Más notícias do país de Dilma (30)

A presidente Dilma Rousseff foi obrigada a demitir cinco ministros envolvidos em casos de corrupção – e aí se cansou. Ficou muito macha. Não quer saber de demitir os ministros do Trabalho, Carlos Lupi, e das Cidades, Mário Negromonte, apesar de todas as denúncias e comprovações de que estão atolados até o último fio de cabelo em um mar de lama.

O caso de Carlos Lupi é especialmente assustador, e ficou mais ainda com a decisão – por unanimidade – da Comissão de Ética da própria Presidência da República de recomendar que o ministro seja demitido.

Mas as irregularidades no Ministério das Cidades são também pavorosas – até porque passam pelas verbas dessa pasta as diversas obras necessárias para que o Brasil sedie a Copa do Mundo de 2014.

É pelas obras para a Copa que começa esta 30ª compilação de notícias e análises que comprovam a incompetência do governo Dilma Rousseff. Todas elas foram publicadas no período de 25 de novembro a 1º de dezembro.

O texto está imenso, mas não consegui deixar de transcrever inteira uma reportagem importantíssima publicada pelo Valor Econômico, mostrando que os estádios de futebol que estão sendo construídos e/ou reformados para a Copa vão levar até 198 anos para se pagar.

Dois séculos. O país vai levar dois séculos para se recuperar de um único dos muitos estragos deixados pelo lulo-petismo.

Foi por isso que eles lutaram tanto para fazer a Copa no Brasil

* Governo perde o controle de obras da Copa, que já estão R$ 2 bi mais caras

“A fraude no Ministério das Cidades (ver o noticiário abaixo) que abriu caminho para a aprovação do projeto de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá, R$ 700 milhões mais caro que o original, é apenas um dos exemplos de como o custo das obras da Copa do Mundo escapou do controle público. No que diz respeito à mobilidade urbana, os gastos totais aumentaram R$ 760 milhões, quando comparada a atual estimativa à previsão inicial de janeiro de 2010. (…) Levando-se em conta a alteração orçamentária dos estádios, o aumento total das obras da Copa supera R$ 2 bilhões.

“A mudança de planos em Cuiabá atendeu aos apelos do governador de Mato Grosso, Sinval Barbosa (PMDB). Além de Cuiabá, houve aumento de preço nas obras de mobilidade urbana em outras cinco cidades: Belo Horizonte, Manaus, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro. Em Belo Horizonte, o BRT da avenida Cristiano Machado saltou de R$ 51,2 milhões para R$ 135,3 milhões, acréscimo de 164,3%. Em Manaus, o valor global das duas obras previstas – um monotrilho, já criticado pela Controladoria-Geral da União (CGU), e uma linha rápida de ônibus – aumentou 20%. O prolongamento da Avenida Severo Dullius, em Porto Alegre, ficou 70% mais caro. Todas as cinco obras de mobilidade urbana programadas para Recife encareceram – entre elas, o BRT Leste/Oeste – Ramal Cidade da Copa, que aumentou de R$ 99 milhões para R$ 182,6 milhões (84,40% de diferença). O Corredor Caxangá (Leste/Oeste), por sua vez, agora custa R$ 133,6 milhões, ou 80,54% a mais.” (Rafael Moraes Moura, Estadão, 28/11/2011.)

* Arenas da Copa vão demorar até 198 anos para pagar custo

“As arenas esportivas que estão sendo construídas para a Copa do Mundo de futebol de 2014 nas 12 cidades-sede demorarão de 11 a 198 anos para se pagar, levando em conta o nível atual de rentabilidade dos estádios nos Estados em que serão erguidos, mostra estudo feito pela BSB – Brunoro Sport Business. Também segundo a análise, os 12 estádios que foram escolhidos para os jogos da Copa custarão mais e terão receita menor depois da competição que aqueles construídos para as últimas duas edições da Eurocopa. Os piores prazos estão em Cuiabá, Natal, Brasília e Manaus e variam de 130 a 198 anos.

“O estudo da BSB, uma empresa de consultoria esportiva, prevê dois cenários econômicos para as arenas da Copa após os jogos. O primeiro leva em conta o nível atual de renda do futebol no Estado em que elas estão sendo construídas. O segundo, mais otimista, prevê aumento do faturamento com a venda especial de camarotes, publicidade, shows, ‘naming rights’ (venda do nome do estádio) e locação para outros eventos. No cenário otimista, os prazos para pagar o investimento variam de cinco a 45 anos.

“No cenário mais pessimista (que considera o padrão atual de uso), a arena com a pior rentabilidade é a de Manaus. A previsão é que o seu faturamento anual depois do torneio fique em torno de R$ 2,51 milhões. Com o custo – até agosto – estimado em R$ 499,5 milhões, a arena esportiva demoraria 198 anos para se pagar. Contando com um aumento em diferentes frentes, a receita subiria para R$ 11 milhões anuais, com a obra se pagando em 45 anos. Nesse cenário, o Beira Rio, de Porto Alegre, se paga em 10,9 anos.

“Para estimar o faturamento bruto nos dois cálculos, o estudo não levou em conta gastos com impostos, amortização de investimentos e manutenção. A receita com ingressos também ignorou a parte que cabe ao time mandante, por haver muita diferença por região.

“O estádio Mané Garrincha, em Brasília – orçado em R$ 671 milhões -, não está na lista dos mais caros, mas só deve se pagar no próximo século. A estimativa pessimista é que o faturamento alcance o investimento em 167 anos, tempo pouco maior que os 155 anos do Estádio das Dunas, em Natal. Ao custo de R$ 400 milhões, a arena tem receita prevista em R$ 2,57 milhões anuais.

“Mais rápida no retorno do investimento de R$ 342 milhões necessários à sua construção, a Arena Pantanal, em Cuiabá, vai equalizar o gasto em 130 anos, mantido o padrão atual do futebol de Mato Grosso, onde o Luverdense, time do Estado melhor colocado no cenário nacional, disputou a Série C neste ano. O clube da capital, o Cuiabá Esporte Clube, competiu na Série D e subiu este ano para a Série C.

“De acordo com Marcelo Doria, presidente da BSB, o estudo mostra que o país precisa aproveitar melhor a estrutura que está criando. ‘Algumas arenas estão com o tempo de retorno muito longo. Precisamos repensar como tirar mais receitas, pois não vai ser bom para o esporte, como negócio, deixar esses lugares como elefantes brancos. Todo mundo fala do tamanho do investimento, mas seria mais saudável olhar para a eficácia dele’, afirmou para depois dar um exemplo de como uma arena multiuso é usada nos Estados Unidos. ‘O Staples Center, do Los Angeles Lakers, tem 70% da receita vinda de shows. No Brasil o esporte ainda não é tratado como entretenimento do jeito que fazem lá fora. É tudo muito concentrado na renda de bilheteria que vem do futebol’, diz.

“Nos Estados mais rentáveis, onde estão os times com maior torcida e, consequentemente, maior oportunidade de um faturamento mais encorpado, nenhum estádio se paga em menos de uma década no cenário otimista, de acordo com o estudo. Os três maiores, Maracanã, Itaquerão e Mineirão, estão com previsão de retorno do investimento em 19, 22 e 18 anos, respectivamente. A Fonte Nova, em Salvador, com custo no nível dessas outras arenas (R$ 835 milhões) deve demorar 43 anos.

“Na comparação com a construção e reforma de estádios utilizados para torneios na Europa, o prazo de retorno de investimentos nas principais arenas brasileiras é maior mesmo no cenário otimista. O Estádio do Dragão, do Porto, de Portugal, custou € 115 milhões (R$ 424 milhões) para servir à Eurocopa de 2004, quando o país sediou o torneio. O retorno do investimento veio sete anos depois. O Maracanã, estádio com melhor previsão de faturamento (R$ 110 milhões anuais), vai gerar os R$ 931 milhões previstos em sua reforma em 8,5 anos. O custo dos estádios brasileiros está dentro das previsões feitas até agosto deste ano.

“A arena de Itaquera, em São Paulo, que conta com a segunda maior previsão de receita, está longe do retorno previsto para o estádio do Borussia Dortmund, da Alemanha, usado na Copa do Mundo de 2006. Enquanto os alemães demoraram quatro anos para reaver os R$ 550 milhões na reforma do estádio, a arena paulistana deve render os R$ 820 milhões orçados para sua construção em mais de nove anos.

“A intenção do trabalho, diz Doria, é chamar atenção para a necessidade de mudanças nas atuais bases em que se gera renda com estádios no país. ‘Shows, locações, aluguéis de espaços, camarotes. Tudo isso tem que ser pensado para haver mais transferência de valor para essas arenas’, disse. O estudo ainda ressalta o alto custo dos estádios brasileiros para a Copa. As 12 arenas, somadas, estão orçadas em RS 6,71 bilhões. O gasto é 32% maior do que foi dispendido pela África do Sul na última edição do torneio, e 46% maior do que o gasto pela Alemanha em 2006. O montante, no entanto, pode aumentar. Estimativas do próprio governo apontam que os gastos devem chegar a R$ 7 bilhões. (Rodrigo Pedroso, Valor Econômico, 28/11/2011)

* CGU reprovou obra de R$ 1,2 bilhão que teve aval de Ministério após fraude

“Operada de maneira fraudulenta no Ministério das Cidades, conforme revelou O Estado ontem (quinta, 24/11), a mudança do projeto de mobilidade urbana de Mato Grosso para implantar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) foi questionada pela Controladoria-Geral da União em relatório datado de 8 de setembro deste ano, mesmo dia em que a pasta produziu uma nota técnica forjada para respaldar a proposta. A CGU alerta que o VLT não deve ficar pronto até a Copa do Mundo de 2014 e que o governo de Mato Grosso omitiu informações sobre os gastos com a obra do VLT, orçada em pelo menos R$ 1,2 bilhão, R$ 700 milhões a mais do que a proposta original, um linha rápida de ônibus (BRT). A controladoria avalia ainda que a troca do BRT pelo VLT é ‘intempestiva’. A análise da CGU tem pontos coincidentes com a primeira nota técnica do ministério que era contrária ao VLT, mas que foi adulterada pela equipe do ministro, Mário Negromonte, para favorecer o projeto de interesse do governador de Mato Grosso, Sinval Barbosa (PMDB), em Cuiabá. Um estudo incluído no relatório da CGU mostra também que o VLT de Cuiabá pode ser um dos mais caros do mundo, superando obras iguais na França e nos Estados Unidos.” (Leandro Colon, Estadão, 25/11/2011.)

* Nota técnica foi forjada também para enganar o Ministério Público

“Num ato deliberado, o Ministério das Cidades forjou a nota técnica a favor do projeto de transporte público de Cuiabá para também enganar o Ministério Público Estadual. É o que revelou a diretora de Mobilidade Urbana da pasta, Luiza Vianna, na reunião com assessores na segunda-feira (21/11). A gravação da conversa, obtida pelo Estado, mostra que a diretora, a mando do chefe de gabinete do ministro Mário Negromonte, Cássio Peixoto, avaliou que não poderia mandar para os promotores de Mato Grosso a nota técnica preparada pelo analista de infraestrutura do ministério Higor Guerra. A nota de Higor era contrária à troca do projeto de linha rápida de ônibus (BRT), estimado em R$ 489 milhões, pela construção de um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), orçada em R$ 1,2 bilhão. ‘Considerando a minha prerrogativa de diretora, a gente cancelou o envio desse material’, disse a diretora Luiza Vianna na segunda. E ela continuou: ‘Ele (Higor) não quis mudar nenhuma vírgula. A gente ficou numa situação sem saída. Se ele não quer mudar uma vírgula, não vai poder assinar a nota técnica que nós vamos mandar para o Ministério Público de Mato Grosso. Porque na verdade o que estou entendendo é que ele gostaria que o trabalho dele tivesse sido enviado para o Ministério Público de Mato Grosso. E nós entendemos que, daquela maneira como estava escrito, o trabalho do Higor não poderia ser mandado para o Ministério Público do Estado porque certamente sobraria para mim e para a Cristina, que temos cargo de confiança’, disse a diretora do ministério. (Leandro Colon, Estadão, 25/11/2011.)

* Pressão dos Estados faz Dilma alterar projetos da Copa, com gastos muito maiores

“Após pressão de governadores, a presidente Dilma Rousseff ordenou ao Ministério das Cidades que mudasse a toque de caixa projetos de transportes para a Copa-2014. Graças à interferência, as cidades de Salvador (BA) e Cuiabá (MT) puderam trocar o BRT (ônibus em corredores exclusivos) por sistemas mais caros e com conclusão mais demorada, como metrô e VLT, o Veículo Leve sobre Trilhos. Os governadores Jaques Wagner (PT-BA) e Sinval Barbosa (PMDB-MT) capitanearam o lobby pela mudança. Em Cuiabá, houve inclusive substituição de um parecer técnico favorável ao BRT por outro defendendo o veículo leve, conforme noticiou ontem (quinta, 24/11) o jornal O Estado de S. Paulo. Na Bahia, Jaques Wagner recebeu o sinal verde de Dilma em 5 de agosto, durante viagem no avião presidencial a Salvador. Até então, a presidente insistia nos sistemas de transporte do plano original da Copa. O BRT tinha sido priorizado pelo governo federal em 2009, sob a justificativa de que os outros sistemas não seriam concluídos a tempo do Mundial de futebol. Empreiteiras e empresas de equipamento ferroviário, entretanto, se opuseram e passaram a pressionar pela alteração.” (Dimmi Amora, Breno Costa e Valdo Cruz, Folha de S.Paulo, 25/11/2011.)

“Uma nova e malandra modalidade de superfaturamento”

“No sortido mercado da corrupção, o escândalo de adulteração de um parecer no Ministério das Cidades, para justificar a troca de um sistema de transportes mais barato (BRT) por um bem mais ckaro (VLT), no projeto de Mato Grosso para a Copa, é uma mercadoria diferenciada. (…) Lógico concluir que, quanto mais caro um projeto, comissões mais polpudas gerará. Se ficará pronto para o evento, não importa. É uma nova e malandra modalidade de superfaturamento.” (Opinião, O Globo, 26/11/2011.)

* Analista do ministério revela a pressão para mudar parecer e afirma: ‘Foi fraude’

“Em entrevista exclusiva ao Estado, o analista técnico do Ministério das Cidades Higor Guerra confirmou, pela primeira vez, a pressão que sofreu para adulterar o processo que trata da implantação de sistema de transporte público em Cuiabá para a Copa do Mundo de 2014. Ele disse que a operação fraudulenta começou após o Ministério Público de Mato Grosso pedir os documentos e a Controladoria-Geral da União (CGU) emitir parecer contrário à obra. ‘Sim, houve uma fraude’, disse ele na conversa gravada. O funcionário também entregou à reportagem o depoimento que prestou na sexta-feira (25/11) ao Ministério Público Federal. Ele deu detalhes da operação – revelada pelo Estado na quinta-feira (24/11) – que escondeu sua nota técnica de 8 de agosto, de número 123/2011, contrária ao projeto de R$ 1,2 bilhão para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que substituiu o BRT (linha rápida de ônibus).

“O projeto do BRT custava R$ 489 milhões. A fraude foi feita para cumprir o acordo político do governo federal com o governo de Mato Grosso, Sinval Barbosa (PMDB), a favor do VLT. Segundo Higor Guerra, no dia 29 de junho, numa reunião com integrantes do governo de Mato Grosso, os técnicos estaduais ‘reconheceram que não tinham conhecimento técnico sobre o projeto de VLT, e que a decisão de sua implantação havia sido política’. A gerente de projetos do ministério, Cristina Soja, no entanto, disse a ele que ‘a posição do órgão (ministério) tinha que estar em sintonia com a decisão do governo’. Higor afirmou que o cronograma do VLT era ‘falho’, ‘pois previa várias fases sendo realizadas ao mesmo tempo de forma incorreta’. Ele disse acreditar que a fraude ocorreu no dia 26 de outubro, quando descobriu uma ‘alteração’ na ‘pasta de rede’ em que são guardados esses documentos, incluindo sua nota técnica. No dia seguinte, o Ministério das Cidades providenciou o envio dos papéis para o Ministério Público de Mato Grosso, com a nota técnica fraudada, agora a favor do VLT, data retroativa a 8 de setembro e o mesmo número 123/2011.” (Leandro Colon, Estadão, 27/11/2011.)

O incrível caso Lupi – o noticiário

* “Assessores de Lupi cobravam R$ 1 milhão para reconhecer sindicatos”

“Assessores do ministro Carlos Lupi são acusados de cobrar propina para legalizar sindicato. Denúncia foi encaminhada à presidente Dilma no início do ano – oito meses antes de surgirem os primeiros casos de corrupção no Ministério do Trabalho

“Nas últimas semanas, o país conheceu a extensa lista de serviços prestados pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi. (…) Dirigentes de organizações não governamentais acusaram pedetistas lotados na cúpula do ministério de cobrar propina para garantir a liberação de recursos. Documentos da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU) apontaram indícios de desvio de verbas públicas em convênios firmados com entidades ligadas ao PDT. (…)

“Descobre-se agora que o governo foi advertido sobre as traficâncias no ministério muito antes de eclodir o primeiro escândalo. Há nove meses, sindicalistas ligados ao PT alertaram o Palácio do Planalto sobre a existência de um esquema de extorsão envolvendo assessores da confiança do ministro. Um esquema que tinha como vítimas não apenas as ONGs, como revelado por Veja há um mês, mas também os sindicatos. Essa nova face da máquina clandestina operada pela cúpula do PDT funcionava de uma forma bem simples: no Ministério do Trabalho, registro sindical era concedido mediante o pagamento de propina. O mecânico Irmar Silva Batista foi uma das vítimas dessa engrenagem. No papel, ele conseguiu criar o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios no Estado de São Paulo (Sirvesp). Irmar garante ter apresentado toda a documentação necessária para transformar o sindicato em realidade. Depois de registrar o CNPJ na Receita Federal, bateu à porta do ministério para concluir o processo. Foi justamente aí que esbarrou em dificuldades. Ele descobriu que o processo de registro estava à margem da lei. Para ter prosseguimento, precisava ser acompanhado do pagamento de pedágio. Em 2008, Irmar foi tratar do assunto com o então secretário de Relações do Trabalho do ministério, Luiz Antonio de Medeiros, um dos fundadores da Força Sindical, entidade intimamente ligada ao PDT.

“Antes que a conversa ganhasse corpo, Medeiros o levou à sala do assessor Eudes Carneiro. ‘O Medeiros disse o seguinte: ‘Irmar, o que o Eudes acertar está acertado’. Era o prenúncio do achaque. O mecânico conta que estranhou o comportamento de Eudes. ‘Ele pediu que a gente desligasse os celulares.’ Era a iminência do achaque. ‘Em seguida, ele pediu R$ 1 milhão para liberar o registro do sindicato.’ O achaque estava consumado. A reunião durou 40 minutos. Irmar afirma que não aceitou desembolsar o valor e que, por isso, o registro sindical não saiu. ‘Defendo o governo e não aceitei pagar. Descobri que tinha uma verdadeira quadrilha ali dentro do Ministério do Trabalho.’ Irmar, então, tentou resolver o problema de forma republicana, denunciando a tentativa de extorsão. Para isso, recorreu a sindicalistas e políticos.

“Em fevereiro deste ano, tomou uma atitude mais extrema. Enviou por e-mail carta para a presidente Dilma Rousseff e o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, relatando a tentativa de cobrança de propina. Na mensagem, Irmar pede à presidente que abra uma investigação sobre a Secretaria de Relações do Trabalho, que tocaria processos de registro sindical ‘tendenciosos e lucrativos’. (…)  No dia 9 de março, o Palácio do Planalto confirmou o recebimento da carta. Na semana passada, a assessoria de imprensa da Presidência informou, porém, que, por questões técnicas, não foi possível fazer nada, já que o trecho que narrava a denúncia  acabou cortado da mensagem recebida.” (Hugo Marques, Veja, 30/11/2011, que circulou a partir de 26/11.

* Ministro do Trabalho foi funcionário fantasma da Câmara por mais de cinco anos

“O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, foi funcionário fantasma da Câmara dos Deputados por quase seis anos. Ele ficou pendurado na folha de pagamento da Casa, com lotação na liderança do PDT, de dezembro de 2000 a junho de 2006. No período, ele exercia atividades partidárias, como vice e presidente da sigla. A Folha ouviu assessores, deputados e ex-deputados do PDT. Os funcionários do partido em Brasília, que pediram para não ser identificados, confirmaram que Lupi não aparecia no gabinete da Câmara e se dedicava exclusivamente a tarefas partidárias. (…) Lupi ocupava um CNE (Cargo de Natureza Especial) e recebia o maior salário pago a um assessor da sigla. Um cargo igual a esse paga hoje em dia R$ 12 mil por mês, o que daria R$ 864 mil no período em que Lupi ocupou a vaga. (Andreza Matais e Fernando Mello, Folha de S.Paulo, 26/11/2011.)

* Além de tudo, Lupi ainda foi funcionário fantasma da Câmara por seis anos!

“Além de tudo o que se publicou a respeito da sua atuação como ministro do Trabalho, matéria publicada pela Folha de S.Paulo no último sábado (26/11) revela que ele foi funcionário fantasma da Câmara dos Deputados entre dezembro de 2000 e junho de 2006, período em que se dedicou exclusivamente a atividades partidárias, como vice e depois presidente do PDT. Ou seja, o contribuinte brasileiro pagou, por quase seis anos, para que Lupi cuidasse dos interesses de seu partido. Há mais. Sob o título Proliferação de sindicatos no Brasil vai na contramão mundial, o Estado publicou, em maio de 2010, matéria de Lu Aiko Otta que analisava o impressionante aumento do número de entidades sindicais registradas no País nos últimos anos, em contradição com a tendência universal de os sindicatos se fundirem para ganhar maior representatividade e força política. Agora, reportagem publicada na revista Veja revela que ‘assessores do ministro Carlos Lupi são acusados de cobrar propina para legalizar sindicato’. A partir daí entende-se qual tem sido o estímulo para a multiplicação de entidades sindicais no País. (Editorial, Estadão, 30/11/2011.)

* Lupi acumulou ilegalmente cargos em Brasília e no Rio

“O ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), ocupou simultaneamente, por quase cinco anos, dois cargos de assessor parlamentar em órgãos públicos distintos, a Câmara dos Deputados, em Brasília, e a Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A ‘acumulação remunerada de cargos públicos’ é proibida pela Constituição e pode levar a ações judiciais por improbidade administrativa e peculato, com cobrança da devolução dos recursos recebidos de maneira irregular. Entre dezembro de 2000 e novembro de 2005, ao mesmo tempo em que era assessor-fantasma da liderança do PDT na Câmara dos Deputados em Brasília, como a Folha mostrou sábado (26/11), Lupi também ocupava o cargo de assessor de um vereador do seu partido na Câmara Municipal do Rio, a quase 1.200 km da capital. Ambas as funções exigiam que ele estivesse, durante 40 horas semanais, nos locais de trabalho. (Fernando Mello e Andreza Matais, Folha de S.Paulo, 1º/12/2011.)

* Comissão de Ética da Presidência recomenda demissão de Lupi

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República recomendou, por unanimidade, a presidente Dilma Rousseff a exonerar o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, alvo de denúncias de irregularidades na Pasta. Segundo o presidente da Comissão, Sepúlveda Pertence, a recomendação se dá por ‘explicações não satisfatórias’ dadas por Lupi. Pertence também disse que Lupi  De acordo com Pertence, essa é a sanção que a Comissão pode aplicar ao ministro. Além da recomendação de demissão, a Comissão também fez advertência a Lupi. Questionado se a presidente Dilma agora vai demitir o ministro do Trabalho, Pertence respondeu: ‘Aí, não é um problema da Comissão’, disse ao final de reunião de rotina realizada ontem (quarta, 30/11), no Palácio do Planalto. (Tânia Monteiro, Estadão, 1º/12/2011.)

* Dilma reage dizendo que agirá sem pressa e sem pressão

“Assim que recebeu o documento da Comissão de Ética Pública da Presidência da República com a recomendação de exonerar o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a presidente Dilma Rousseff reuniu-se com um grupo mais próximo de auxiliares para avaliar qual posição tomar e mandou avisar ao ministro sobre a recomendação de exonerá-lo feita pela comissão. A primeira avaliação indicava que a situação de Lupi ficou extremamente delicada, e a sinalização era a de que já não há mais a sobrevida dada a ele até a reforma ministerial de janeiro. Lupi não quis se manifestar, mas entre políticos de oposição, governistas e até pedetistas sua situação já era considerada insustentável. Segundo interlocutores, Dilma disse que vai decidir sem pressa e sem pressão.” (Gerson Camarotti, Cristiane Jungblut e Maria Lima, O Globo, 1º/12/2011.)

O incrível caso Lupi – algumas considerações

* Quem mantém os ministros pegos com a boca na botija é Dilma Roussef. Só ela

“O ministro Gilberto Carvalho, porta-voz político do atual governo (e do anterior) ensinou que, num regime presidencialista, quem demite ministro é o titular da Presidência da República. A tarefa não cabe aos partidos, muito menos à imprensa. Isso já se sabia. O que o Planalto parece estar desprezando é o outro lado da moeda: quem mantém Carlos Lupi no Ministério do Trabalho, Mário Negromonte no das Cidades e o próximo entulho, na biboca em que for apanhado, é Dilma Rousseff. Só ela.” (Elio Gaspari, O Globo e Folha de S. Paulo, 27/11/2011.)

* A qualidade das mentiras do governo está piorando. Veja-se o caso do sindicalista que denunciou achaque no Ministério

“Quanto mais mentem à vontade e sem constrangimento os cínicos que nos governam ou representam, pior é a qualidade de suas mentiras. (…) A mais recente e reles mentira oferecida ao nosso exame foi publicada na última edição da Veja. O mecânico Irmar Silva Batista, filiado ao PT há 20 anos, tentou criar o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios no Estado de São Paulo. Em 2008, ele bateu à porta do Ministério do Trabalho para tratar do assunto com o então secretário de Relações do Trabalho, o ex-deputado Luiz Antonio de Medeiros. O ministro já era Carlos Lupi, presidente do PDT. Medeiros encaminhou Irmar a Eudes Carneiro, assessor de Lupi. Eudes trancou-se com Irmar em uma sala. Primeiro, pediu-lhe que desligasse o telefone celular. Em seguida cobrou R$ 1 milhão para liberar o registro do sindicato. Irmar denunciou o caso a parlamentares do PT – entre eles, o senador Eduardo Suplicy. Sem sucesso. Então escreveu uma carta a Lula. Sem resposta. Um mês depois da posse de Dilma, Irmar enviou-lhe uma carta por e-mail contando em detalhes tudo o que se passara. Mandou cópia para Gilberto Carvalho, secretário-geral da presidência. No dia 9 de março último, o Palácio do Planalto confirmou o recebimento da carta. Na semana passada, a assessoria de imprensa da presidência informou que nenhuma providência a respeito pode ser tomada porque o trecho da carta que narrava a patifaria acabara cortado da mensagem. Não é espantoso? Sumiu da carta justamente o trecho onde Irmar denunciava o grupo que agia no Ministério do Trabalho pedindo dinheiro para liberar registro sindical. Mas sumiu como? Não se sabe.” (Ricardo Noblat, O Globo, 28/11/2011.)

Irregularidades, corrupção, roubalheira nos demais ministérios

* Auditorias da CGU comprovam série de fraudes no Ministério da Agricultura

“Quatro meses após o início do escândalo de corrupção que derrubou o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, a Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu ontem (terça, 29/11) auditorias para apurar denúncias de irregularidades no Ministério da Agricultura e na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Entre as irregularidades encontradas estão falhas no processo licitatório, sobrepreço e problemas gerenciais. A auditoria, instaurada em 2 de agosto deste ano, incluiu as várias notícias veiculadas na imprensa nas semanas que precederam a queda de Rossi, em 17 de agosto. A lista de irregularidades é tamanha que algumas delas chegam a apontar situações curiosas. É o caso da aquisição excessiva e sem necessidade de impressoras e scanners pelo ministério em 2010, havendo inclusive um grande número de máquinas ainda estocadas. Mas, se sobram impressoras, cartuchos de impressão deixaram de ser entregues, e ainda assim o ministério foi moroso para penalizar a empresa responsável.” (André de Souza, O Globo, 30/11/2011.)

* Superintendentes do Dnit são demitidos após ação da PF contra corrupção

“O Ministério dos Transportes anunciou ontem (sexta, 25/11) a demissão dos superintendentes do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), em Pernambuco e Rondônia/Acre. As exonerações ocorreram após operações da Polícia Federal nos dois estados, que desbarataram esquemas de corrupção em contratos de obras rodoviárias. Em Rondônia, José Ribamar da Cruz Oliveira foi exonerado pelo ministro Paulo Sérgio Passos, horas depois da PF deflagrou a Operação Anjos do Asfalto para desarticular quadrilha de desvio de verbas no em Rondônia e no Acre. Estima-se que o grupo tenha desviado mais de R$ 30 milhões. Com o apoio do Ministério Público Federal e da Controladoria-Geral da União, a operação cumpriu 27 mandados de busca e apreensão em sete estados (Minas Gerais, Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Piauí e Acre) além do Distrito Federal. A Justiça determinou ainda o afastamento de cinco servidores encarregados de fiscalizar e acompanhar a execução da obra de pavimentação asfáltica da BR-429, que liga o município de Presidente Médici à Costa Marques, em Rondônia. (Roberto Maltchik, O Globo, 26/11/2011.)

Descalabro, incompetência

* O governo não sabe cortar gastos – e não sabe gastar

“O governo federal é há muito tempo um investidor ineficiente. Normalmente aplica muito menos do que o valor autorizado no orçamento, mesmo quando não há bloqueio de verbas nem compromisso de ajuste fiscal. Os gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) têm ficado sempre, desde seu lançamento em 2007, bem abaixo dos montantes planejados em cada ano. Neste ano, como já foi noticiado, dos R$ 21,6 bilhões desembolsados para o PAC até 11 de novembro só R$ 5,5 bilhões foram destinados a ações previstas no orçamento de 2011. O resto correspondeu a restos a pagar, isto é, a empenhos de exercícios anteriores.

“De modo geral, os programas da União, vinculados ou não ao PAC, foram executados de forma deficiente em 2011. Até novembro, o desembolso para mais de metade dos projetos ficou abaixo de metade dos valores autorizados no orçamento, segundo a organização especializada Contas Abertas. O governo precisa, portanto, aprender não apenas a economizar, mas também a gastar. Para economizar, deve cuidar muito mais da eficiência do serviço público e empenhar-se mais seriamente para desengessar o orçamento. Se avançar nesse esforço, acabará aprendendo a elaborar e a executar projetos. Atualmente, muitos são barrados antes de entrar em execução, porque não passam sequer pelo crivo dos organismos de controle financeiro.” (Editorial, Estadão, 29/11/2011.)

* O governo se queixa de falta de verba, mas deixa de investir o que foi previsto para a saúde

“A grave crise no setor da Saúde reflete, entre outros problemas, escolhas do governo no rateio dos recursos federais. Desde 2000 — quando entrou em vigor a Emenda Constitucional 29, que estabelece um piso de gastos para o setor — até o ano passado, o montante de recursos efetivamente aplicados caiu de 1,76% do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,66%, na contramão do espírito da lei. Levantamento realizado pelo Globo mostra que, na área social, o setor foi o que mais perdeu na comparação com os demais. Na Educação, os gastos subiram de 0,97% para 1,29% do PIB nesse período. Na Previdência, pularam de 6,3% para 6,9%, e na Assistência, de 0,45% para 1,06% do produto. Os números da execução orçamentária mostram enorme diferença entre o que o governo se comprometeu a gastar e o que, na prática, foi destinado à Saúde. De 2000 a 2010, a diferença entre os valores empenhados (prometidos) no orçamento da Saúde e o que foi efetivamente gasto no setor chega a R$ 45,9 bilhões, sem considerar a inflação do período. Só em 2010, essa diferença foi de R$ 6,4 bilhões. (Regina Alvarez, O Globo, 28/11/2011.)

* “As estatísticas comprovam que, no lulo-petismo, a Saúde não é prioritária”

“Os gastos federais realizados na última década, divulgados ontem (segunda, 28/11) pelo Globo, ilustram este cabo de guerra entres os defensores de mais dinheiro para o SUS e aqueles que consideram sensato melhorar a deficiente gestão do sistema, para depois se saber se recursos adicionais são de fato necessários. As estatísticas, expressas em percentual do PIB, mostram como o discurso político pode ser enganoso: com exceção de 2001, 2004 e 2009, houve queda relativa dos gastos, de um ano para outro. Em 2010, o 1,66% de PIB destinado à Saúde chegou a ser inferior ao 1,76% de 2000. Todo o discurso, no caso do governo Lula, a favor da CPMF, de temor com o ‘subfinanciamento’ do SUS, não se materializou em ações. Tanto que o 1,66% do PIB gasto com o SUS no último dos seus oito anos de gestão é o mesmo índice de 2003, o primeiro do governo. No período, a arrecadação subiu bastante em termos reais, mas a Saúde não foi tratada com a prioridade com que costuma ser destacada nos discursos. (…) Antes de se pensar em criar impostos para o SUS, é preciso tornar a Saúde de fato prioritária para o governo. As estatísticas comprovam que até agora, no lulo-petismo, não o foi.” (Editorial, O Globo, 29/11/2011.)

* O navio que Lula “inaugurou” em maio de 2010 e ainda não está pronto já custou 3 vezes mais que no mercado mundial

“A conta pode sair mais salgada. Segundo o consultor Adriano Pires, se o navio João Cândido, petroleiro construído no estaleiro Atlântico Sul, for entregue em dezembro, terá custado US$ 180 milhões, três vezes mais que a média do mercado mundial. É que seu prazo de entrega foi de 50 meses. ‘Lá fora, um navio desses fica pronto em um ano’.” (Ancelmo Gois, O Globo, 29/11/2011.)

Lembrando: No dia 7 de maio de 2010, o então presidente Lula, com Dilma no palanque, exibia no Porto de Suape, em Pernambuco, o primeiro navio petroleiro construído no Brasil em 14 anos. A cena foi explorada à exaustão na campanha de Dilma Rousseff para a presidência. Após a foto, o navio João Cândido voltou para o estaleiro, para continuar a ser construído.

* A diplomacia companheira do lulo-petismo só coleciona fracassos

“Já é da História que Lula e o PT foram sensatos em manter a rota da política econômica, ao assumirem em 2003. O governo e o país escaparam de grave crise. Mas, talvez para compensar o ‘conservadorismo’, uma manobra radical foi executada na política externa. Instituiu-se a ‘diplomacia companheira’, inspirada na ideologia nacionalista e terceiro-mundista das décadas de 60 e 70 do século passado, quando Unctad era sinônimo de independência. Ressuscitou-se um antiamericanismo juvenil, importado do passado, do mundo bipolar da Guerra Fria. O primeiro grande feito da diplomacia companheira foi rejeitar a proposta americana da Alca (Área de Livre Comércio das Américas). Aplausos foram ouvidos na Casa Rosada, ocupada pelos Kirchner, e no Palácio Miraflores, do caudilho Hugo Chávez. Cumpriu-se um ritual de conferências apenas para sacramentar a decisão prévia de não se fazer acordo com os ‘gringos’.

“Todas as fichas foram apostadas na Rodada de Doha, no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), para uma profunda liberação do comércio mundial. Não deu certo. Doha se frustrou, está congelada na OMC, a Alca foi esquecida, e Brasil/Argentina e parceiros do Mercosul não assinaram qualquer acordo bilateral relevante para alavancar as exportações. Ao contrário de vários outros países. Se a China houvesse rateado nos últimos nove anos, o Brasil não teria resgatado a dívida externa com divisas das exportações.

“O fracasso da diplomacia companheira no plano comercial está expresso no estado perene de crise no Mercosul e no fato de o Brasil continuar com uma parcela ínfima das exportações mundiais (entre um e dois por cento).” (Editorial, O Globo, 1º/12/2011.)

* “Governo ignora R$ 26,5 bi enviados a ONGs”

“Informações sobre a destinação de R$ 26,5 bilhões do Tesouro, transferidos para organizações não governamentais (ONGs) e entidades entre setembro de 2008 e junho de 2011, não constam do banco de dados do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv), do Ministério do Planejamento. A revelação foi feita durante debates da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla), em Bento Gonçalves (RS). O montante à margem do cadastro do Siconv representa 54% do total repassado por ministérios e outros entes do governo federal a título de transferências voluntárias. Do total, R$ 20 bilhões foram para convênios e R$ 6,5 bilhões para termos de parcerias e contratos de repasse. A exclusão dessas informações emperra a malha fina sobre convênios e licitações.” (Fausto Macedo, Estadão, 25/11/2011.)

* Governo multa, ninguém paga e fica por isso mesmo

“Não importa em quanto a petrolífera americana Chevron será multada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e pelo Ibama — que já lavraram autos de R$ 150 milhões contra a companhia — por ter causado vazamento de óleo no litoral fluminense. A possibilidade de o governo receber todo o dinheiro é remota e menos ainda de o consumidor brasileiro ser de alguma forma ressarcido ou beneficiado. Dados do Tribunal de Contas da União (TCU) revelam, em números, a ineficiência crônica da maioria absoluta dos 17 órgãos federais com poderes reguladores ou fiscalizadores, incluídos ANP e Ibama. Somente no período de 2008 a 2010, foram aplicados por eles R$ 24,030 bilhões em multas. O total arrecadado, no entanto, ficou em R$ 1,1 bilhão, ou 4,7%. O restante está sendo questionado na morosa Justiça brasileira.

“Presente nas grandes obras de infra-estrutura e logística, o Ibama foi a entidade pública federal que, nos últimos três anos, menos arrecadou as multas que aplicou. De um total de R$ 10,5 bilhões, só recuperou R$ 36 milhões, ou 0,3%. Segundo relatam os auditores do TCU, ao mesmo tempo, o Ibama apresentou o valor mais elevado de multas entre todas as instituições levantadas. A ANP aplicou R$ 502 milhões no período de 2008 a 2010, mas só arrecadou R$ 78 milhões. Procurados, Ibama e ANP não comentaram.” (Eliane Oliveira, Mônica Tavares e Geralda Doca, O Globo, 27/11/2011.)

* ANP aplica em fiscalização o que a Petrobrás gasta com cafezinho

“Restando apenas um mês para acabar o ano, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) desembolsou até agora apenas 63% do previsto no orçamento de 2011 para fiscalizar as atividades de exploração e produção de petróleo no Brasil. Foram R$ 5,03 milhões gastos, de um orçamento de R$ 8 milhões. Os dados estão disponíveis nas páginas do Portal da Transparência, da Presidência da República, e no Siga Brasil, site do Senado Federal. Para efeito de comparação, esse valor é inferior ao desembolsado pela Petrobras para abastecer suas máquinas de café em todas as suas unidades do país. Somente dois contratos assinados pela estatal com essa finalidade em 2009, com validade de dois anos, somaram, segundo informa a empresa em seu site, R$ 11 milhões. Ou seja, para financiar o cafezinho, a empresa gasta por ano algo como R$ 5,5 milhões.” (Bruno Villas Boas, O Globo, 28/11/2011.)

* “Governo cancela construção de 29 presídios por desvios”

“O Ministério da Justiça decidiu rescindir 29 contratos firmados entre a União e estados para a construção de presídios que nunca saíram do papel. A decisão fará com que o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) corra atrás de R$ 160 milhões, dinheiro que já entrou na conta dos estados ou ainda está parado na Caixa Econômica Federal (CEF), e limpe parte do estoque de obras com projetos condenados. Os contratos a serem cancelados foram firmados entre 2005 e 2010. Outros nove acordos, totalizando 38, estão na mira do Ministério da Justiça e também poderão perder validade. Segundo o diretor-geral do Depen, Augusto Rossini, o governo resolveu cancelar contratos que têm execução nula ou cuja licitação sequer foi concluída. Ele anunciou ainda que o Ministério da Justiça decidiu rever todos os projetos para construir prisões especializadas ao atendimento de jovens adultos, programa que até agora não prosperou. (Roberto Maltchik e Fábio Fabrini, O Globo, 26/11/2011.)

* Consultoria ligada a Valério, do mensalão, presta serviço a empresas contratadas pelo governo

“O escândalo do mensalão e as dezenas de processos em que figura como réu na Justiça não foram suficientes para tirar de cena Marcos Valério Fernandes de Souza, o lobista acusado de operar o maior esquema de ocultação e desvio de recursos por políticos brasileiros. Às vésperas da definição da data do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Valério está mais atuante do que nunca e despacha em escritório localizado no sexto andar do número 925 da Rua Sergipe, em Belo Horizonte. É a sede da T&M Consultoria Ltda, antiga Tolentino & Melo Assessoria Empresarial, que teve oficialmente Valério como sócio até 2005, ano em que o escândalo da base petista veio à tona.

“No papel, Valério deixou a sociedade com Rogério Tolentino e José Roberto de Melo, mas, na prática, ele continua atuante na empresa de consultoria e ainda a cita, em ações na Justiça, como seu endereço comercial. Contratar a empresa virou sinônimo de sucesso profissional em negócios com o poder público. Caso da então modesta ID2 Tecnologia e Consultoria, empresa de Brasília fundada em 2004, que desenvolve softwares e que pagou pouco mais de R$ 200 mil pelos serviços da T&M em 2007. O contato com a consultoria ligada a Valério foi a senha para a empresa abocanhar serviços milionários do governo federal. Pouco mais de um ano depois, foi contratada pelo Ministério do Turismo por R$ 14,9 milhões para fornecer software de apoio à administração. Em 2010, novos contratos com os ministérios do Esporte, Minas e Energia, Saúde e Valec somaram R$ 37,1 milhões.” (Thiago Herdy, O Globo, 27/11/2011.)

* Jorra dinheiro público na conta de Marcos Valério. É pagamento pelo silêncio?

“São estranhos os contratos que, de forma indireta, fazem jorrar dinheiro de origem pública na conta bancária de Marcos Valério, idealizador e operador da lavanderia de dinheiro sujo do mensalão do PT. É necessário saber se a remuneração por supostas consultorias tem alguma relação com o silêncio de clausura que ele mantém durante todo este tempo, desde a denúncia do esquema, em 2005. Até porque, confirmada a suspeita, trata-se de crime contra o Erário cometido por algum funcionário do governo. (Opinião, O Globo, 29/11/2011.)

O multibilionário escândalo da Banco Panamericano

* Quem se livra numa boa de banco com esse rombo bem que poderia resolver a crise européia

“Eremildo é um idiota e teve mais uma ideia para resolver a crise da banca européia. Quer colocar o empresário Silvio Santos na direção do Banco de Compensações Internacionais, com sede em Basileia. O idiota ouviu o empresário dizer que “eu não sou obrigado a entender de perfumaria, de banco” e verificou o seguinte:

1) As fraudes no PanAmericano começaram em 2006.

2) Em dezembro de 2009, metade do banco foi vendido à Caixa por R$ 739,3 milhões.

3) No dia seguinte, a Viúva pagou uma primeira parcela de R$ 517 milhões.

4) Em julho de 2010, a empresa Silvio Santos Participações recebeu sua parte, que o cretino estima em R$ 200 milhões, numa negociação em que era representada por Wadico Bucchi, presidente do Banco Central de 1989 a 1990.

5) Em novembro de 2010, foi achado um rombo de R$ 2,5 bilhões, coberto pelo Fundo Garantidor de Créditos. (O buraco viria a ser de R$ 4,3 bilhões.)

O idiota acredita que, nesse lance, Silvio Santos conseguiu receber da Caixa R$ 200 milhões pela venda de um buraco que custou R$ 3,5 bilhões ao sistema bancário, que nada tinha a ver com a história. (Elio Gaspari, O Globo e Folha de S. Paulo, 27/11/2011.)

* Nenhuma autoridade explica a desastrosa aplicação de dinheiro público na compra do Panamericano

“Resumo da ópera: um dos bancos que compõem o aparato financeiro do Estado brasileiro decide comprar metade de uma instituição financeira notoriamente podre; o banco a quem cabe regular e fiscalizar o sistema financeiro nacional aprova a compra, apesar de seus próprios técnicos terem apurado a existência de um enorme rombo nas contas da instituição beneficiada pela transação. Mas nenhuma autoridade federal se dispõe a dar satisfações sobre a desastrada e desastrosa aplicação de um dinheiro que, afinal, é público. É uma situação tão insólita e surreal que só falta alguém alegar que tudo se resume a uma questão de boa-fé, já que a Caixa se anuncia como “o banco que acredita nas pessoas”. Haja fé.

(…) Os golpistas que faturaram com as fraudes continuam por aí, lépidos e fagueiros, enquanto a Caixa, muito surpresa, ficou com o mico. Mais perplexos estão os contribuintes, que não entendem até hoje por que a Caixa fez esse negócio. (Editorial, Estadão, 28/11/2011.)

As más notícias na Economia

* Faz tempo que o governo vem relaxando a política fiscal

“Em 2008, o governo já vinha dando todos os sinais de que estava propenso a relaxar a política fiscal. A crise financeira mundial foi o pretexto que faltava. A bandeira da política fiscal contracíclica, hasteada em 2009, continuou tremulando em 2010, quando a economia já estava em vigorosa recuperação. Havia uma eleição presidencial a vencer, e o governo não estava disposto a brincar em serviço. O resultado foi o que se viu. Sucesso eleitoral retumbante às custas de uma economia sobreaquecida – quase 8% de crescimento do PIB em 2010, nos informa agora o IBGE – e inflação bem acima da meta durante a primeira metade do atual mandato presidencial. O pior foi o meticuloso processo de desconstrução institucional que o governo promoveu para viabilizar a farra fiscal. Montou-se no BNDES gigantesco orçamento paralelo, alimentado por transferências maciças de recursos do Tesouro provenientes da emissão de dívida pública. Entre 2008 e 2011, foram transferidos ao banco nada menos que R$285 bilhões. Por fora do processo orçamentário e sem contabilização nas estatísticas de dívida líquida. O BNDES foi convertido no principal canal da expansão fiscal observada nos últimos anos. Embora todos os recursos provenham do Tesouro, convivem hoje no governo federal dois mundos completamente distintos. Contam-se os centavos no Orçamento da União e vive-se um clima fausto no BNDES, onde parece haver dinheiro para tudo.

“É preciso também lembrar que, em meio à euforia da farra fiscal do ano passado, o governo se permitiu todo tipo de adulteração contábil para conseguir exibir contas públicas minimamente apresentáveis. No pior momento desses excessos, na operação de capitalização da Petrobras, deu-se ao luxo de recorrer a prodigiosa alquimia que transformava emissão de dívida pública em melhora do superávit primário.

“O novo governo, com a mesma equipe, percebeu que tal descalabro teria de ser moderado. Mas não quis abrir mão do orçamento paralelo. Insistiu em transferir mais R$55 bilhões ao BNDES em 2011. Comprometeu-se apenas com uma meta “cheia” de superávit primário, sem recurso a artifícios contábeis. E, para isso, anunciou um corte de gastos que, de fato, vai significar tão somente expansão menos extremada do dispêndio primário em 2011.” (Rogério Furquim Werneck, economista, O Globo e Estadão, 25/11/2011.)

* “A elevação constante do gasto público é uma parte da lenha na fogueira da inflação”

“O Copom apostou num cenário em que a situação internacional se agravaria a ponto de derrubar a inflação no Brasil. Olhando a crise lá fora e os números internos, chega-se à conclusão de que o BC acertou apenas em uma parte. De fato, o quadro internacional piorou, até além da imaginação, mas a inflação permanece pressionada. (…)  A inflação do grupo vestuário foi de 9,57% nos últimos 12 meses até outubro; alimentos e bebidas subiram 8,5%; a educação ficou 8,1% mais cara e os serviços tiveram alta de 8,94%. (…) O governo em dez meses quase cumpriu a meta de superávit primário, mas não porque reduziu despesas, mas sim porque elevou a arrecadação. Mais uma vez, como tem sido sempre nos últimos anos, o Tesouro cumpre as metas fiscais por receber mais receitas do contribuinte, e não por redimensionar suas despesas. Essa elevação constante do gasto público é uma parte da lenha na fogueira da inflação. (Míriam Leitão, O Globo, 26/11/2011.)

* O ‘orçamento paralelo’ do BNDES, o perigo das heterodoxias, a dificuldade gerencial

“O Brasil tem a experiência de 2008 e 2009, até para não cometer o mesmo erro: ao injetar liquidez na economia, a fim de se contrapor aos efeitos recessivos de fora, evitar inflar os gastos públicos em custeio (salários de servidores, por exemplo), pois são geralmente despesas impossíveis de cortar no futuro. Foi o que aconteceu. O caminho indicado é o dos investimentos, mesmo que Brasília tenha extrema dificuldade gerencial de fazê-los. Basta lembrar que, de janeiro a outubro, os investimentos efetivos em obras do PAC caíram 14% em relação ao mesmo período do ano passado. Porém, será menos difícil resistir à tentação de ampliar as despesas em custeio, porque o governo não precisa aquecer a economia em função de alguma eleição presidencial à vista. O ‘orçamento paralelo’ do BNDES, pelo qual o Estado se endivida a custo elevado para permitir ao banco liberar crédito subsidiado a empresários eleitos, é mais um risco, pois, além de outras distorções, cria um passivo para o contribuinte oculto na contabilidade pública. (…) O perigo é, mais uma vez, Brasília usar a crise externa como licença para heterodoxias que geram um preço a pagar no futuro.” (Editorial, O Globo, 30/11/2011.)

* IBGE muda pesos do índice de inflação; estaríamos copiando a Argentina?

“A mudança dos pesos do índice de inflação medido pelo IBGE chegou tão na hora certa para o governo que levantou dúvidas. É difícil acreditar que os itens empregada doméstica e educação estão pesando menos nos orçamentos. O IBGE tem um lastro de credibilidade, mas isso é como cristal: não pode trincar. O instituto ontem soltou nota sobre o assunto. Deve mesmo se empenhar para afastar as sombras. A Argentina está tão aqui do lado que a gente até tem medo de contágio. Lá, o governo Cristina Kirchner fez uma intervenção no Banco Central, destruiu o Indec, instituto de pesquisas oficial. Hoje ninguém mais acredita nos indicadores das contas nacionais. Aqui, no ano inteiro a inflação de serviços ficou em torno de 9% ou até mais, em 12 meses. Ela voltará a subir com a alta do salário mínimo de 14%. Pois foi exatamente em alguns dos itens que compõem a inflação de serviços, como educação e empregada doméstica, que houve redução mais significativa dos pesos no IPCA. Caiu também o peso do cigarro. O governo subiu o imposto do cigarro, depois adiou para o ano que vem, e o IBGE agora anunciou que ele pesará menos na inflação. Não acho que seja manipulação. Mas (…)” (Míriam Leitão, O Globo, 30/11/2011.)

Estas aqui não têm a ver diretamente com o governo Dilma, mas também são más notícias

* Quem crítica Sarney é idiota, burro, invejo, ingrato, diz Sarney

“Idiotas, burros, invejosos, injustos e ingratos! Assim o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) (foto acima), respondeu aos críticos da decisão de sua filha, a governadora do Maranhão Roseana Sarney, de espetar na conta dos maranhenses os gastos para sustentar a fundação que leva seu nome, em São Luís (MA). Sem a coluna que mantinha no jornal Folha de S.Paulo, Sarney criou um blog para se defender e tentar melhorar sua imagem perante os brasileiros. Em artigo publicado nesse blog, ele diz que a estatização e a doação de seu acervo pessoal e de ex-presidente da República foi uma das maiores obras de amor e benemerência aos maranhenses. É uma resposta raivosa , em que Sarney permeia citações a Sartre, Shakespeare, Santo Agostinho e passagens que teria vivido, por exemplo, com os presidentes Tancredo Neves e Jânio Quadros. Sobre Sartre, cita a frase do filósofo ‘quem mexe com política sempre põe a mão na merda’.” (Maria Lima, O Globo, 26/11/2011.)

* Sarney nunca teve tanto poder quanto depois que se aliou a Lula

“José Ribamar Ferreira de Araújo Costa é a mais perfeita tradução do oligarca brasileiro. (…) Espertamente, desde 2002, estabeleceu estreita aliança com Lula. Nunca teve tanto poder. Passou a mandar mais do que na época que foi presidente. Chegou até a anular a eleição do seu adversário (Jackson Lago) para o governo do Maranhão. Indicou ministros, pressionou funcionários, fez o que quis. Recentemente, elegeu-se duas vezes para a presidência do Senado. Suas gestões foram marcadas por acusações de corrupção, filhotismo e empreguismo desenfreado. Ficaram famosos os atos secretos, repletos de imoralidade administrativa. O mais fantástico é que em meio século de vida pública não é possível identificar uma realização, uma importante ação, nada, absolutamente nada. O seu grande ‘feito’ foi ter transformado o Maranhão no estado mais pobre do país.” (Marco Antônio Villa, historiador, no Globo, 29/11/2011.)

2 de dezembro de 2011

Outros apanhados de provas da incompetência de Dilma e do governo:

Volume 1 – Notícias de 20 a 27/4

Volume 2 – Notícias de 28/4 a 4/5

Volume 3 – Notícias de 4 a 6/5

Volume 4 – Notícias de 7 a 10/5

Volume 5 – Notícias de 10 a 17/5

Volume 6 – Notícias de 17 a 21/5

Volume 7 – Notícias de 22 a 27/5

Volume 8 – Notícias de 28/5 a 2/6

Volume 9 – Notícias de 3 a 10/6

Volume 10 – Notícias de 11 a 17/6

Volume 11 – Notícias de 18 a 23/6

Volume 12 – Notícias de 24/6 a 8/7

Volume 13 – Notícias de 8 a 14/7

Volume 14 – Notícias de 15 a 21/7

Volume 15 – Notícias de 22 a 28/7

Volume 16 – Notícias de 29/7 a 4/8

Volume 17 – Notícias de 5 a 11/8

Volume 18 – Notícias de 12 a 18/8

Volume 19 – Notícias de 19 a 25/8.

Volume 20 – Notícias de 26/8 a 1º/9.

Volume 21 – Notícias de 2 a 8/9

Volume 22 – Notícias de 9 a 15/9

Volume 23 – Notícias de 16 a 22/9

Volume 24 – Notícias de 23 a 29/9.

Volume 25 – Notícias de 1º a 27/10

Volume 26 – Notícias de 28/10 a 3/11.

Volume 27 – Notícias de 4 a 10/11.

Volume 28 – Notícias de 11 a 17/11.

Volume 29 – Notícias de 18 a 24/11.

 

13 Comentários para “Más notícias do país de Dilma (30)”

  1. Espetacular! Parabéns!
    Tomei a liberdade de postar um link para o texto do blog em meu mural do facebook.
    Quase dois séculos pra se recuperar desse estrago e talvez mais tempo ainda pra se recuperar do abismo de imoralidade ética em que o lulo petismo jogou nosso país.
    Abraço!

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