É uma obsessão, uma doença crônica. Não há encontro do PT ou de maioria petista que a tal da regulação da mídia não seja um dos eixos estruturantes das discussões, para não fugir à linguagem que faz sucesso entre esta turma. Continue lendo “A obsessão do PT”
Manoel de Oliveira de calções
Até mesmo Hemingway teve infância. Antes dos touros, dos litros de dry-martinis, de Paris em festa, houve um Ernest antes de haver um Hemingway. Diria mais, ainda o decano de todos os cineastas, o nosso Manoel de Oliveira, não tinha nascido e já Hemingway tinha infância. Continue lendo “Manoel de Oliveira de calções”
Memória
O discurso de dona Dilma no dia de sua reeleição já era um tanto ou quanto diferente das palavras que proferiu em sua já tristemente célebre campanha eleitoral. Continue lendo “Memória”
Que coelho sairá dessa cartola?
Você pode acreditar em Gilberto Carvalho e achar que Joaquim Levy jogou fora todas as suas convicções e resolveu aderir ao “programa histórico do PT”, mesmo que isso seja como acreditar em mula sem cabeça ou em discos voadores pilotados por ETs. Continue lendo “Que coelho sairá dessa cartola?”
De volta ao passado
Quem apostou suas fichas no mantra “governo novo, ideias novas”, pode perder as esperanças. Pelo andar da carruagem, o movimento do governo Dilma se dará no sentido contrário, ou seja, um mergulho no passado em busca do modelo que assegurou os anos de bonança do governo Lula. Continue lendo “De volta ao passado”
Sir Paul: 1.000!
À minha direita tinha uma moça nascida cinco anos depois do fim dos Beatles. Quando Paul lançou Band on the Run, com sua segunda banda, em 1973, a mãe da moça e eu nos preparávamos para nos casarmos. À minha esquerda estava um casal que eu nunca tinha visto na vida, e com certeza jamais vou voltar a ver – um casal simpaticíssimo, aí na faixa dos 30 anos de idade. Continue lendo “Sir Paul: 1.000!”
Infra para ver Sir Paul: 0
A fila era imensa. Se bifurcava, se dividia em duas! Hordas de Gérsons, de brasileiros espertos, furavam a fila em vários lugares, em especial ali, na bifurcação, na esquina de Avenida Antártica com a Rua Padre Antônio Tomás – e não havia ninguém, absolutamente ninguém, para organizar a zorra. Continue lendo “Infra para ver Sir Paul: 0”
Emmylou conta a tragédia de Lillian
A história de Lillian, moça pobre do interiorzão bravo, daquele lugar de fim de mundo de terra vermelha, é triste a não mais poder. É uma daquelas histórias de gente que não teria saída nenhuma na vida mesmo – estava fadada a ser tragédia. Continue lendo “Emmylou conta a tragédia de Lillian”
Não é bem a história do Capuchinho Vermelho
Se repararem bem, ela está lá. A lingerie é de seda vermelha, collants pescadores de rede vermelha também, uns vermelhíssimos sapatos Manolo Blahniks que, calçasse-os Dorothy, e outra teria sido a sua conversa com o feiticeiro de Oz. Continue lendo “Não é bem a história do Capuchinho Vermelho”
Paúra no “clube” dos políticos
Ainda que pelo avesso, Dilma Rousseff acertou uma. Depois da prisão de alguns dos donos do dinheiro – grandes empreiteiros que pagaram propinas a operadores da Petrobras –, o Brasil definitivamente não será o mesmo. Continue lendo “Paúra no “clube” dos políticos”
O X da questão
Durante os oito anos de seu governo, palanque sim, palanque não, ao mencionar sua maior criação, a herança maldita, Lula criticava a audácia de FHC em querer trocar para Petrobrax o nome de nossa maior empresa. Continue lendo “O X da questão”
Em busca da agenda perdida
O governo Dilma não terminou o período velho e nem começou o novo. Para ocupar o vácuo, as escavações chegam ao pré-sal da corrupção petroleira, de onde jorram cifras espantosas de dinheiro desviado ou para bolsos particulares ou para siglas partidárias entre as quais os cargos diretivos da maior empresa brasileira foram loteados como sesmarias. Continue lendo “Em busca da agenda perdida”
Venezuela cerrada, Guiana open
LETHEM, REPÚBLICA DA GUIANA – O motorista de primeira viagem estranha ao dar de cara com a mudança logo depois da ponte Olavo Brasil, construída sobre o Tacutu, rio que demarca a fronteira entre Brasil e a Guiana. No fim da cabeceira, dentro do território guianense, o trânsito muda de mão, com tráfego pela esquerda, coisa que a grande maioria dos roraimenses (e dos demais brasileiros) só conhece pela TV e pelo cinema. Continue lendo “Venezuela cerrada, Guiana open”
A mulher estrangulada
Deus é um despesista. Fez o mundo em sete dias. Devia era aprender com Edgar G. Ulmer, que fazia filmes em seis dias. O problema de Deus é não ser um cineasta alemão. Tivesse Ele sido assistente de Murnau e de Lang, haveria mulheres na Lua e nas florestas do mundo outros tabus cantariam. Continue lendo “A mulher estrangulada”
Ao diabo não se diz amém
Não é a primeira e por certo não será a última vez que o governo Dilma Rousseff transfere para outros a tarefa de corrigir os males provocados por um dever de casa que ela não fez. Mas nunca antes da história deste país um governo foi tão longe: quer aprovar uma lei para descumprir a lei. Continue lendo “Ao diabo não se diz amém”