Aventuras de um casal paulistano em L.A.

Fala, Sérgio.

Tenho novidades. Fomos pra Los Angeles novamente, estou repleto de novas historinhas maravilhosas!

Assistimos ao show do James Taylor com a Carole King juntos no Santa Barbara Bowl. Um puuuuuta lugar ao céu de estrelas. Tudo super organizado, sem stress, nada parecido com Corintians e Palmeiras no Pacaembu.

Fomos a uma casa de jazz em Fullerton, chamado Steamers Jazz Club, tipo o Bourbom Street, porém menor. Rola jazz as sete noites da semana, foi nota 10!

E essa vai pro seu blog… Olha só… Tíquetes comprados para o Tom Petty & Heartbreakers com abertura do Joe Cocker no Hollywood Bowl. Get the picture? Eu sonhei boa parte da minha vida em conhecer esse local.

Saímos sábado cedo de Costa Mesa, fomos pra Santa Monica, que dá uma hora e poucos minutos de freeway. Largamos as coisas no hotel Carmel, uma espelunca com a sorte de ser bem localizado e com o staff mais seco do planeta. Só respondem o mínimo possivel: sim, não, ok, no problem… Demos um rolê na Promenade pra ver os performers antes de nos aprontamos para ir ao show. Pedi gelo no quarto pra tomar meu remedinho 12 anos. Não veio, desci pra pegar.

Após uma hora de transito até Hollywood, largamos o carro a uns 600 metros do Bowl e marchamos até o local…. Achei meio vazio mas não cabia qualquer pensamento negativo naquele momento. De repente aparece um casal enrolado num cobertor dizendo “Ahhhh…Tom Petty, blá… No Show!!”

Estávamos lá maior boa, orbitando, sem acessar internet, jornal, nada, e só soubemos quando chegamos lá.

Eu tava achando estranho ele fazer show dias antes de lançar o disco Mojo, que estava na boca do forno!

O cara da bilheteria não acreditou quando dissemos que viemos do Brasil e, pelo inconveniente, deu seis ingressos para assistir a qualquer evento até setembro – e olha que tem evento, umas 20 bandas diferentes, até o aniversario de 70 anos do Herbie Hancock com convidados vai rolar.

Aí, pra não morrer seco, pedi pra conhecer o local e ele acabou liberando, acho que por caridade. Fiz questão de ir até meu lugar, dali eu via aquele famoso letreiro HOLLYWOO D nas montanhas. Notei que entre o O e o D tem um espaço, acho que o instalador se desequilibrou na escada na hora de grudar o D com Tenaz… rs..rs… Daí fui até o palco, mas não pude subir, tem aquelas redes dessas de varanda de apartamento e um ne… um afroamericano do tamanho de urso fazendo o patrulhamento. Mas fiquei ali sentindo aquela aura encostado na borda do palco passando frio e olhando a platéia vazia.

Fazendo um balanço geral e otimizando apenas o lado positivo do ocorrido:

Conclui que eu fui ao show (eles é que não foram).

Conheci o Hollywood Bowl; e mais: encostei naquele palco.

         ***

Mas a sorte não estava conosco. Passamos direto pela casa Troubador para ir ao House of Blues. Chegando lá estava fechado para uma festa particular. Pô, de quem? Nem me convidam?

Passamos a pé na Calçada da Fama, pisei no Nicolas Cage e outros tantos. Ainda notei que tem muita estrela sem dono, só que já estão quase no “Cambuci” rs..rs.. Pra não perder o clima, tinha aquela moçada fantasiada de Marilyn, Freddy Kruger, etc… Só faltou o nosso saudoso ator Ferrugem pra fechar.

Depois desse massacre e de andar uns 5 km a pé, quis usar o banheiro; entrei num McDonald’s que cobrava U$ 1,50 se eu não engolisse nada ali. Segui para um Starbucks, que é sempre igual, todo mundo com aquela cara de paisagem afundado numa poltroninha, com o Macbook conectado e chupando aquele café de US$ 4,00 via canudinho. Detalhes à parte, pedi pra usar o banheiro. O cara responde: ok, six, eight, nine, four, triple zero. Sem entender nada, segui apertado em direção à porta do banheiro que tinha um “ferrolho digital” maior que o do Citibank. È mole? O cara pra fazer xixi ali tem que pertencer à SWAT!

É que em Los Angeles a única coisa que chove é mendigo.

Ao final dessa marcha dos injustiçados, estávamos sem pique para voltar ao Troubador, e acabamos a noite rachando de comer numa trattoria em frente ao hotel. Game Over!

E o Dennis Hoppper, hein? Foi pra outra. Em Venice ouvi um zumzum sobre o cara, só depois soube que ele estava mal e que morava lá… Achei que ele ia sair dessa.. Enfim…

Vamos nos falando. Depois preciso te levar uns CDs do show do JT, etc…

Abs.

Fábio

Uma explicaçãozinha

Esta mensagem do meu amigo Fábio De Domenico é tão absolutamente saborosa, divertida, bem humorada, e cheia de informações gostosas, que não teria sentido guardar só para mim. Pedi a autorização dele para publicar aqui.

Julho de 2010

3 Comentários para “Aventuras de um casal paulistano em L.A.”

  1. Tenho o prazer de ter o Fábio De Domenico como amigo e ele é irresistivelmente engraçado. Eu e meu marido adoramos ouvir suas histórias. Essa viagem deve ter sido: Uma viagem para esquecer! Tirando, é claro, o Show do James Taylor que deve ter sido o máximo!!! Um abraço! Lilian

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