Faltam o Dia do Smartphone, o dia do WhatsApp…

O Facebook solta uma insurgência de Sérgio Vaz contra os dias comemorativos. Vocifera o bom amigo contra a existência do dia da mulher, do índio, e outros. A meu ver, injustamente.

Pois ele próprio está bem contemplado por tais datas. Uma espiadela no Google mostra que Sérgio é contemplado com dia de São Sérgio, dia do jornalista, dia do sogro e… dia do avô (avós, 26/7).

De resto, que mal há em se comemorar o dia do datilógrafo, do tintureiro, do balconista de autopeças, do papiloscopista?. Este, o profissional da área de polícia que dá bom dia aos cadáveres. Pega na mão para tirar as impressões digitais.

Dia do vizinho (29/12)… O que custa Sérgio Vaz tocar a campainha na porta em frente ao seu apartamento, ela se abre. Ele, com um sorriso radioso: “Feliz dia do vizinho!”.

Ou descer à portaria: “Feliz dia do porteiro”. No banco: “Feliz dia do gerente”. No bar elegante, o garçom traz seu drinque. Sérgio se levanta, copo na mão, e chega-se ao balcão: “Salute! Feliz dia do barman.”

Ou no boteco, ao receber seu copo: “Feliz dia da cachaça”. O botequineiro, se for educado, retribuirá: “Feliz dia do cliente”. Em casa, liga para Belo Horizonte: “Feliz dia da tia solteira (25/9)”.

Só não sei como vai ser para todos nós o 31/7, dia mundial do orgasmo. Comemoração de data tem que ser ostensiva. Pensando bem… acho que a câmera do Smartphone o WhatsApp podem resolver isso. Aliás, está mais do que na hora de criar o dia dessas duas maravilhas.

8/3/2016, Dia Internacional da Mulher.

Nota do Administrador:

Eis o que diz o post do Facebook ao qual Valdir Sanches se refere, assinado por Sérgio Vaz:

Acho esse negócio de Dia Internacional da Mulher uma idiotice.

Esse negócio de Dia do Índio uma idiotice.

Esse negócio de Dia de Orgulho da Raça (sic!) Negra uma coisa de debilóides.

Gentinha boa, todos os dias deveriam ser dias de todos nós… Brancos, negros, cafusos, mulatos, amarelos, vermelhos, machos, fêmeas, héteros, homos, bis, trans, tudos.

5 Comentários para “Faltam o Dia do Smartphone, o dia do WhatsApp…”

  1. Valdir acredito que deveria haver o dia do RABUGENTO. Na falta comemoramos dia dos AVÓS que acontece no dia 26 de julho, pois nesta mesma data são também comemorados os Dias de Santa Ana e de São Joaquim, pais de Maria, senão então os avós de Jesus Cristo. Antes dia 20/7 vamos abraçar e lembrar o rabugento no dia do amigo, em 14/8 no dia dos pais e em 1/10 no dia do idoso.
    São diversas datas repetitivas e que saúdam a mulher, além do dia do orgasmo ( que sugere registro ), devemos lembrá-las e render-lhes homenagens no dia DOS NAMORADOS (12/6), elas ainda serão lembradas em 30/4 dia NACIONAL DA MULHER e em 25/7 dia da MULHER NEGRA.
    Como o dia da cachaça está longe que tal umas doses dia 30 de março próximo? Para institucionalizar o dia do RABUGENTO.
    Só para lembrar o dia do smartphone pode ter a comemoração amanhã 10/3 dia do TELEFONE.

  2. Miltinho, o dia do telefone vai desaparecer junto com o próprio. Veja o dia da pomba da Paz (2/9), que está sendo superada por outro voador, o drone da guerra.
    Especificamente para o País, se concorda, podemos comemorar dia 23 agora o dia nacional do choro.

  3. Acompanho, sem divergir, dia 23 vai haver muito choro, dependerá do dia 13 agora.

  4. Eu não sou muito a favor de datas para tudo, mas acho que o Dia Internacional da Mulher é de certa maneira importante para lembrar o tanto que nós, mulheres, ainda sofremos discriminação, abuso, violência (embora a mídia não dê a mínima, e as empresas só usem a oportunidade para tentar vender mais, assim como nas outras datas “comemorativas”).
    O Dia surgiu no final do século XIX, não apareceu agora, na onda do modismo de ter uma data para tudo, e os motivos foram mais do que justos. Por conta desse dia, surgiu uma campanha este ano na internet chamada “O que você já deixou de fazer por ser mulher?”. Duvido que haja alguma mulher que não se identifique com os depoimentos, por mais nova que seja (vamos colocar aí uma idade em que a menina já sai de casa sozinha, para ir à escola, por exemplo). Quem é homem nunca vai entender o que é deixar de fazer alguma coisa pelo medo do assédio ou da violência.
    Quando um dia a mulher passar a ter o respeito que merece, e eu certamente não vou viver para ver isso, talvez a data possa deixar de existir.

  5. A frase “Quem é homem…” ficou meio mal formulada (cadê o revisor?), eu podia ter escrito apenas “Um homem…”. Foi a pressa.
    Ainda assim, deve ter ficado melhor que qualquer coisa escrita pela dilma e pelo molusco juntos, hein, hein? Será que ele sabe fazer o “o” com o copo?

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