sai maior e melhor
Minha primeira consideração sobre o dia do depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro: juntar 5 mil pessoas na Praça Santos Andrade, em Curitiba, é pouco. Muito pouco. É mixaria. Continue lendo “O país sai maior e melhor”
O dique do Rio Sena
A onda nacional-populista que ameaçava se espraiar pelo velho continente com a força de um tsunami encontrou seu dique de contenção às margens do Rio Sena. A vitória consagradora de Emmanuel Macron afasta, por pelo menos cinco anos, o fantasma de o extremismo xenófobo e racista levar a Europa a ingressar nas trevas de uma nova idade média. Continue lendo “O dique do Rio Sena”
Tomai e comei
Que coisa exprime hoje as nossas esperanças ou o nosso mal-estar? Que filmes, livros ou canções? Os filmes de Pedro Costa, de Malick ou o Fast and Furious 8? Continue lendo “Tomai e comei”
Está melhorando (8)
Nesta próxima sexta-feira, 12 de maio, completa-se um ano que Dilma Rousseff saiu do Palácio do Planalto, deixando o país enfiado no fundo do fundo do fundo do poço, na maior recessão de sua História, as contas públicas em frangalho, a inflação altíssima e subindo mais, um índice assustador de desemprego e as maiores empresas estatais – Petrobrás e Eletrobrás – saqueadas, tomadas pela corrupção e com valor de mercado imensamente menor do que já haviam tido. Continue lendo “Está melhorando (8)”
O ministro Fachin engrandece a Justiça
Falei asneira, falei besteira. Errei. Errei feio – e me penitencio por isso.
Falei mal aqui de Luiz Edson Fachin, quando ele foi indicado por Dilma Rousseff para uma vaga no Supremo Tribunal Federal – a vaga de Joaquim Barbosa, que havia ficado em aberto por longos oito meses. Continue lendo “O ministro Fachin engrandece a Justiça”
Qualquer idade é boa para aprender
Tiro o título destas linhas de uma frase de José Saramago: “Qualquer idade é boa para aprender. Muito do que sei aprendi-o já na idade madura e hoje, com 86 anos, continuo a aprender com o mesmo apetite”. Continue lendo “Qualquer idade é boa para aprender”
Esqueçam o que defendi
No início dos anos 80 nascia no ABC paulista o chamado sindicalismo combativo, tendo como bandeiras a modernização das relações de trabalho por meio de livres negociações entre patrões e trabalhadores e o fim da unicidade sindical – apenas um sindicato por categoria em uma mesma base territorial – com a consequente adesão do país à Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho, consagradora do princípio do pluralismo sindical. Continue lendo “Esqueçam o que defendi”
Torto feito faca
Dizem que a vida imita a arte. No caso de Belchior, a constatação foi sempre um vaticínio. Basta um conhecimento mínimo de sua obra musical para que o exegeta encontre algum verso que tenha sido transformado em ação durante, logo ou após ter sido concebido e musicado. Continue lendo “Torto feito faca”
A starlet
Gosto de starlets. Negá-las, seria negar a minha adolescência. E o cinema precisou tanto delas. O que seria de Botticelli sem Vénus, essa starlet do Olimpo? Peço desculpa aos mais fundamentalíssimos cinéfilos, mas de vez em quando faz-me falta um fim-de-semana com Elke Sommer.