Somos todos cobaias

Diante dos jogos olímpicos no Rio, com mais de 300 horas de transmissão de TV por dia, novas delações no âmbito da Lava-Jato, também diárias, e proximidade do julgamento do impeachment de Dilma Rousseff, a atenção para as eleições que acontecem daqui a exatos 49 dias é próxima de zero. O calendário chega atropelando o eleitor e os candidatos, cobaias da lei que reduziu o tempo de campanha, criou regras sem regulamentá-las e extinguiu o financiamento privado. Continue lendo “Somos todos cobaias”

Isto aqui é Rio de Janeiro

Dirigir no Rio de Janeiro, decididamente, não é simples. Não basta ter carteira de habilitação válida, nem que o motorista seja um ás do volante.

O que é muito importante é que ele saiba interpretar as placas de sinalização e que nunca, jamais, em tempo algum, se fie apenas nos GPS da vida. Continue lendo “Isto aqui é Rio de Janeiro”

Vai melhorar (9)

Nos últimos dias, surgiram boas notícias e/ou bons sinais, bons indicativos na economia. Sinais de que a mais grave crise que o Brasil já enfrentou – criada pela condução destrambelhada da economia nos governos Lula e Dilma – poderá começar a ser debelada, ao longo dos próximos anos. Continue lendo “Vai melhorar (9)”

Eisenstein à Gomes de Sá

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Vou já falar de bacalhau, mas começo com uma afirmação séria: a obra cinematográfica de Eisenstein fez-se sob o signo da encomenda. Os cineastas americanos do seu tempo, dos anos 20 aos 40, recebiam encomendas de produtores como Zukor, Thalberg, Jack Warner ou Samuel Goldwyn. Eisenstein trabalhou muito com um produtor chamado Josef Estaline. Continue lendo “Eisenstein à Gomes de Sá”

A cartada que Dilma não dará

Em meados de junho, Dilma Rousseff fez chegar à imprensa a decisão de divulgar uma carta aos brasileiros, a exemplo do que fizera o ex Lula, com sucesso, em 2002. Junho acabou sem a missiva. Veio julho, nada. Agosto chegou e a tal carta, que pretendia ser o instrumento decisivo de defesa da presidente afastada, se tornou símbolo da discórdia entre os poucos aliados que ela ainda tem. Entre ela e o PT, entre ela e a realidade. Continue lendo “A cartada que Dilma não dará”

Vai melhorar (8). Mas…

Nos últimos dias, surgiram mais boas notícias sobre a economia brasileira – assim como vem acontecendo já há uns dois meses, desde que Dilma e o PT foram afastados do Palácio do Planalto. Boas notícias, ou, no mínimo, no mínimo, bons sinais, bons indicativos. Continue lendo “Vai melhorar (8). Mas…”

O povo em festa no Itaquerão

Teve um problema chato de falta de organização, mas, essa questão superada, a Olimpíada Rio 2016 começou em São Paulo com uma bela festa. O Itaquerão não lotou para os dois primeiros jogos de futebol feminino na cidade, é claro, mas estava bastante cheio, com famílias inteiras se divertindo muito, alegres, bem humoradas, bem dispostas, num clima absolutamente gostoso.  Continue lendo “O povo em festa no Itaquerão”

Uma das melhores coisas da vida

1960's - Somzinho

1973, somzão

Em 1972, meu quinto ano de São Paulo, eu já estava bem melhor de vida. Pude alugar o primeiro apartamento só para mim, depois de dividir quarto de pensionato e apartamentos com amigos. Tá certo que era na General Jardim esquina com Rio Branco, em plena Boca do Lixo – ainda não havia a Cracolândia –, mas era só meu, e pude comprar meu primeiro aparelho de som.

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Tempestade perfeita

Por conspiração dos astros, ou não, o Partido dos Trabalhadores enfrentará as eleições municipais deste ano em meio a uma tempestade perfeita. Não bastassem a proximidade entre a votação do impeachment de Dilma Rousseff no Senado, coisa já resolvida, e o envolvimento cada vez mais cabeludo de Lula na Lava-Jato, não há sinais de que daqui até outubro o governo de Michel Temer cometa grandes deslizes. Continue lendo “Tempestade perfeita”

O ar no meio das pernas

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O ar do metro levanta-lhe a roda do vestido. É mais do que uma imagem, é um ícone. Mais do que na nuíssima fotografia do calendário, foi nessa imagem de Marilyn Monroe, filmada numa noite em brasa, que todo o desejo masculino do mundo se projectou e projecta. O desejo masculino, como um rio de vento, sobe-lhe pelas livres pernas acima. Continue lendo “O ar no meio das pernas”