É conhecido o que acontece quando enfileiramos as peças de um jogo de dominó e depois damos um piparote na primeira. Continue lendo “Água”
O diabo veio para ficar
Numa campanha eleitoral “a gente faz o diabo”, mas o que não contaram é que, depois da campanha, já eleitos, o diabo continuaria sendo feito. Continue lendo “O diabo veio para ficar”
Dias piores virão
Reajuste dos combustíveis e das tarifas de energia elétrica, alta de juros, suspensão de créditos subsidiados. Tudo feito de pronto. Até cortes em salvaguardas trabalhistas, que na campanha a presidente reeleita jurava de pés juntos que não faria e acusava seu adversário de querer fazer, estão por vir. Continue lendo “Dias piores virão”
O comunista inveterado
Tinha uma cabeçada demolidora. Lisboa já não seria bem um pátio das cantigas. Mas ainda havia restos de Vascos Santanas nas leitarias de Alcântara e nas tascas da Madragoa. O atávico leão da Estrela já era. Lisboa tinha agora um SLB campeão europeu que pintava a cidade de vermelho. Continue lendo “O comunista inveterado”
O cinema e o Muro
Poucos acontecimentos da História da humanidade são tão importantes quanto a queda do Muro de Berlim, exatos 25 anos atrás. Um quarto de século! Continue lendo “O cinema e o Muro”
Amor e horror na Berlim da Guerra Fria
Em O Inocente ou O Relacionamento Especial, Ian McEwan conta uma história de amor e horror passada no auge e no coração da Guerra Fria. A época é 1955 e 1956, o cenário é Berlim, a cidade dividida então em quatro setores, cada um controlado por uma das maiores potências que haviam derrotado o nazismo uma década antes, em 1945 – Estados Unidos, Grã-Bretanha e França, do lado ocidental, e União Soviética, do lado oriental. Continue lendo “Amor e horror na Berlim da Guerra Fria”
Cerrado. Gracias y adiós
SANTA ELENA DE UAIRÉN, VENEZUELA – As ruas desta pequena cidade venezuelana, a primeira depois da fronteira, já não são mais o calçadão de milhares de roraimenses, a maioria dos frequentadores dos seus supermercados e de todo tipo de loja. A grande variedade de produtos importados, que faziam a festa dos que se aproveitavam dos preços e das facilidades do comércio formiga, sumiu. Principalmente os itens básicos de alimentação, higiene e limpeza, agora proibidos para os estrangeiros. Continue lendo “Cerrado. Gracias y adiós”
Vai doer em quem?
O leitor leu a íntegra da resolução aprovada pela Executiva do PT em 3 de novembro? Não leu? Então leia, mas cuidado, vai doer. A reunião do Diretório será nos dias 28 e 29 de novembro, mas ansiosos para continuar em sua caminhada em direção a um governo sempiterno, o PT propõe que certas resoluções sejam tomadas de imediato. Continue lendo “Vai doer em quem?”
O poder e a sedução do monólogo
A presidente Dilma disse que é hora de desmontar os palanques e de “saber ganhar ou perder”. Continue lendo “O poder e a sedução do monólogo”
Viagem ao inferno bolivariano
Quem conheceu a Venezuela há 30 anos não a reconhece hoje, tamanhas e tão profundas são as mudanças na vida do país. Quando atravessei a fronteira pela primeira vez, o petróleo, cotado a preços estratosféricos, carreava bilhões de dólares para os cofres do governo e garantia uma fartura de produtos que chegavam do mundo todo. As importações só não eram maiores que a exportação do óleo cru que jorrava – e ainda jorra – das maiores reservas mundiais que se espalham pelo subsolo. Continue lendo “Viagem ao inferno bolivariano”
Assim na padaria como no céu
O peito de peru na chapa ganhou os ares! Ainda deve haver padarias de bairro em que o freguês, com dinheiro curto, achega-se ao balcão e pede o sanduíche. O balconista repete a ordem ao chapeiro, vibrante: “Sai um peito de peru na chapa”. Continue lendo “Assim na padaria como no céu”
Marina fala
Impressionante: ela está no momento exato de querer falar tudo! Continue lendo “Marina fala”
Combate à corrupção? Dilma adia
Quatro dias depois de ser reeleita, a presidente Dilma Rousseff adiou por seis meses a entrada em vigor da lei das ONGs, que estabelece regras mais rígidas para a contratação de entidades sem fins lucrativos. Continue lendo “Combate à corrupção? Dilma adia”
Um bando de frustrados sexuais
Jorge de Sena dizia que, por vezes, os franceses nos tiram o ar todo com um sublime soco no estômago. Falava de literatura e poderia muito bem estar a falar da beleza celerada de um verso de Rimbaud. Pego-lhe nas palavras para começar a falar da beleza celerada de Paul Gégauff, poeta dos argumentos dos filmes da Nouvelle Vague que construíram o torpe imaginário da minha geração. Continue lendo “Um bando de frustrados sexuais”