Fico igual barata tonta, rodando em volta da estante de livros, querendo garimpar, no meio dos poetas que me cercam, idéias que me iluminem nesse momento noturno em que os fiéis já deixaram a igreja, agora em silêncio, e a noite desce tranquila sobre os nossos ombros. Continue lendo “Fim de férias”
Sarney, o incomum
O presidente Lula tinha razão quando disse que o senador José Sarney “não podia ser tratado como se fosse uma pessoa comum”. Continue lendo “Sarney, o incomum”
Pedro França Pinto (1950-2010)
Algumas lembranças fortes ficaram me perseguindo no dia em que morreu meu amigo Pedro França Pinto. Duas delas têm a ver com morte. A outra, que na verdade é mais de um período que de um momento, é gostosa, prazerosa, agradável. Continue lendo “Pedro França Pinto (1950-2010)”
Dylan e Joan Baez cantam na Casa Branca as músicas que mudaram os EUA
Bob Dylan e Joan Baez, e mais diversos grandes nomes da música americana, vários deles ligados diretamente à luta pelos direitos civis que resultou no banimento das leis segregacionistas que estiveram em vigor em vários Estados do Sul até meados dos anos 60, reuniram-se na Casa Branca, e cantaram as canções que ajudaram a mudar os Estados Unidos. Continue lendo “Dylan e Joan Baez cantam na Casa Branca as músicas que mudaram os EUA”
Vítimas de intervalos dentais
O mecânico que me serve há anos virou reparador automotivo. Vendedor de loja agora é agente de negócios. O que há de mal com o nome próprio de honestas profissões? Continue lendo “Vítimas de intervalos dentais”
Títulos milagrosos
Quando publiquei o primeiro livro, em 1977, sonhava com ele nas prateleiras das livrarias. Só entrar e pedir, pensava. O vendedor, solícito, ainda diria que o livro vendia bem, devia ser bom. Continue lendo “Títulos milagrosos”
A garotinha Joni Mitchell encontra o grande Johnny Cash
Deve ter sido em 1968, ou 1969, talvez até um pouco antes disso: uma Joni Mitchell novinha, mas novinha de tudo, dentuça como uma adolescente, senta-se ao lado do já veterano, respeitado, adorado, mas ainda jovem Johnny Cash – ele devia estar com uns 36, 37, e ela, com uns 25. Continue lendo “A garotinha Joni Mitchell encontra o grande Johnny Cash”
Presidiária
Tudo pode ser dito, tudo pode ser contado, até porque desde que eu saí de casa é como se eu tivesse saído de uma cela, já que passei as duas últimas semanas de cama, aquela febre fervida, aquela raiva contida, aqueles olhos ardendo, sugestões de chás de camomila e erva cidreira, doses maciças de analgésicos. Continue lendo “Presidiária”
A obsessão autoritária
Está bem que um ex-porta-voz do governo lulista nos afiança, do alto de uma conversa confidencial com ‘um dos ministros mais importantes do governo Lula’, que esse negócio de ‘controle social da imprensa’ é papo furado. Para tranqüilizar-nos, diz que podemos ‘tirar o cavalinho da chuva’ porque esse negócio não vai rolar – pelo menos neste governo. Continue lendo “A obsessão autoritária”
Os mágicos da bola
O futebol ensinou, em certa medida, um pouco de democracia ao Brasil. O jogo, que sempre começa em zero a zero e submete as duas equipes às mesmas regras, coloca seus praticantes em condições de igualdade no momento da disputa. (1) Continue lendo “Os mágicos da bola”
Um pouco de pudor, senhores
Poucas coisas nos dilaceram tanto a alma quanto as catástrofes que devastam cidades e vidas, expondo a miséria humana e nossa fragilidade diante dos fenômenos da natureza. Continue lendo “Um pouco de pudor, senhores”
O mistério de Villa-Lobos
No dia 17 de novembro passado, fez 50 anos que Heitor Villa-Lobos morreu. Tido como o maior compositor brasileiro de todos os tempos, muito já foi escrito sobre ele, até um filme contando sua saga resvalou pelas telas. Porém, por incrível que pareça, a maior parte das mais de 1.000 obras que deixou permanece desconhecida para muita gente, com efeitos mais danosos para seus cultores, naturalmente. Continue lendo “O mistério de Villa-Lobos”
Dylan Volume 4 – Um gênio que não pára
Bob Dylan não cabe num texto só. Vou publicar quatro.
Quando Dylan fez 40 anos, em 1981, fiz um longo texto sobre ele para o Jornal da Tarde. Foi o resultado de uma grande, exaustiva, cuidadosa pesquisa. Continue lendo “Dylan Volume 4 – Um gênio que não pára”
As barreiras
Caem barreiras, mas não aquelas que isolam e dividem as pessoas, as dos preconceitos e das intolerâncias. Caem barreiras de barro, de terra, que matam pessoas felizes a festejar um novo ano. O que une o que se passa na Ilha Grande e outros lugares do Brasil e o livro/disco primoroso que ouço e leio no primeiro dia de 2010? Continue lendo “As barreiras”