Animada pela pesquisa CNI/Ibope que lhe conferiu 43% de aprovação, cinco pontos percentuais acima do levantamento de setembro, a presidente Dilma Rousseff comemorou no estilo que lhe ensinaram: em cima do palanque. Continue lendo “Muquifo”
Pouco pode ser muito
Penso na fisioterapia. O paciente está com dores, dificuldade de se movimentar, incômodos musculares ou na coluna vertebral. Posturas inadequadas ou aflições afins. O profissional lhe ensina pequenos exercícios, curtos e localizados, gestos que aparentemente nada têm a ver com seu padecer. Continue lendo “Pouco pode ser muito”
Só lhe falta ter piratas
Levem os rapazes ao cinema. Borrifem-se para as classificações etárias e levem as criancinhas a ver Mud, de Jeff Nichols, que em português se chamou Fuga. Continue lendo “Só lhe falta ter piratas”
The Elders
O que Nelson Mandela fez pelo ser humano jamais será suficientemente valorizado. A vitória sobre o apartheid em seu país é obra de gigante. Acho incrível quando ainda leio críticas à sua atuação como administrador. Não basta ele ter conseguido que brancos e pretos andem na mesma calçada, frequentem a mesma escola, sejam tratados pelo mesmo médico? O que hoje parece tão comum – não é? – antes de Mandela era impensável. Continue lendo “The Elders”
Palavras, gestos e atos
A palavra “estadista” nunca foi tão usada e abusada quanto nesta semana em que o mundo parou para lembrar, dançar, chorar e enterrar Nelson Mandela. Continue lendo “Palavras, gestos e atos”
Made in China
Faz tempo, deixei de trocar a roupa, pela manhã, entrar no carro, esperar o motor aquecer (mania de velho). No somenos, espiar pelo “olho mágico” do portão da garagem para ver se “eles” não estão à espera de que eu saia para me assaltar. Continue lendo “Made in China”
Más notícias do país de Dilma (126)
Nos últimos sete dias, os jornais nos informaram que a confiança dos empresários do comércio registrou uma queda de 3,1% em novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado. Continue lendo “Más notícias do país de Dilma (126)”
Como não gostar de Harry Hole?
Em Boneco de Neve, de 2007, o escritor norueguês Jo Nesbø volta a mexer na cronologia, como já havia feito em O Redentor, de 2005. Volta também a usar, com maestria, o que parece ser uma característica de suas obras: as ações paralelas. Continue lendo “Como não gostar de Harry Hole?”
Cadê o bê-a-bá?
Chavão de candidatos de todos os partidos, de vereador a presidente da República, a tal da melhoria da qualidade de ensino não consegue descer do palanque e chegar às crianças e jovens do País. Ano a ano, o Brasil continua condenando milhões à ignorância simplesmente porque não leva a sério, não quer, de verdade, debruçar-se sobre a educação. Ou melhor, em como corrigir a falta dela. Continue lendo “Cadê o bê-a-bá?”
Presença humana
Meus pais me olham através do retrato. Sinto a presença deles. É para isso que pomos as fotografias das pessoas que gostamos na parede. Para que em dado momento do dia, em hora que estamos à procura de algo, nos deparemos com olhares que sempre nos acompanharam e que não estão mais ao nosso alcance. Continue lendo “Presença humana”
Todos o queriam, todos o proibiam
Muitas das coisas de que o nazi Joseph Goebbels gostava são coisas de que todos gostamos. Uma delas é o filme M, que outro alemão, Fritz Lang, realizou em 1931. A sensibilidade de Goebbels derreteu-se ao vê-lo no cinema. Continue lendo “Todos o queriam, todos o proibiam”
O enguiço
O Brasil está enguiçado. Sem instrução e sem educação. Não há possibilidade de um país crescer com tanta ignorância e tanta deseducação. E tanto desamor. Continue lendo “O enguiço”
Mandela e o roqueiro
O mundo brasileiro da política se move em três dimensões paralelas, que não têm contato nem relação entre si. E mesmo esses universos se movem em várias pequenas constelações que também não se comunicam. Continue lendo “Mandela e o roqueiro”
Más notícias do país de Dilma (125)
“Estranho País este que inventa a renúncia remunerada; que um preso na Papuda pede para trabalhar em um hotel fantasma, em que o dono é um laranja; que o ministro da Fazenda diz que está tudo ótimo ao anunciar o PIB negativo (-0,5) do terceiro trimestre; que ostenta a 72ª colocação no ranking dos mais países mais corruptos (era 69º e caiu três posições), empatando com São Tomé e Príncipe, Bósnia Herzegovina, Sérvia e África do Sul; que até melhora em matemática (sai do muito sofrível para o sofrível), mas continua entre os lanternas no Pisa – 58º entre 65 países – e ainda assim o ministro da Educação só vê ‘avanços’. E olha que isso é o resumo de apenas um dia. Um diazinho só.” Continue lendo “Más notícias do país de Dilma (125)”
O céu na cabeça
Asterix, Obelix e seus amigos gauleses topavam qualquer parada, briga ou guerra. Temiam apenas que o céu caísse sobre suas cabeças. Em nossa realidade, temos motivos para nos preocupar que algo vindo de cima nos alcance. Caso dos meteoritos ou mesmo dos raios. Continue lendo “O céu na cabeça”