Commodities cubanas

Acabam de desembarcar no Brasil os primeiros médicos estrangeiros do polêmico Mais Médicos, carro-chefe da campanha eleitoral do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao governo do Estado de São Paulo, que nem se preocupa em esconder isso. Até foi ao aeroporto receber quatro deles, sendo dois brasileiros formados lá fora, que apostam na chance de exercer a profissão na terra natal sem o Revalida, teste que no ano passado aprovou apenas 7,5% dos brasileiros com diploma estrangeiro.

Mais do que ninguém, Padilha sabe que a precariedade do atendimento à saúde não reside no médico e que pouco adiantará multiplicar jalecos brancos sem infra-estrutura. Mas como luta contra o tempo para dar cara à sua gestão, tenta, a cada dia, costurar um discurso novo para remendar os furos de um programa parido às pressas para lhe garantir palanque.

Em menos de dois meses, criou a extensão do curso de medicina para oito anos, os dois últimos no SUS, e recuou; anunciou que contrataria seis mil médicos cubanos, desistiu e desistiu da desistência. Para tal, assinou o mais rápido acordo bilateral de que se tem notícia na história, permitindo que 400 médicos cubanos cheguem já nesta semana, quatro mil no total.

Exportar médicos é um negócio extremamente lucrativo para Cuba. Dados da BBC mostram que os médicos-commodities rendem algo em torno de U$ 5 bilhões ao ano à ilha. Hoje, há contratos de exportação para mais de 60 países. O maior e mais lucrativo deles, com a Venezuela, rende 100 mil barris de petróleo/dia.

Por aqui, o Ministério da Saúde informa que repassará R$ 511 milhões à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) até fevereiro de 2014, e que caberá à entidade pagar ao governo cubano. Ou seja, aplica-se o modelo bolivariano: o contrato é com o governo Raúl Castro e não com os profissionais, tratados como mercadoria.

É no acordo via Opas que o governo sustenta a legalidade de os médicos não receberem diretamente suas remunerações. Só não alardeiam que o representante da Opas no Brasil é Joaquin Molina, odontólogo cubano. Talvez isso explique a celeridade do acordo.

Há outras janelas. De 2006 para cá, mais de 500 estudantes brasileiros foram admitidos nas faculdades de medicina de Cuba a partir de seleção que teria como critério militância em movimentos sociais ou indicação partidária. Resta saber se trazê-los de volta fez parte do veloz acordo.

Quanto aos cubanos, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, já avisou que o Brasil não concederá asilo a importado algum. Não reconhece que Cuba obriga a exportação, com represálias aos que a ela se negam.

Para o governo Dilma Rousseff, Cuba é aqui.

 Este artigo foi originalmente publicado no Blog do Noblat, em 25/8/2013. 

14 Comentários para “Commodities cubanas”

  1.  Terça-feira, 27 de Agosto de 2013 |

    PROGRAMA MAIS MÉDICOS

    Só vejo vantagens
    Por Ricardo Noblat em 27/08/2013

    Reproduzido do blog do autor, 26/8;2013; título original

    “‘Só vejo vantagens’ (sobre a vinda de médicos estrangeiros)”

    “Sem tolices, por favor. Queriam o quê? Que precisando contratar médicos para fixar no interior do país o governo não o fizesse só por que os nossos têm outros planos?
    Ou então que contratasse estrangeiros, mas não cubanos por que eles vivem sob uma ditadura?
    Com quantas ditaduras o Brasil mantém relações?
    Sabe em que governo o Brasil reatou relações diplomáticas com Cuba? No do conservador José Sarney. Pois não é?
    Desembarcaram por aqui no último fim de semana os 400 médicos cubanos que aceitaram trabalhar durante três anos nos 701 municípios rejeitados por brasileiros e estrangeiros em geral inscritos no programa “Mais Médicos”.
    São municípios que exibem os piores índices de desenvolvimento humano do país, 84% deles situados no Norte e no Nordeste.
    Os nossos médicos brancos e de olhos azuis não topam servir onde mais precisam deles.

  2. Um problema, outro problema.
    por RICARDO NOBLAT

    “Médico cubano não fala português direito! (Ora, tenham dó. Eu passo.) Não podem ser tão bem preparados. Podem e são. Estão em dezenas de países. Até no Canadá. Até na Inglaterra.

    Ministro da Saúde, José Serra foi à Cuba conhecer como funcionava o sistema de atendimento médico comunitário. Voltou encantado.

    No final dos anos 90, o governo do Tocantins importou 210 médicos, 40 enfermeiros e oito técnicos cubanos. Sucesso total.

    Sei: coitado do médico cubano! A maior parte dos R$ 10 mil mensais a que terá direito ficará com o seu governo. E ele não poderá trazer a família. Os demais médicos estrangeiros poderão trazer a mulher e até dois filhos.

    Também tenho pena deles. E deixo aqui como sugestão: entre tantas passeatas marcadas para 7 de setembro por que não fazemos uma pedindo o fim da ditadura cubana? Ou pelo menos melhores salários para os médicos da ilha? Já pensou? Abrindo a passeata, representantes de entidades médicas. De jaleco. Atrás, um mar de bandeiras vermelhas para animar a turma. Fechando a passeata, o bloco dos vândalos. E tudo filmado pelos ninjas!

    Compartilho o receio de os médicos estrangeiros se frustrarem com a carência de equipamentos no Brasil. Se eles faltam até nas maiores cidades, imagine nas terras do fim do mundo? Se faltam remédios… Ainda assim é melhor ter médicos a não tê-los.

    Em certos casos só se resolve problema criando problema. E haverá sempre o recurso à passeata. Se negarem o que pedimos… Se rolar grossa pancadaria…

    Cuide-se, Dilma!”

  3. Texto excelente da Mary Zaidan, como sempre.

    E irreconhecível o do Noblat. Li no site dele e nem acreditei em tamanha bobagem.

    “Com quantas ditaduras o Brasil mantém relações?”, pergunta ele. Como se isso tivesse alguma importância.

    Como se ter relações diplomáticas com uma ditadura justificasse a oficialização do trabalho escravo. Como se justificasse o o financiamento dessa ditadura.

    Fora os outros absurdos do texto. Vamos por partes:

    1. “… o governo não o fizesse só por que os nossos têm outros planos?”
    – Outros planos? O que não existe é condição de trabalho. Não existe plano de carreira ou concursos. Prefeituras fazem contratações emergenciais, sem estabilidade profissional alguma ao médico, podem ser demitidos a qualquer momento. Fora os inúmeros casos em que deixam de receber após o segundo ou terceiro mês.
    A solução adequada? Plano de carreira, como acontece no judiciário.

    2. “Os nossos médicos brancos e de olhos azuis não topam servir onde mais precisam deles.”
    – Vergonha alheia desta frase. Preconceituosa com toda a classe médica. O dia em que forem oferecidos contratos com estabilidade profissional e condições mínimas de trabalho e mesmo assim os brasileiros não quiserem ir, pode-se afirmar coisa semelhante (excluindo o “brancos e de olhos azuis”). Antes disso, não. Não se pode oferecer um emprego de futuro incerto em uma condição precária e achar espantoso que o profissional não queira ir. Espantoso seria se fosse.

    3. ““Médico cubano não fala português direito! (Ora, tenham dó. Eu passo.) ”
    – Teste de proficiência na língua é requisito básico para o exercício profissional onde um erro pode custar uma vida. É , por exemplo requisito obrigatório para revalidação profissional na Inglaterra, EUA, França, etc.

    4. “Não podem ser tão bem preparados. Podem e são.”
    – Fossem tão bem preparados, fariam revalidação do diploma. Simples. No último revalida, o índice de reprovação foi de 92% (inscritos de diversos países, não apenas Cuba).

    5. “Estão em dezenas de países. Até no Canadá. Até na Inglaterra.”
    – Sou médico, com seis anos de faculdade e seis de residência (três residências de dois anos). Ano passado fiz um estágio de 4 meses na Inglaterra. Lá não poderia atender ou realizar procedimentos caso não validasse antes meu diploma (três fases de avaliação: proficiência em inglês, prova teórica de medicina e exame prático). Nunca achei que isso fosse absurdo, pelo contrário, concordo completamente com a exigência.

    6. “No final dos anos 90, o governo do Tocantins importou 210 médicos, 40 enfermeiros e oito técnicos cubanos. Sucesso total.”
    – Sucesso total? Os cubanos tiveram que voltar à ilha, pois a Justiça considerou seu trabalho ilegal. “Na sentença o juiz comparou o trabalho dos cubanos a curandeirismo.” Leia em: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/em-1999-justica-considerou-ilegal-trabalho-dos-cubanos-que-note-se-nao-chegam-ao-brasil-como-escravos/

    E, além de tudo isso, há o problema do precedente. Quem serão os próximos? Se amanhã o governo petista achar que paga muito a procuradores e juízes, vão começar a trazer advogados cubanos pela metade do preço? Ou policiais norte coreanos? Ou engenheiros chineses? Isso me faz lembrar um certo texto de Brecht….

    O problema da saúde pode ser resolvido com plano de carreira para atrair profissionais e investimento em infra-estrutura, com unidades básicas nos municípios e hospitais regionais maiores para referência.

    Medidas populistas como trazer supostos médicos, cuja qualificação é uma incógnita, sem investimento em infra-estrutura, apenas joga a sujeira para debaixo do tapete e posterga ainda mais uma resolução adequada e definitiva para o problema.

  4. Sim os textos da Zaidam com complemento do Rafael

    Trazem à discussao a visao obliterada dos medicos nacionais.

    Mas, se os médicos brasileiros não querem ir aonde o povo está, bem-vindos sejam os escravos estrangeiros.

  5. A opção de ficar nos grandes centros é, de certo modo, compreensível.
    Não se discute as fragilidades de um programa de emergência.
    Seria pouco razoável, por exemplo, negar a ausência de uma estrutura adequada para a atuação de quaisquer médicos pelo interior do País.
    Seria pouco razoável também negar a dificuldade para amarrar juridicamente um contrato de trabalho que prevê a triangulação entre países (um deles, bem pouco afeito à transparência) para remunerar o trabalhador.
    Não se nega ainda a necessidade de se regular a atuação desse médico conforme o tamanho de sua responsabilidade.
    Não se discute a necessidade de se validar diplomas com base em um critério honesto que não tenha como finalidade a reserva de mercado.

    Da mesma forma, seria razoável (ou deveria ser) supor que a urgência para a garantia de atendimento básico preceda os ajustes de rota – estes facilmente remediados com boa vontade, o que não é o caso de uma vida por um fio.

    Mas, para boa parte dos ativistas de ocasião, cruzar os braços diante da suposta politicagem, do suposto populismo, do suposto oportunismo e do suposto navio negreiro é mais nobre do que atacar o problema real.

    Parecem a versão remodelada da conferência das aranhas do conto A Sereníssima República, de Machado de Assis.

    É a mais perfeita alegoria de nossa incompetência histórica:

    “Uns entendem que a aranha deve fazer as teias com fios retos, é o partido retilíneo; outros pensam, ao contrário, que as teias devem ser trabalhadas com fios curvos, – é o partido curvilíneo. Há ainda um terceiro partido, misto e central, com este postulado: as teias devem ser urdidas de fios retos e fios curvos; é o partido reto-curvilíneo; e finalmente, uma quarta divisão política, o partido anti-reto-curvilíneo, que fez tábua rasa de todos os princípios litigantes, e propõe o uso de umas teias urdidas de ar, obra transparente e leve, em que não há linhas de espécie alguma”.

    Nessa conferência, a discussão gira em torno dos símbolos atribuídos a uma mesma teia. O imobilismo é o único resultado da gritaria.

    Como as aranhas de Machado de Assis, preferimos discutir o sexo dos anjos em vez de atingir o cerne de uma questão urgente: o abandono de uma parte considerável da população.

    Seria razoável que elas estivessem no centro do debate. Mas a razoabilidade é um objeto raro quando a ala (sempre em tese) mais esclarecida do País tem como um cartão de visita a vaia, a arrogância e a agressão.

  6. TRABALHE CONOSCO.

    Atuando com MSF pelo mundo

    Quando você decide juntar-se à equipe de Médicos Sem Fronteiras (MSF), faz mais do que uma escolha profissional; faz também uma opção de vida. Nossos profissionais são pessoas que, acima de tudo, acreditam no trabalho humanitário imparcial, neutro e independente realizado pela organização mundo afora e sentem-se motivadas por ele.

    Os profissionais de MSF não são voluntários; recebem salários e participam de processos de seleção rigorosos, a fim de garantir a qualidade técnica e o comprometimento com os princípios da organização. Não são, no entanto, os salários que atraem e retêm os profissionais na organização e, sim, a satisfação de trabalhar por uma causa que contribui para a vida de tantas pessoas.

    Como é um projeto de campo de MSF?

    Atualmente, MSF mantém projetos em cerca de 70 países em meio a situações de conflitos armados, epidemias, desastres naturais e exclusão do acesso à saúde. Cada um dos projetos tem sua particularidade e, em todos eles, a segurança das equipes e dos pacientes é aspecto fundamental para MSF. Entre os profissionais, a diversidade cultural é uma constante e a flexibilidade para adaptar-se às adversidades que possam surgir é uma característica essencial.

  7. Obliterada não é a visão dos médicos, pelo contrário, eles que sofrem com o descaso dos políticos com a saúde.

    Obliterada é a visão dos esquerdistas, que chegam a achar que pode tratar-se de “suposto populismo” o que é populismo escrachado.

    Se você oferece uma baixa remuneração, sem nenhuma garantia de estabilidade no emprego (pode ser demitido ou parar de receber a qualquer momento) e ausência de condições mínimas de trabalho, como pode achar um absurdo que as pessoas não aceitem essas condições? Como pode ter a cara de pau de achar que são “mercenários”?

    Quanto tempo é necessário para que um governo minimamente competente possa organizar um plano de carreira e concursos públicos? Não muito, né? Por pior que seja esse governo.

    Por que você acha que no legislativo não há esse problema? Concursos concorridíssimos, onde o aprovado vai pra onde quer que mandem.

    E o governo que temos NADA de eficaz fez em 10 anos.

    Urgente é plano de carreira na área da saúde (para todas as classes profissionais da saúde) – ao mesmo tempo que se investe em infra-estrutura.

    Urgente não é trazer supostos médicos, de qualificação desconhecida para trabalharem em regime de semi-escravidão ao mesmo tempo que se envia dinheiro a um ditador.

    O programa Maus Médicos é só demagogia.

  8. Tem toda razão o programa é demagógico!
    Bolsa família também é altamente demagógico e paternalista. Mas deu resultado.
    Vai que mais médidos dê resultado, o PT vai continuar no poder.
    Mas a realidade é que os médicos tem visão obliterada da sociedade.
    A medicina virou mercadoria e com reserva de mercado. Ainda querem plano de carreira para uma carreira de exploração altamente rendosa.
    Ainda bem que médicos cubanos aceitam se escravisar para dar assitência a quem se trata pelo SUS.
    A saúde é uma vergonha neste rico país, serve a demagogia dos políticos, aos médicos obliterados, menos aos imbecis úteis que elegem seus governantes.

  9. O programa “FOME ZERO” foi abandonado, era um programa que incluía os necessitados em programas de auto gestão econômica, de trabalho, saúde e educação.
    O traidor trocou por um programa demagógico e sabidamente paternalista chamado BOLSA FAMÍLIA a quem os tucanos, ex poderosos, intitulam-se criadores. Uma lástima!

    Falando sobre o PT : “Lamento que o PT, como partido, tenha trocado um projeto de Brasil por um projeto de poder. O partido, não todos os seus militantes, mas sua direção está muito mais interessada nas alianças promíscuas em nome de uma governabilidade, que poderia ser feita de outra maneira, valorizando os movimentos sociais”.

  10. Meu caro, agora você falou enormes inverdades.

    Caso a medicina tenha se tornado mercadoria, pode ter certeza absoluta que os mercadores não são os médicos. Pelo contrário, são a mercadoria.

    Os mercadores são os donos dos planos de saúde, que pagam valores risíveis por consulta médica. Valores que muitas vezes não pagam um corte de cabelo. Cirurgias que pagam menos do que uma moça paga em uma tarde no salão de cabeleireiro.

    Ou nas palavras de Edson de Godoy Bueno, dono da Amil: “Para mim, foi uma experiência que me trouxe grande satisfação. Eu percebi que dispunha de mão de obra extremamente qualificada, mas extremamente barata: o médico. Eu soube explorar isso, e o resultado foi a Amil”.

    Outro mercador é o governo, em todos os níveis, que explora a imagem da saúde em todas as eleições e não resolve o problema. Sabe quanto paga uma consulta pelo SUS? 11 reais. É, isso mesmo. ONZE reais. O flanelinha não lava o seu carro por onze reais. Uma cirurgia de apêndice paga 112 reais.

    E essa é a realidade da imensa, esmagadora maioria dos médicos brasileiros. Atendem SUS e convênios. Uma ínfima minoria atende exclusivamente consultas particulares.

    Então sugiro que se informe um pouco antes de falar que médicos tem uma carreira altamente rendosa e que não querem trabalhar no sus. O problema, meu caro, não são os profissionais, é o SUS!

    Quanto ao comentário da carreira de estado: é fundamental um plano de carreira para profissionais da saúde, justamente para resolver o problema de atendimento em pequenas cidades.

    A saúde, do jeito que está, não serve a médicos ou pacientes. Imagine-se um programador enviado pra um rincão e sem um computador: vai passar o dia sentado, sem ter o que fazer. Imagine-se um médico em um rincão e não lhe deram estrutura, condições de trabalhar: pacientes irão morrer na sua frente. Pessoas que você poderia ter tratado se o governo não tivesse gasto aquele dinheiro em estádios de futebol. Você vai ver pessoas sofrendo, agonizando na sua frente. Vai ter que conversar com os familiares e vai ser acusado por eles quando pouco ou nada puder fazer – afinal de contas, sobra sempre pra quem está na linha de frente…. Brasília é muito longe dos rincões…

    O Brasil investe muitíssimo pouco em saúde, cerca de 8,7% do PIB. Isso é menos que a média mundial. Menos até que a média de país africano (10.6%). Só 46% dos gastos nacionais em saúde são bancados pelo governo, no Reino Unido são 83% !! Investimos per capita menos em saúde que Argentina e Chile. Ah, mas estamos construindo estádios! E vamos ter a copa e as olimpíadas!

    Plano de carreira e investimento em saúde. É simples.

    Portanto, sugiro que se informe um pouco mais antes de sair propagando sua visão estereotipada e superficial da classe médica. Muito fácil destilar comentários baseados em preconceitos e falsas impressões, ignorando os fatos.

    Abraço.

  11. Realmente generalizar não leva a nada.Em tudo existem exceções. Há médicose e a médicos.
    Existem os preconceituosos e e mal informados.
    Investimento em saúde não é tão simples como se alardeia. O plano de carreira só atende aos carreiristas e não aos necessitados.
    Preconceito é não aceitar os médicos cubanos.

    “Há outras janelas. De 2006 para cá, mais de 500 estudantes brasileiros foram admitidos nas faculdades de medicina de Cuba”.

    A informação não é minha.
    O preconceito não é meu!

    Meu plano de saúde é SUS! Já sofri no bolso e na carne. Conheço médidos, minhas experiências não são boas.

    O BRASIL precisa de + médicos, não importa a nacionalidade, não importa o cor do jaleco.

    O ódio ao PT se estende a população, talvez porque os imbecis úteis elegeral Lula e Dilma.

    Pai, perdoe, eles não sabem o que fazem.

  12. Comentário de
    Francisco José
    em CARTA CAPITAL.

    MAIS MÉDICOS X MAUS MÉDICOS: A SAÚDE DO BRASILEIRO EM DISPUTA(?)

    Muita polêmica sobre o Programa Mais Médicos, do Governo Federal, alimentada pela grande mídia oposicionista e pelo Conselho Federal de Medicina, o qual representa o pensamento elitista em que se funda a formação do profissional médico, nessa terra invadida por Cabral.

    Para essa turma, a maioria da população – pobre e com uma assistência na área de saúde, ainda precária e longe do desejável, no que pese os avanços dos últimos dez anos -, o fortalecimento do SUS, pouco importa. Isso não interessa, para eles.

    No entanto, na tentativa de guardar seus privilégios e status de classe superior – isso, tentam esconder da população -, invocam bandeiras que não são suas, até porque, nenhuma dessas vozes se levantou, quando da extinção da CPMF, pelo Congresso Nacional.

    Nos últimos dias que antecederam à chegada dos médicos estrangeiros, cubanos principalmente, duvidaram da qualidade dos profissionais da “Ilha de Fidel”, mas logo, essa premissa se tornou falsa, pelos números apresentados por organismos internacionais, como a OMS (Organização Mundial da Saúde). Cuba apresenta números que põem o Brasil no “chinelo”. Aos curiosos interessados, recomendo que pesquisem. Porém, só um dado, para não deixar de expor nenhum: em Cuba, grávida não morre de “ataque de eclampsia”.

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